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Article in Portuguese | CONASS, Coleciona SUS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-CTDPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1512120

ABSTRACT

Introdução: O ambulatório do Núcleo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Assistência à Pessoa trans Professor Roberto Farina da Universidade Federal de São Paulo - Núcleo TransUnifesp (NTU) - desenvolve um conjunto de atividades transdisciplinares sobre transgeneridade e intersexualidade. Sua equipe é composta por profissionais de diferentes áreas que possuem como diretriz o cuidado do sujeito em sua integralidade. Objetivos: Descrever, na forma de relato de experiência, o perfil sociodemográfico das pessoas atendidas. Métodos: Estudo transversal exploratório sobre as características sociodemográficas das pessoas atendidas no ambulatório do NTU entre 2017 e 2022 (5 anos). As informações foram obtidas por autodeclaração a partir do preenchimento do cadastro por ocasião do acolhimento. Resultados: Dos 255 cadastros, verificamos que a idade das pessoas variou de 18 aos 73 anos (média 29,8 anos). Dessas, 109 (42,5%) declararam terem feito a retificação de seus documentos. Quanto à raça/cor, 143 (56,0%) se declararam brancas, 66 (25,8%) pardas, 29 (11,3%) pretas, 4 (1,5%) amarelas, 3 (1,1%) indígenas e de 10 (3,9%) não obtivemos informação. Do total, 191 (74,9%) referiram ser casadas, 48 (18,9%) solteiras e 16 (6,2%) não informaram. Em relação ao gênero, 122 (47,8%) são mulheres, 87 (34,1%) homens trans, 22 (8,6%) travestis, 10 (3,9%) não binárias, 3 (1,2%) sem gênero; 2 (0,8%) queer; 1 (0,4%) cross-dresser, 4 (1,5%) outra e 4 (1,5%) não informaram. Quanto à escolaridade, 21 (8,2%) possuem o fundamental incompleto, (2,3%) fundamental completo, 19 (7,4%) médio incompleto, 87 (34,1%) médio completo; 70 (27,4%) superior incompleto, 37 (14,5%) superior completo, 8 (3,1%) com pós-graduação e 7 (2,7%) não informaram. Quanto a procedência, 105 (41,2%) moram na capital (São Paulo) e 143 (56,1%) fora. Em relação à orientação sexual, 137 (53,7%) se declararam heterossexuais, 22 (8,6%) bissexuais, 17 (6,7%) homossexuais, 7 (2,7%) assexuais, 4 (1,6%) pansexuais, 6 (2,4%) com outras orientações e 62 (24,3%) não informaram. Do total, 41 (16%) eram estudantes, 38 (14,9%) trabalhadores(as) de serviços, 30 (11,7%) do comércio, 19 (7,4%) desempregadas, 17 (6,6%) trabalham como técnicas de nível médio, 16 (6,2%) na indústria, 12 (4,7%) em serviço administrativo, 12 (4,7%) e 11 (4,3%) como profissionais das ciências sociais ou humanas e ciências biológicas ou da saúde respectivamente, 10 (3,9%) educadoras, 7 (2,7%) do lar; 4 (1,5%) trabalhadoras da lavoura, 23 (9%) em outras ocupações e 15 (5,9%) não informaram. Três pessoas declararam serem trabalhadoras do sexo. Quanto aos procedimentos realizados previamente, 139 (54,5%) fizeram hormonização sem orientação de profissional de saúde, das quais 83 (59,7%) eram mulheres trans, 34 (24,4%) homens trans, 14 (10,0%) travestis, 4 (2,8%) pessoas de gênero não binário e outras 4 com outra identidade. Do total, 25 pessoas (9,8%) relataram a aplicação de silicone industrial. Quanto às demandas em saúde, a busca na clínica pela endocrinologia e saúde mental (psicologia e psiquiatria), e a mastectomia e neovulvovaginoplastia na cirurgia, foram as mais procuradas. Conclusões: A experiência de equipe do NTU reconhece a importância da atenção primária transdisciplinar como porta de entrada para o atendimento de pessoas trans, e da atenção especializada ofertada em rede, especialmente quando ligado à universidade, na produção de conhecimento e formação de profissionais, garantindo maior suporte em situações de demandas complexas, contribuindo com a ampliação do atendimento integral e com o acesso aos equipamentos de saúde específicos.

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