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1.
J. bras. neurocir ; 22(1): 45-53, 2011.
Article in English | LILACS | ID: lil-588338

ABSTRACT

Isquemia cerebral tardia (delayed cerebral ischemia; DCI)é a principal causa potencialmente tratável de mortalidade e incapacidade em pacientes com hemorragia subaracnóide aneurismática (HSA). No entanto, não existe tratamento eficaz para esta condição até o momento. A recente demonstração da falta de resposta clínica à reversão farmacológica do espasmo arterial após HSA estimulou uma reavaliação dos conceitos fisiopatológicos na DCI que segue a HSA,que foram por muito tempo creditados ao espasmo arterial observado em doentes com HSA. Desde a demonstração de resultados eletrocorticográficos de depressão cortical generalizada(“cortical spreading depressions”, CSD) em pacientes com HSA, um crescente interesse foi despertado sobre opapel destes fenômenos na fisiopatologia da DCI observados em pacientes com HSA. Quando induzida em um cérebro saudável, a CSD está associada com aumento do fluxo sanguíneo cerebral, facilitando a distribuição de substratos de energia necessários para repolarização celular cerebral.Em um cérebro lesado, no entanto, CSDs estão associados a uma redução do fluxo sanguíneo cerebral, que, no contexto de aumento das necessidades da energia, leva à falha de energia e hipóxia, acentuando a gravidade da lesão cerebral. Esta resposta inversa hemodinâmica à CSD foi descoberta pela primeira vez em um modelo animal, replicando as condições de HSA e, posteriormente, demonstrado em pacientes com HSA. A isquemia leva à escassez de substratos energéticos e propagação da hipóxia, resultando em lesões corticais, e podem explicar os padrões de lesão, semelhantemente ao que ocorre em pacientes com HSA. Estas observações sugerem que o déficit de energia produzida por CSD é um fator chave na patogênese dos DCI observados como resultado da HSA.Este artigo detalha as principais características de CSDs e sua potencial relevância na fisiopatologia das complicações isquêmicas da HSA.


Delayed cerebral ischemia (DCI) is the leading potentially treatable cause of mortality and disability in patients with aneurysmal subarachnoid hemorrhage (SAH). However, to date there is no effective treatment for this entity. The recently demonstrated lack of clinical response to pharmacologic reversal of arterial spasm as a result of SAH has spurred a reassessment of the pathophysiological concepts on DCI that follows SAH.DCI was long believed the consequence of the angiographically visible arterial spasm observed in patients with SAH. Since themeasurement of cortical spreading depolarizations (CSD) inpatients with SAH, increasing evidence has suggested a role for these phenomena in the pathophysiology of DCI. When induced in a healthy brain, CSDs are associated with an increase in regional cerebral blood flow that facilitates the delivery of the necessary energy substrates for cellular repolarization. Ina brain that has been injured, however, CSDs can induce microvascular constriction, or cortical spreading ischemia. This inverse hemodynamic response to CSD was first discovered in an animal model replicating the conditions following SAH, and later demonstrated in patients with SAH. The spreading ischemia leads to energy substrates shortage and hypoxia, resulting in cortical lesions, and may explain similar lesion patterns which occur in SAH patients. This review describes the salient characteristics of CSD and its potential relevance in the pathophysiology, monitoring, and treatment of ischemic complications following SAH.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Cortical Spreading Depression , Subarachnoid Hemorrhage , Vasospasm, Intracranial
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