Fatores de risco numa população de infartados / Risk factors within a population of infarcted patients

As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte e morbidade nos países desenvolvidos, sendo responsáveis por cerca de 45 das mortes no Brasil. Este trabalho visou comparar os fatores de risco numa população de infartados com dados da literatura. Foi realizado estudo descritivo e investigação clínica, em hospitais gerais de três cidades paulistas, com infartados (33) das Unidades Coronariana ou de Terapia Intensiva, com idade entre 22 a 59 anos. Os dados coletados, entre 2002 e 2003, apontaram 33 de diagnósticos de hipertensão arterial sistêmica; 27 de Diabetes Mellitus; 46 eram fumantes; 39 não fumantes e 15 ex-fumantes. Pouco conheciam sobre níveis de colesterol; 34 tinham peso normal; 47 sobrepeso e 19 eram obesos, sendo 61 sedentários e 61 com história familiar de doença arterial coronariana. Apesar da amostra reduzida, observou-se fatores de risco em valores próximos aos apresentados em estudo brasileiro e internacional. Conclui-se que os dados da literatura internacional valem também para a população brasileira.

Aspectos epidemiológicos da tuberculose em São José do Rio Preto - SP, a partir das notificações da doença em um Hospital - Escola (1993-1998) / The tuberculosis epidemiological aspects in São José do Rio Preto - SP, from 1993 - 1998 in a Hospital - School

Introdução: o objetivo deste estudo foi analisar os aspectos epidemiológicos da tuberculose em pacientes notificados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica da FUNFARME, São José do Rio Preto-SP. Material e Método: foram coletados dados das seguintes variáveis: características sócio-demográficas, características da doença e preenchimento das fichas. Resultados: foram estudadas 604 fichas de notificação preenchidas no período de 1º de Janeiro de 1993 a 31 de Dezembro de 1998. Foram incluídos para análise 604 casos. Entre os pacientes do gênero masculino predominou como profissão "trabalhador da construção civil" 13, (59 do total de 457); e entre pacientes do gênero feminino predominou a ocupação "do lar", 46, (67 do total de 146). A média de idade em ambos os grupos foi de 55,62, eremos entre 20 e 40 anos. A forma clínica de maior freqüência foi a pulmonar, 72,4, (477 do total de 658). O motivo de procura foi por apresentação espontânea em 48,8 (295 casos do total de 604). A co-morbidade mais freqüente foi da AIDS, 58,6, (260 do total de 444). Conclusão: a análise dos dados sugere a necessidade da expansão do Programa de Controle da Tuberculose (PCT) nos serviços em nível primário de atenção à saúde, tornando-se oportuno conhecer precocemente os casos de co-infecção de tuberculose e HIV pela vigilância epidemiológica. A importância de treinamentos para a equipe que trabalha com o preenchimento dessas informações fica evidente