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1.
Psicol. Estud. (Online) ; 29: e56133, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1558721

ABSTRACT

RESUMO. Este estudo retrata, através de relatos e observações clínicas, o caminho percorrido por uma mãe para tornar-se suporte, porto ou casa, para seus bebês gêmeos, durante a internação em UTI neonatal e logo após a alta hospitalar. A investigação, que teve como base a abordagem psicanalítica de Donald Winnicott, emergiu de um recorte da pesquisa de mestrado da autora principal. A pesquisa ocorreu em dois momentos: I) acompanhamento da mãe e bebês durante a internação do recém-nascido na UTI-neonatal de um hospital geral de Porto Alegre durante um mês e nove dias com frequência semanal e II) acompanhamento após a alta através de visitas domiciliares. A segunda etapa teve início após uma semana da alta hospitalar e ocorreu durante um mês e 19 dias com frequência quinzenal. Para a coleta dos dados foram utilizados diários clínicos como um dispositivo na escuta das singularidades observadas em cada atendimento. Observou-se que a experiência de internação representou vivências de (des) continuidade para os bebês e mãe. O processo da travessia para casa representou uma inflexão importante em relação à sustentação corporal (e psíquica) dos bebês pela mãe. Destacamos ainda que o acompanhamento psicológico demonstrou ter sido importante para sustentar essa mãe ao longo da travessia e ajudá-la a se tornar 'casa' para seus recém-nascidos.


RESUMEN. Este estudio retrata, a través de informes y observaciones clínicas, el camino recorrido por una madre para convertirse en apoyo, puerto u hogar para sus bebés gemelos durante el ingreso a la UCI Neonatal y poco después del alta hospitalaria. La investigación se basó en el enfoque psicoanalítico de Donald Winnicott y se desarrolló en dos momentos: I) Seguimiento de la madre y los bebés durante la hospitalización en la UCI Neonatal de un hospital general de Porto Alegre durante un mes y nueve días con frecuencia semanal y II) Seguimiento tras el alta a domicilio. La segunda etapa se inició luego de una semana del alta hospitalaria y se desarrolló durante un mes y diecinueve días con una frecuencia quincenal. Para la recogida de datos se utilizaron diarios clínicos como dispositivo para escuchar las singularidades observadas en cada servicio. Se observó que la experiencia de hospitalización representó experiencias de (dis) continuidad para los bebés y la madre. El proceso de ir a casa representó una inflexión importante en relación al apoyo corporal (y psíquico) de los bebés por parte de la madre. También destacamos que la asistencia psicológica resultó ser importante para apoyar a esta madre durante todo el camino y ayudarla a convertirse en un 'hogar' para sus recién nacidos.


ABSTRACT. This study portrayed, through reports and clinical observations, the path taken by a mother to become support, harbor, or home, for her twin babies during admission to the Neonatal ICU and shortly after hospital discharge. Such investigation, based on Donald Winnicott's psychoanalytical approach, arose as a part of the first author's master's research. The research took place in two moments: I) Weekly follow-up of the mother and babies during the newborn's admission to the Neonatal ICU of a general hospital in Porto Alegre, state of Rio Grande do Sul, for one month and nine days, and II) Follow-up after discharge through home visits. The second stage started one week after hospital discharge and occurred for one month and nineteen days, with a fortnightly frequency. For data collection, clinical diaries were used as a device to listen to the singularities observed in each service. The hospitalization represented experiences of (dis) continuity for the babies and the mother. The journey process to home was an important inflection about the bodily (and psychic) support of babies by the mother. Psychological care proved essential to support this mother throughout the journey and help her become a 'home' for her newborns.

2.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 44(4): 343-351, Apr. 2022. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1387894

ABSTRACT

Abstract Objective To evaluate the emotional and clinical aspects observed in women with gestational trophoblastic disease (GTD) followed-up in a reference center (RC) by a multidisciplinary team. Methods Retrospective cohort study of the clinical records of 186 women with GTD and of the emotional aspects (EA) observed in these women by a teamof psychologists and reported by the 389 support groups conducted from 2014 to 2018. Results The women were young (mean age: 31.2 years), 47% had no living child, 60% had planned the pregnancy, and 50% participated in two or more SG. Most women (n=137; 73.6%) reached spontaneous remission ofmolar gestation in a median time of 10 weeks and had a total follow-up time of seven months. In the group of 49 women (26.3%) who progressed to gestational trophoblastic neoplasia (GTN), time to remission after chemotherapy was 18 weeks, and total follow-up time was 36 months. EA included different levels of anxiety and depression,more evident in 9.1% of the women; these symptoms tended to occur more frequently in women older than 40 years (p=0.067), less educated (p=0.054), and whose disease progressed to GTN (p=0.018), as well as in those who had to undergo multi-agent chemotherapy (p=0.028) or hysterectomy (p=0.001) adjuvant to clinical treatment. Conclusion This study found several EA in association with all types of GTD. It also highlights the importance of specialized care only found in a RC, essential to support the recovery of the mental health of these women.


Resumo Objetivo Avaliar aspectos emocionais e clínicos observados em mulheres com doença trofoblástica gestacional (DTG) acompanhadas em um centro de referência (CR), por equipe multiprofissional. Método Estudo de coorte retrospectivo nos prontuários clínicos de 186 mulheres comDTG, e dos aspectos emocionais (AE) observados nessas mulheres pela equipe de psicólogas e registrados nos 389 grupos de apoio (GAs), ocorridos de 2014 a 2018. Resultados As pacientes eram jovens (idade média 31,2 anos), 47% sem filhos vivos, 60% tinham desejado ou planejado esta gravidez e 50% delas participaram de dois ou mais GAs. A maioria (n=137-73,6%) apresentou remissão espontânea da gestação molar com mediana de 10 semanas e um tempo total de seguimento de 7 meses. Quarenta e nove mulheres (26,3%) evoluíram para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG); amediana para atingir a remissão após tratamento comquimioterapia foi de 19 semanas e o tempo total de seguimento foi de 36 meses. Os AE incluíram variados graus de ansiedade e depressão, mais evidentes em 9,1% das nossas pacientes; tais AE tenderam a ocorrer mais em mulheres com idade acima de 40 anos (p=0,067), com menor escolaridade (p=0,054), com evolução para NTG (p=0,018), e nas que necessitaram de tratamento quimioterápico com regime de múltiplos agentes (p=0,028), ou de histerectomia complementar ao tratamento clínico (p=0,001). Conclusão Este estudo mostrou presença de vários AE associados em todos os tipos de DTG. Destaca tambéma importância de umatendimento psicológico especializado, somente encontrado nos CR, que é essencial para ajudar na recuperação da saúde mental dessas mulheres.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Self-Help Groups , Mental Health , Gestational Trophoblastic Disease
3.
Rev Bras Ginecol Obstet ; 44(4): 343-351, 2022 Apr.
Article in English | MEDLINE | ID: mdl-35139569

ABSTRACT

OBJECTIVE: To evaluate the emotional and clinical aspects observed in women with gestational trophoblastic disease (GTD) followed-up in a reference center (RC) by a multidisciplinary team. METHODS: Retrospective cohort study of the clinical records of 186 women with GTD and of the emotional aspects (EA) observed in these women by a team of psychologists and reported by the 389 support groups conducted from 2014 to 2018. RESULTS: The women were young (mean age: 31.2 years), 47% had no living child, 60% had planned the pregnancy, and 50% participated in two or more SG. Most women (n = 137; 73.6%) reached spontaneous remission of molar gestation in a median time of 10 weeks and had a total follow-up time of seven months. In the group of 49 women (26.3%) who progressed to gestational trophoblastic neoplasia (GTN), time to remission after chemotherapy was 18 weeks, and total follow-up time was 36 months. EA included different levels of anxiety and depression, more evident in 9.1% of the women; these symptoms tended to occur more frequently in women older than 40 years (p = 0.067), less educated (p = 0.054), and whose disease progressed to GTN (p = 0.018), as well as in those who had to undergo multi-agent chemotherapy (p = 0.028) or hysterectomy (p = 0.001) adjuvant to clinical treatment. CONCLUSION: This study found several EA in association with all types of GTD. It also highlights the importance of specialized care only found in a RC, essential to support the recovery of the mental health of these women.


OBJETIVO: Avaliar aspectos emocionais e clínicos observados em mulheres com doença trofoblástica gestacional (DTG) acompanhadas em um centro de referência (CR), por equipe multiprofissional. MéTODO: Estudo de coorte retrospectivo nos prontuários clínicos de 186 mulheres com DTG, e dos aspectos emocionais (AE) observados nessas mulheres pela equipe de psicólogas e registrados nos 389 grupos de apoio (GAs), ocorridos de 2014 a 2018. RESULTADOS: As pacientes eram jovens (idade média 31,2 anos), 47% sem filhos vivos, 60% tinham desejado ou planejado esta gravidez e 50% delas participaram de dois ou mais GAs. A maioria (n = 137­73,6%) apresentou remissão espontânea da gestação molar com mediana de 10 semanas e um tempo total de seguimento de 7 meses. Quarenta e nove mulheres (26,3%) evoluíram para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG); a mediana para atingir a remissão após tratamento com quimioterapia foi de 19 semanas e o tempo total de seguimento foi de 36 meses. Os AE incluíram variados graus de ansiedade e depressão, mais evidentes em 9,1% das nossas pacientes; tais AE tenderam a ocorrer mais em mulheres com idade acima de 40 anos (p = 0,067), com menor escolaridade (p = 0,054), com evolução para NTG (p = 0,018), e nas que necessitaram de tratamento quimioterápico com regime de múltiplos agentes (p = 0,028), ou de histerectomia complementar ao tratamento clínico (p = 0,001). CONCLUSãO: Este estudo mostrou presença de vários AE associados em todos os tipos de DTG. Destaca também a importância de um atendimento psicológico especializado, somente encontrado nos CR, que é essencial para ajudar na recuperação da saúde mental dessas mulheres.


Subject(s)
Gestational Trophoblastic Disease , Hydatidiform Mole , Uterine Neoplasms , Adult , Anxiety , Child , Female , Gestational Trophoblastic Disease/diagnosis , Gestational Trophoblastic Disease/therapy , Humans , Pregnancy , Retrospective Studies , Uterine Neoplasms/diagnosis
4.
Psicol. clín ; 33(3): 411-428, set.-dez. 2021.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1356604

ABSTRACT

O objetivo deste estudo é aprofundar a compreensão sobre a experiência de mutualidade descrita por Donald Winnicott, especificamente quando essa experiência começa a ser vivida em um contexto de prematuridade e hospitalização. A mutualidade é uma comunicação primitiva que ocorre a partir da identificação da mãe, ou pessoa que cumpra essa função, com o recém-nascido. Essa comunicação envolve um contato mais silencioso - no sentido de a ênfase não estar nas palavras - e a criação de um ritmo pela dupla. O artigo busca uma discussão sobre os possíveis efeitos da prematuridade para o processo de identificação dos pais/cuidadores com seu bebê e para a experiência de mutualidade decorrente dessa identificação. Considera-se o tema relevante, já que no contexto citado a comunicação se desenvolve de forma singular e com especificidades. Para estabelecer a mutualidade, tanto os pais/cuidadores quanto o bebê necessitam de um tempo maior, devido ao contexto de internação e à condição clínica do recém-nascido. Apesar das dificuldades, os cuidadores costumam encontrar um modo singular de se comunicar com seu bebê, criando um ritmo próprio, e podem estabelecer a experiência de mutualidade com o recém-nascido e viver na intersubjetividade.


The goal of this study is to deepen the understanding of the mutuality experience described by Donald Winnicott, specifically when this experience begins to be lived in a context of prematurity and hospitalization. Mutuality is a primitive communication that occurs from the identification of the mother, or person who fulfills this function, with the newborn. This communication involves a quieter contact - in the sense that the emphasis is not on words - and the creation of a rhythm by the pair. The article pursues a discussion of the possible effects of prematurity on the process of identification between parents/caregivers and their baby and on the experience of mutuality resulting from this identification. The theme is considered relevant, since in the context cited communication develops in a unique way and with specificities. To establish mutuality, both parents/caregivers and the baby need more time, due to the context of hospitalization and the newborn's clinical condition. Despite the difficulties, caregivers usually find their particular way of communicating with their baby, creating their own rhythm, and are able to establish the experience of mutuality with the newborn and live in intersubjectivity.


El objetivo del estudio es profundizar la comprensión de la experiencia de mutualidad descrita por Donald Winnicott, especificamente cuando esta experiencia comienza a vivirse en un contexto de prematuridad y hospitalización. La mutualidad es una comunicación primitiva que se da a partir de la identificación de la madre, o persona que cumple esta función, con el recién nacido. Esta comunicación implica un contacto más silencioso - en el sentido de que el énfasis no está en las palabras - y la creación de un ritmo por el dúo. El artículo busca discutir los posibles efectos de la prematuridad en el proceso de identificación de padres/cuidadores con su bebé y en la experiencia de mutualidad resultante de esta identificación. El tema se considera relevante, ya que en el contexto mencionado la comunicación se desarrolla de una manera singular y con especificidades. Para establecer la mutualidad, tanto los padres/cuidadores como el bebé necesitan más tiempo, debido al contexto de hospitalización y la condición clínica del recién nacido. A pesar de las dificultades, los cuidadores suelen encontrar una forma peculiar de comunicarse con su bebé, creando su propio ritmo, y pueden establecer la experiencia de mutualidad con el recién nacido y vivir en intersubjetividad.

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