Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 1 de 1
Filter
Add more filters











Database
Publication year range
1.
Nat. Hum. (Online) ; 14(2): 95-119, 2012.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-702504

ABSTRACT

Este trabalho é parte de um esforço maior para se elucidar em termos claros e precisos o que Heidegger pretende quando propõe que as alegações da analítica existencial devem ser compreendidas como indícios formais. Neste exercício, tento explicar a chamada função proibitivo-referencial dos enunciados formalmente indiciadores. Por tal função, presume-se que o indício formal deixa em suspenso a tendência natural em se compreender os enunciados como correspondendo a objetos e refere de modo não objetificante ao existencial do ser-no-mundo. Não é claro o teor desta referência, uma vez que ela se dá mediante enunciados que têm a mesma forma gramatical dos enunciados ordinários. Tento suprir algumas ambiguidades na "semântica" de Ser e tempo (§ 17) com a noção de remissão (Bezug), que pode ter em vistas tanto o ente na efetividade de seus atributos, como nos enunciados ordinários, quanto o ente em suas possibilidades de ser num todo conjuntural presumido entre os falantes, tal como nas exemplificações pragmáticas, artísticas e poéticas, e nas orientações da manualidade. Minha proposta é que a função referencial do indício formal é um caso de remissão modalizada na possibilidade e consiste numa prescrição hermenêutica específica: tomar o enunciado em suspensão da pretensão de atualidade, e atentar às presunções modais implícitas na compreensão de ser em que ele tem lugar e sentido.


This work is part of a broader effort to elucidate in clear and precise terms what Heidegger means when proposing that the claims of the existential analysis should be understood as formal indications. In this exercise I try to explain the so named referential-constraining function of statements uttered with this qualification. By this function, it is assumed that the formal indication puts off the natural tendency to understanding statements as corresponding to objects and refers in a non-objectifying way to the existential of being-in-the-world. It is not clear which sort of reference is that, for it occurs trough statements that have the same grammatical form of ordinary ones. I try to overcome some ambiguities in the "semantics" of "Being and Time" (§ 17) with the notion of regard (Bezug), which can be aimed both at the effectiveness of the entity's attributes, as it happens with the ordinary statements, and at the entity in its possibilities of being in a conjunctural whole that is assumed between speakers, as we can see in pragmatic, artistic and poetic exemplifications, and in the "how to" instructions. My proposal is that the referential function of the formal indication is a case of regard in the modality of possibility and comprises a specific hermeneutic prescription: take the statement passing over actuality, and pay attention to the modal assumptions that are implicit in the understanding of being where it takes place and has its meaning.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL