Dor crônica sob a ótica dos pacientes da Escola de Postura da DMR HC FMUSP / Chronic pain as seen by Back School patients at DMR HC FMUSP

A Escola de Postura é apontada na literatura mundial, como importante meio terapêutico para amenizar as dores na coluna vertebral, melhorando a qualidade de vida das pessoas assoladas por essa afecção. Este estudo objetivou conhecer a representação social que os pacientes integrantes da Escola de Postura da DMR-HCFMUSP têm sobre a dor crônica na coluna vertebral, verificando os impactos que ocorrem em suas relações sociais. A identificação dessas construções mentais oferece subsídios aos profissionais da equipe para aprimorar o programa educativo elaborado para a Escola de Postura. O estudo foi realizado por meio de pesquisa quantitativa e qualitativa, com dados coletados com os protocolos de avaliação do serviço social da DMR, específicos para este programa. O universo da pesquisa constituiu-se de 51 pacientes que participaram da escola de postura de outubro de 2001 a abril de 2002. Constatamos que as representações sociais da dor crônica da coluna estão associadas ao isolamento social, a limitação, diminuição da capacidade de produção e da virilidade a possível perda de espaço social e profissional. Essas representações interferem significativamente na aceitação e seguimento das orientações recebidas e em compartilhar comos membros dos grupos sociais nos quais participa sua condição de "pessoa com uma doença limitante", podendo gerar conflitos quando do desempenho de papeis sociais.

Envelhecimento e participação social / Coming of age and social participation

O presente estudo tem como objetivo conhecer como se processa a participação social dos idosos integrantes do Programa de Atendimento Global na terceira idade da Divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo do ano de 2001. Este é um programa terapêutico que objetiva proporcionar ao idoso a melhoria da capacitação física, psicológica e social. Realizou-se pesquisa quantitativa e qualitativa baseada no Instrumento de Avalição Social, utilizado pelas assistentes sociais da Divisão, sendo pesquisado um total de dezessete pacientes. O grupo é composto predominantemente por mulheres, que associaram os relacionamentos interpessoais à possibilidade de participação social. A vontade de estar se relacionando com outras pessoas é o principal fator que lhes motiva a procurar atividades. Constata-se que os membros deste grupo podem ser considerados participativos socialmente, segundo os conceitos de participação que sugerem ao indivíduo a busca de novas atividades e relacionamentos com a chegada da terceira idade.

Perfil demográfico e situação de trabalho de portadores da doença de Chagas / Demographic profile and work situation of patients with Chagas disease

PURPOSE--To evaluate the social profile and work habits in patients with Chagas' disease. METHODS--We studied 284 ambulatory patients age ranged 21 to 74 years, female (62.3) and married people (71.8) divided according to their activities in three groups: active workers--121 (42.7); under social security--93 (32.8); housewives--61 (21.4); unemployed people--9 (3.1). RESULTS--The majority of them were in stage II of Chagas' disease, 123 (43.3) for both sexes. Migratory characteristics in this population was observed, with the search for work as the main reason for this. The level of education was low, considerably affecting the kind of profession. CONCLUSION--Patients with Chagas' disease are originally from the rural area and migrate to urban area in order to improve economic conditions. They show unfavourable social conditions, with inadequate level of education and lack of professional gratifications

Objetivo − Conhecer o perfil social e situação de trabalho de uma população de portadores de doença de Chagas. Métodos − Foram pesquisados 284 pacientes com idades entre 21 a 74 anos, 62% eram do sexo masculino, sendo 121 (42.7%) profissionalmente ativos, 93 (32,8%) beneficiários da Previdência Social, 61 (21.4%) donas de casa e 9 (3,1%) desempregados. Resultados − A maioria da população encontravase na fase II da doença (123 - 43,3%). Observou-se característica migratória, sendo que 75,5% nasceram em outros estados e 69,7% destes são residentes no estado de São Paulo. O nível de escolaridade foi baixo; 62% eram analfabetos e 85,2% trabalhavam em atividade braçal ou sem qualificaçãoConclusão − Os pacientes chagásicos são procedentes de áreas endêmicas, migram em busca de melhores condições de vida e apresentam condição social desfavorável com escolaridade insuficiente e falta de formaçãoprofissional