Acompanhamento terapêutico: andanças pelo dentro e o fora da instituição / Therapeutic accompaniment: wanderings inside and outside the institution

No presente artigo, os autores propõem-se a compartilhar reflexões e questionamentos decorrentes da prática do Acompanhamento Terapêutico (AT) em um Abrigo Institucional de Proteção a Portadores de Necessidades Especiais. A entrada do acompanhante terapêutico nesse contexto colocou em operação forças que promoveram um tensionamento com o instituído, atravessando e reinventando a prática clínica. Dessa forma, os autores foram convocados a problematizar a implicação política de uma andança dentro e fora da instituição produzida pela prática do AT. O trabalho sustenta que o AT não deve ser entendido apenas como uma prática capaz de levar a loucura para a rua, mas de forma mais ampla, como um dispositivo político com a potência de desacomodar a institucionalização da loucura nos espaços em que ela segue operando sem ser questionada.

In the present article, the authors intend to share their reflections and questionings brought up by the practice of Therapeutic Accompaniment (TA) in an Institutional Shelter dedicated to providing protection to individuals with special needs. The entrance of the therapeutic companion in this institutional context has put into operation forces that promoted tension when in contact with the instituted, reinventing the clinical practice. Thus, the authors were challenged to problematize the political implications of their wanderings inside and outside the institution, produced by the practice of TA. This work sustains that the understanding of TA should not be defined only as a practice that is able to take the insane out of the asylum and into the street, but should also include a broader approach, as a political device that holds the power to unsettle the institutionalization of insanity in the places where it keeps operating without being questioned.

Acompanhamento terapêutico: andanças pelo dentro e o fora da instituição / Therapeutic accompaniment: wanderings inside and outside the institution

No presente artigo, os autores propõem-se a compartilhar reflexões e questionamentos decorrentes da prática do Acompanhamento Terapêutico (AT) em um Abrigo Institucional de Proteção a Portadores de Necessidades Especiais. A entrada do acompanhante terapêutico nesse contexto colocou em operação forças que promoveram um tensionamento com o instituído, atravessando e reinventando a prática clínica. Dessa forma, os autores foram convocados a problematizar a implicação política de uma andança dentro e fora da instituição produzida pela prática do AT. O trabalho sustenta que o AT não deve ser entendido apenas como uma prática capaz de levar a loucura para a rua, mas de forma mais ampla, como um dispositivo político com a potência de desacomodar a institucionalização da loucura nos espaços em que ela segue operando sem ser questionada.(AU)

In the present article, the authors intend to share their reflections and questionings brought up by the practice of Therapeutic Accompaniment (TA) in an Institutional Shelter dedicated to providing protection to individuals with special needs. The entrance of the therapeutic companion in this institutional context has put into operation forces that promoted tension when in contact with the instituted, reinventing the clinical practice. Thus, the authors were challenged to problematize the political implications of their wanderings inside and outside the institution, produced by the practice of TA. This work sustains that the understanding of TA should not be defined only as a practice that is able to take the insane out of the asylum and into the street, but should also include a broader approach, as a political device that holds the power to unsettle the institutionalization of insanity in the places where it keeps operating without being questioned.(AU)

Intra- and postoperative adverse events in children with nephrotic syndrome requiring surgery under general anesthesia.

BACKGROUND: There are few data regarding perioperative adverse events in children with nephrotic syndrome. OBJECTIVES: The aim of this study was to describe the nature and frequency of perioperative adverse events in children with nephrotic syndrome. MATERIALS AND METHODS: This is a retrospective study from a large university pediatric hospital. All procedures under general anesthesia in children with nephrotic syndrome between January 1995 and May 2007 were included, with the exception of renal transplantation. Data were collected on demographics, etiology of nephrotic syndrome and related treatments, surgical procedures and anesthetic techniques, and pre- and postoperative treatments. Adverse events occurring during the intraoperative period and up to the fifth postoperative day were recorded. RESULTS: Data on eight patients who underwent 24 surgical or interventional procedures under general anesthesia over the study period were reviewed. Three patients had steroid-resistant nephrotic syndrome and five patients had congenital or infantile nephrotic syndrome. Five patients had progressed to end-stage renal failure requiring dialysis. General anesthesia was performed for: nephrectomy (n = 9), central venous catheter insertion (n = 8), peritoneal dialysis catheter insertion (n = 5), and emergency surgery in two cases (acute intestinal intussusception and hemodialysis catheter insertion). Three patients were receiving aspirin and one anticoagulant therapy. No postoperative thrombosis or infections, bleeding, peripheral edema or ascites, and increase in kalemia were noted. There was no significant postoperative increase in median serum creatinine level. CONCLUSIONS: Surgical procedures were seldom associated with the occurrence of perioperative adverse events. However, larger studies are needed to confirm these results.

Quando as palavras mudam / Cuando se cambian las palabras / When words change

Meu objetivo neste trabalho foi pensar o que, desde a perspectiva psicanalítica, se poderia apreender a partir da mudança cultural da atualidade. Busquei refletir como as alterações culturais estariam influenciando no processo psíquico humano. Para isso, analisei a época para ver o que se pode fazer desde a Psicanálise com essas mudanças recorrendo a alguns estudiosos que comentam sobre a atualidade. Realizei um percurso pelo mecanismo do recalque (Die Verdrängung) e recorri a “Totem e Tabu”, para refletir sobre a importância do totemismo, e se é possível que seja por esse caminho que tenha havido alguma modificação. Por fim, avaliei como as ditas mudanças aparecem na contemporaneidade e investiguei o que podemos fazer com isso e conclui que o vasto campo teórico psicanalítico já existente dá conta de possibilidades que possam ser utilizadas na clínica contemporânea.(AU)

Mi objetivo en este trabajo fue pensar que, desde una perspectiva psicoanalítica, qué se podría aprender de los cambios culturales de hoy. He tratado de reflexionar sobre cómo estos cambios culturales influyen en el proceso mental humano. Para ello, he analizado el tiempo para ver qué se puede hacer desde el psicoanálisis con estos cambios con algunos eruditos que comentan el presente. Llevé a cabo un recorrido por el mecanismo de la represión (Die Verdrängung) y tuvo que utilizar “Tótem y Tabú”, para reflexionar sobre la importancia del totemismo, y si por esa manera se ha producido alguna modificación. Por último, analizo cómo estos cambios aparecen en el actual e investigo lo que podemos hacer con él y llegué a la conclusión de que la mayoría existente en la teoría psicoanalítica cuenta de las posibilidades que se pueden utilizar en la clínica hoy.(AU)

My goal in this work was to think that, from a psychoanalytic perspective, one could learn from today's cultural change. I sought to reflect on how these cultural changes were influencing the human mental process. To do this, I analyzed the time to see what you can do from psychoanalysis with these changes using some scholars who comment on the present. I conducted a tour of the mechanism of repression (Die Verdrängung) and turned to “Totem and Taboo”, to reflect on the importance of totemism, and it may be that way there has been some modification. Finally, I analyzed how such changes appear in contemporary and investigated what we can do with it and concludes that the vast existing psychoanalytic theoretical realize possibilities that can be used in the clinic today.(AU)

Marcas do contemporâneo na subjetivação: uma pedra no caminho da Psicanálise? / La subjetividad en las marcas contemporáneas: ¿una pedra en el camino del psicoanálisis? / Subjectivity in the contemporary brands: a stone on the parth of psychoanalysis?

A escrita deste artigo parte de uma percepção de que as questões concernentes ao âmbito social produzem subjetivações balizadas por diferentes modos de ser e estar no mundo. Diante dessa constatação, interrogamos sobre as implicações dos registros da sociedade contemporânea nos sujeitos. Um slogan norteia nossa escrita: “Crack: nem pensar”. Acreditamos que esta frase seja uma forma de representação de um discurso hegemônico (Focault, 1986) corrente na atualidade que se refere a uma inobservância no processo de pensar. Esta expressão, entendida aqui como um imperativo de nosso tempo, norteia não só a subjetivação dos analisantes, mas também a escuta analítica e a subjetividade dos analistas. Sustentamos, então, um olhar para uma nova realidade contemporânea e a necessária revisita ao narcisismo dos analistas para que possamos aderir ao que acreditamos ser um imperativo da Psicanálise: agir com o pensamento e com as palavras e, dessa forma, manter vigente o fazer dessa disciplina.(AU)

The writing of this article part of a perception that issues concerning the social sphere produce subjectifications buoyed by different modes of being in the world. Given this finding, we question the implications of the records in the subjects of contemporary society. Guides our writing a slogan: "Crack: No way." (or “crack: don’t think about it”). We believe that this phrase is a way of representing a hegemonic discourse (Foucault, 1986) current nowadays that refers to a failure in the process of thinking. This expression, seen here as an imperative of our time, not only guides the subjectivity of the analyte, but also listening and analytic subjectivity of analysts. We maintain, then, a look at a new contemporary reality and the need for revisiting the narcissism of analysts so that we can adhere to what we believe is an imperative of psychoanalysis: to act with thought and with words and thus maintain the current discipline to do this. (AU)

La redacion de este artículo parte de uma percepción de que lãs cuestiones relativas al âmbito social produce subjetivaciones marcados por los diferentes modos de ser y de estar em el mundo. Teniendo em cuenta este echo, nos preguntamos las implicaciones de los registros de los sujetos de la sociedad contemporânea. Nuestras guías de escribir en un lema: "Crack:. No pienses". Creemos que esta frase es una forma de representar un discurso hegemónico (Foucault, 1986) actual en curso que se refiere a un fallo en el proceso del pensamiento. Esta expresión, que aparece aquí como un imperativo de nuestro tiempo, no sólo guía a la subjetividad de los analizantes, sino también la subjetividad de los analistas. Mantenemos, pues, un vistazo a la realidad contemporánea y la necesidad de revisar el narcisismo de los analistas, para que podamos cumplir con lo que creemos es un imperativo del psicoanálisis: actuar con reflexión y con las palabras y así mantener la disciplina actual de hacer esto. (AU)