ABSTRACT
As neoplasias malignas ganharam uma grande dimensão, convertendo-se em um evidente problema de saúde pública mundial. Diante da magnitude do contexto, estima-se que a procura pelo atendimento nas emergências hospitalares seja grande, com demandas variadas desde sintomas que demarcam o diagnóstico clínico tanto das complicações instituídas para seu controle ou cura, ou simplesmente atendimento ao paciente em condição paliativa, mas com sintomas clínicos exacerbados. O objetivo foi delinear o perfil clínico e demográfico dos pacientes onco-hematológicos admitidos em um serviço de emergência de um hospital público de grande porte, na cidade de Porto Alegre/RS. Estudo transversal, retrospectivo, no período de janeiro a dezembro de 2013, com pacientes em intercorrências onco-hematológicas admitidos na emergência. Foi identificado na amostra que um total de 54% dos casos era do sexo masculino, e a idade prevalente entre 40 e 69 anos, o que representou mais da metade da amostra. A grande maioria é da raça branca, com 89%, e cursaram até o 1° Grau, totalizando 86%. Pouco mais da metade dos pacientes ainda trabalhavam, e tinham procedência predominante Porto Alegre, seguido de alvorada e outros. A internação clínica prevaleceu com 84%. A maior parte dos pacientes que buscaram a emergência foi devido a um ou mais sintomas, sendo um total de 43% da amostra, seguido pelos quadros de dor com 19%.O tempo de espera na emergência da maioria dos casos foi em média de 1 a 4 dias, e 75% dos pacientes foram encaminhados à unidade de internação.Alguns fatores que podem elevar a procura pela emergência, tais como: idade, uso de medicamentos e comorbidades associadas, foram semelhantes ao encontrados na literatura internacional. Os resultados deste estudo fornecem subsídios que possibilitam a organização da gestão e da atenção aos pacientes onco-hematológicos, pois sinaliza aumento no número de atendimentos e internações na emergência...
