ABSTRACT
A proteína C-reativa (PCR) é uma proteína de fase aguda, sintetizada pelo fígado em resposta às citocinas, que reflete inflamação ativa sistêmica. A inflamação tem um papel potencial no início, progressão e desestabilização das placas de ateroma. Marcadores plasmáticos de inflamação crônica têm sido consistentemente associados ao risco de doença arterial coronariana (DAC), sendo a proteína C-reativa ultra-sensível (PCRus) o marcador mais estudado. O presente estudo teve como objetivo determinar os níveis plasmáticos da PCRus de um grupo de indivíduos submetidos à angiografia coronariana, buscando estabelecer a possível correlação entre esse parâmetro e a gravidade da DAC. Níveis plasmáticos da PCR foram determinados em amostras de sangue de 17 indivíduos com ausência de ateromatose nas coronárias (controles), 12 pacientes apresentando ateromatose leve/moderada e 28 com ateromatose grave, utilizando-se o conjunto diagnóstico Biotécnica Proteína C Reativa Turbidimetria com metodologia ultra-sensível específica para monitoramento em cardiologia, com linearidade de 0,1 a 15 mg/l. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as médias dos três grupos para o parâmetro avaliado, porém as médias obtidas para os grupos ateromatose leve/moderada e ateromatose grave permaneceram acima da faixa de referência indicada pelo método para monitoramento em cardiologia (0,1 a 2,5 mg/dl). As médias obtidas nos três grupos apresentaram elevação crescente dos níveis plasmáticos de PCRus a partir do grupo controle, aumentando com a gravidade da aterosclerose coronariana, o que poderia sugerir a progressão do estado inflamatório em função da lesão aterosclerótica.
C-reactive protein (CPR) is an acute phase protein, synthesized by the liver in response to cytokines, and reflects active inflammation. Inflammation has a potential role in atherosclerosis triggering and progression. Plasma markers of chronic inflammation have been consistently associated to the risk of coronary artery disease (CAD), being high-sensitivity C-reactive protein the marker most studied. The aim of the present study was to determine the high-sensitivity C-reactive protein plasma levels in a group of subjects undergoing coronary angiography, trying to establish a possible correlation between this parameter and the severity of the CAD. High-sensitivity C-reactive protein plasma levels had been determined in blood of 17 subjects with no atheromatosis (controls), 12 subjects presenting mild/moderate atheromatosis and 28 subjects presenting severe atheromatosis, using Biotechnical Reactive C-Protein Turbidimetric Kit with specific high-sensitivity methodology for Cardiology, with linearity to 0.1 up 15mg/l. Significant differences between the means of the three groups were not observed, however the mean values of mild/moderate atheromatosis and severe atheromatosis had remained above the reference values used in Cardiology (0.1-2.5mg/dl). The mean values of the three groups presented an increasing rise from the control group to the severe atherosclerosis, suggesting inflammatory progression due to atherosclerotic injury.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Coronary Artery Disease/diagnosis , C-Reactive Protein/analysis , C-Reactive Protein , Coronary Angiography , BiomarkersABSTRACT
OBJETIVO: Determinar os níveis plasmáticos de homocisteína e a incidência do polimorfismo C677T no gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) em um grupo de indivíduos submetidos a angiografia coronariana, buscando estabelecer a possível correlação entre esses parâmetros e a gravidade da doença arterial coronariana (DAC), bem como investigar a correlação entre hiper-homocisteinemia e a presença do polimorfismo. MÉTODOS: Vinte indivíduos com ausência de ateromatose nas coronárias (controles), quatorze indivíduos apresentando ateromatose leve/moderada e vinte e nove indivíduos apresentando ateromatose grave foram avaliados. RESULTADOS: Para o parâmetro homocisteína foram observadas diferenças significativas entre as médias dos grupos controle e ateromatose grave (p < 0,001). Entre os demais grupos não foram observadas diferenças significativas. O grupo ateromatose grave apresentou uma freqüência de 62,0 por cento e 6,9 por cento para o polimorfismo C677T no gene da enzima MTHFR, em heterozigose e homozigose, respectivamente. Entretanto, não foi observada correlação entre a presença da mutação e hiper-homocisteinemia. Foi observada uma correlação positiva da ordem de 41,91 por cento (p < 0,001) entre hiper-homocisteinemia e a presença de DAC. CONCLUSÃO: O achado mais importante deste estudo foi a associação entre hiper-homocisteinemia e a presença de estenose coronariana superior a 70 por cento; entretanto, permanece a dúvida se o aumento da concentração plasmática de homocisteína constitui um fator determinante para o agravamento da lesão aterosclerótica nas coronárias ou se o mesmo é uma conseqüência desta lesão.
OBJECTIVE: To determine plasma homocysteine levels and the incidence of methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) gene C677T polymorphism in a group of subjects who underwent coronary angiography, in an attempt to establish a correlation between these parameters and the severity of coronary artery disease (CAD), as well as investigate the correlation between hyperhomocysteinemia and the presence of polymorphism. METHODS: Twenty subjects with no coronary atheromatosis (controls), fourteen subjects with mild/moderate atheromatosis, and twenty-nine subjects with severe atheromatosis were evaluated. RESULTS: Significant differences were observed in mean homocysteine levels between the control and the severe atheromatosis groups (p < 0.001). No significant differences were observed among the other groups. The severe atheromatosis group showed rates of 62.0 percent and 6.9 percent for the C677T MTHFR gene polymorphism, in heterozygous and homozygous subjects, respectively. However, there was no correlation between the presence of mutation and hyperhomocysteinemia. A positive correlation of 41.91 percent (p < 0.001) was found between hyperhomocysteinemia and CAD. CONCLUSION: The most important finding of this study was the association between hyperhomocysteinemia and coronary stenosis > 70 percent; yet, whether elevated plasma homocysteine worsens atherosclerosis or is a consequence remains to be established.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Aged, 80 and over , Coronary Artery Disease/blood , Homocysteine/blood , Hyperhomocysteinemia/complications , /genetics , Point Mutation , Polymorphism, Genetic , Case-Control Studies , Coronary Angiography , Coronary Artery Disease/enzymology , Coronary Artery Disease/genetics , Hyperhomocysteinemia/blood , Risk Factors , Severity of Illness IndexABSTRACT
OBJETIVO: Determinar os níveis plasmáticos de lipoproteína(a) e perfil lipídico de um grupo de indivíduos submetidos à angiografia coronariana, buscando estabelecer a possível correlação entre estes parâmetros e a gravidade da doença coronariana. MÉTODOS: Níveis plasmáticos de colesterol total, HDL C, LDL C, triglicérides, lipoproteína(a), apolipoproteínas A-I e B foram medidos em amostras de sangue de 17 indivíduos com ausência de ateromatose nas coronárias (controles), 12 indivíduos apresentando ateromatose leve/moderada e 28 indivíduos apresentando ateromatose grave. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as médias dos três grupos para os parâmetros avaliados, exceto para os níveis plasmáticos de lipoproteína(a) que apresentaram diferenças significativas entre as médias dos grupos controle, ateromatose leve/moderada e ateromatose grave (p<0,001). CONCLUSÃO: As médias obtidas nos três grupos para Lp(a) sinalizam um aumento progressivo nos níveis plasmáticos deste parâmetro, de acordo com a gravidade da ateromatose coronariana. Estes achados sugerem a necessidade de estudos adicionais, visando obter suficiente evidência para a introdução rotineira da avaliação dos níveis de Lp(a) em laboratórios clínicos, no monitoramento de pacientes apresentando risco para doença arterial coronariana (DAC).
OBJECTIVE: To determine serum levels of lipoprotein(a) and lipid profile of a group of individuals submitted to coronary angiography, with the aim of establishing the possible correlation between these parameters and the severity of coronary artery disease. METHODS: Serum levels of total cholesterol, HDL C, LDL C, triglycerides, lipoprotein(a), apolipoproteins A-I and B were measured in blood samples of 17 subjects with absence of atheromatosis in the coronary arteries (control), 12 subjects presenting mild/moderate atheromatosis and 28 subjects presenting severe atheromatosis. RESULTS: No significant statistical differences were found between the means of the three groups for the parameters assessed, except for lipoprotein(a) serum levels which presented significant differences between the means of the control, mild/moderate atheromatosis and severe atheromatosis groups (p<0.001). CONCLUSION: The means obtained in the three groups for Lp(a) indicate a progressive increase in the serum levels of this parameter according to the severity of coronary atheromatosis. These findings suggest the need of additional studies in order to obtain enough evidence to support the introduction of routine assessment of Lp(a) levels in clinical laboratories in the monitoring of patients at risk for coronary artery disease (CAD).