ABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi demonstrar, através de um caso clínico, o passo a passo da reabilitação de maxila atrófica por meio de implantes individualizados de conexão cone-morse (OBL). Uma paciente do sexo feminino, com 62 anos de idade, apresentava uma relação maxilomandibular de Angle classe II, bastante perda óssea na maxila e falta de suporte ósseo para o tecido gengival, queixando-se de desconforto funcional e estético da prótese total superior convencional e com o anseio de ter todos os dentes de volta, da forma mais natural possível, através de implantes osseoin- tegráveis. A paciente foi submetida à reconstrução óssea com área doadora extraoral de crista ilíaca, com a finalidade de aumento na espessura óssea, o que levaria à maior oferta de tecido duro para instalação de implantes, além de melhor suporte para os tecidos moles. Quatro meses após a reconstrução, foram instalados 12 implantes individualizados cone-morse (OBL). Todos os implantes tiveram torque final acima de 45 Ncm e foram ancorados em tecido ósseo enxertado e remanescente. Com a reabertura dos implantes, foi confeccionada uma prótese fixa provisória. Neste momento, mais dois implantes foram colocados. Após seis meses de temporização, foram cimentadas as coroas individualizadas de cerâmica sobre os pilares personalizados cone-morse (OBL). O acompanhamento clínico de mais de quatro anos demonstrou que esta técnica de individualização de coroas sobre implantes se constitui em uma alternativa segura e, a cada dia, mais desejada pelos pacientes, uma vez que, na busca pela maior mimetização de uma arcada com dentes naturais, a possibilidade de ter coroas separadas os remete a um sorriso mais natural. Por outro lado, é preciso entender que vários são os aspectos a serem considerados antes de se optar por esta forma de reabilitação.
The objective of this study was to demonstrate, through a clinical case report, the step by step rehabilitation of an atrophic maxillary arch using non-splinted morse cone dental implants (OBL). First, a 62 years-old female patient presented with a class II Angle relationship, extensive bone loss and concomitant lack of support for the gingival tissue, also complaining of functional and esthetic discomfort due to her conventional dentures. Second, the patient stated her desire to "have all teeth back in their most natural way through dental implants". In this way, the patient was submitted to bone reconstruction using the iliac crest graft approach, to increase bone thickness, which would be enough supply for implant placement and better soft tissue support as well. Four months after the reconstruction surgery, 12 non-splinted Morse cone implants were installed (OBL). All implants had final insertion torque above 45 Ncm being anchored in grafted and native areas. After implant exposure, a provisional fixed prosthesis was delivered. At this point, two additional implants were placed. Six months individual ceramic crowns were cemented over customized morse cone abutments (OBL). The clinical follow-up now has more than four years and has showed that this technique constitutes a safe alternative and even more desired by patients since the seek for greater mimetics and the possibility to have single crowns lead to a more natural smile. On the other hand, it is necessary understand that there are several aspects to be considered before opting for rehabilitation protocol.