ABSTRACT
Objetivos: Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de vida em pacientes adultos com Diabetes Mellitus (DM) e usuários de insulina e analisar se há associação entre os resultados obtidos e os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) nesses indivíduos. Métodos: É um projeto de estudo transversal e observacional através da aplicação da versão brasileira validada do questionário específico de medida da qualidade de vida em diabetes (DQOL-Brasil) e avaliação laboratorial de HbA1c. Um total de 105 pacientes foram incluídos no estudo, sendo caracterizados conforme gênero, idade, tipo de diabetes, tempo de diagnóstico e tipo de insulina utilizada. Para análise comparativa, quanto aos valores de HbA1c, os pacientes foram divididos em grupos: HbA1c < 7% (bom controle glicêmico), 7 8,5% (intermediário) e > 8,5% (ruim). Resultados: Observou-se que a média do impacto do DM na qualidade de vida variou de forma crescente entre os grupos, sendo que, quanto mais pontos, pior a qualidade de vida. No grupo com controle bom da HbA1c a média foi de 1,9 ± 0,5, no grupo intermediário a média foi de 2,4 ± 0,8 e no grupo com controle ruim a média foi de 2,7 ± 0,8 (p=0,008). Não foram observadas características da população estudada que determinaram o resultado do desfecho, embora pacientes com diagnóstico de DM1 e em uso de análogos exclusivo, neste estudo, tiveram melhores níveis de HbA1c. Conclusão: Os níveis de HbA1c estão diretamente relacionados ao impacto na qualidade de vida do paciente com DM, sendo que melhores níveis de HbA1c correlacionam-se com melhor percepção de qualidade de vida. Palavras-chave: Diabetes mellitus. Qualidade de Vida Relacionada à Saúde. Medidas de Resultados Relatados pelo Paciente.
