ABSTRACT
A melanoníquia longitudinal (ML) é uma hipercromia linear da placa ungueal causada por deposição de melanina produzida na matriz ungueal, sendo o melanoma subungueal uma de suas possíveis causas. A biópsia da matriz ungueal permanece o padrão-ouro no diagnóstico diferencial das ML, mas pode levar a distrofia ungueal permanente. A biópsia tangencial descrita por Haneke foi desenvolvida para superar essa complicação, sendo diagnóstica e terapêutica. Objetivo: o objetivo do trabalho é mostrar que a biópsia tangencial é suficiente no diagnóstico etiológico das melanoníquias longitudinais. Método: realizou-se a busca dos 22 casos de ML biopsiados entre 2005 e 2010 do Laboratório Paulista de Dermatopatologia. Foram feitas medidas das porções laterais e central de todos espécimes. Resultados: dos 22 casos de melanoníquia estriada, foram encontrados 14 de hipermelanose, 1 de hiperplasia benigna, 6 de nevo melanocítico e 1 de melanoma. Nos casos de hipermelanose, a média de espessura foi de 0,59mm; nos de hiperplasia benigna, foi de 0,68mm; nos de nevo melanocítico, foi de 0,52mm; e nos de melanoma, foi de 0,58mm. Conclusão: a biópsia tangencial da matriz ungueal mostrou ser útil para o diagnóstico etiológico das ML, independente de sua etiologia (AU)