ABSTRACT
A reabsorção severa da raiz diagnosticada tardiamente pode acarretar a perda dentária. Devido ao fato de a técnica de subtração radiográfica digital ser um importante recurso para detecção precoce de alterações minerais, este estudo propôs avaliar a eficiência no diagnóstico precoce da reabsorção radicular externa simulada nas regiões apical e lingual, pelas técnicas de subtração radiográfica digital e radiografia digital. Foram utilizados 14 dentes incisivos de mandíbulas humanas maceradas com reabsorções de diferentes dimensões, simuladas nas regiões apical e lingual, e radiografados com variação de ângulos de projeção. As radiografias foram subtraídas pelo programa Regeemy®, e para avaliação de desempenho dos métodos de diagnóstico, pares de radiografias periapicais e imagens subtraídas foram apresentadas a dois radiologistas. De acordo com os resultados, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os métodos na detecção de reabsorções linguais, independentemente do tamanho da lesão. Também não houve diversidade entre os métodos na detecção de reabsorções apicais, com exceção do examinador dois quanto às variações angular vertical e horizontal de 10º, utilizando o maior nível de desgaste, que apresentou a radiografia digital como método superior na avaliação em relação à subtração radiográfica. Também foi observado que o aumento do nível de desgaste permitiu melhor avaliação nas regiões de reabsorções apicais e linguais, e a menor variação dos ângulos verticais e horizontais nas detecções de reabsorções apicais e linguais permitiu uma melhor avaliação da imagem, principalmente no menor nível de desgaste.
The delay on diagnose severe root resorption can lead to tooth loss. Due to the fact that digital subtraction radiography is an important resource to detect initial mineral changes, this study aimed at evaluating the effectiveness of the digital subtraction radiography and digital radiography in early diagnosis of the simulated apical and lingual external root resorption. Fourteen human lower incisors, submitted to simulated apical and lingual resorption cavities of different sizes, imaged with different angle projection variations were included in this study. The images were subtracted by the Regeemy® program, and receiver operating characteristic analysis was used to evaluate the diagnostic performance for each imaging system, and the diagnostic accuracy of both diagnosis methods for detecting lesions was conducted by the assessment of the pairs of radiography (digital and subtracted) by two radiologists. According to the results, there were no statistically significant differences between the methods in detecting lingual resorption, independently of the lesion dimension. There was also no difference on the apical resorption detection, except by the viewer two as to 10º horizontal and vertical angles, who related that on the larger cavity, the digital radiography was more reliable than the subtraction radiography. It was also further noticed that the deeper the cavity size, the better the apical and lingual resorption detection; and the radiography taken of the apical and lingual resorption, with the smaller vertical and horizontal angles variation ensured a better assessment of the image, mainly on the shallower cavity size.
ABSTRACT
O cisto odontogênico ortoqueratinizado (COO) e o tumor odontogênico queratocístico (TOQ) são lesões distintas, com comportamento clínico e características radiográficas semelhantes. Enquanto o COO é classificado como cisto odontogênico, o TOQ, com base na última classificação da OMS em 2005, passou a ser classificado como neoplasia odontogênica. Essa alteração realizada na classificação do TOQ baseou-se em evidências científicas que constataram uma taxa de proliferação celular dessas lesões não compatível com as lesões císticas, fato esse comprovado mediante os dos elevados índices de recidiva encontrados no TOQ. Em função das semelhanças clínicas e radiográficas, a diferenciação histológica dessas lesões torna-se preponderante para o delineamento de um plano de tratamento conservador ou agressivo. Neste trabalho, relata-se um caso de paciente com 28 anos, gênero masculino, leucoderma, com aumento de volume assintomático em mandíbula, na região dos dentes 33, 34 e 35, todos com vitalidade. Os exames de imagem revelaram lesão radiolúcida em parasínfise e corpo mandibular esquerdo. O paciente foi submetido à punção aspirativa, com resultado negativo, e à biópsia incisional. O material coletado foi enviado a um laboratório de anatomopatologia cujo laudo revelou tumor odontogênico queratocístico. Assim sendo, o paciente foi submetido à cirurgia de enucleação com curetagem marginal, evoluindo sem intercorrências no pós-operatório. O material coletado durante a enucleação foi encaminhado ao laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP cujo laudo mostrou lesão cística revestida por epitélio ortoqueratinizado compatível com cisto odontogênico ortoqueratinizado, contradizendo o resultado obtido na biópsia incisional. Atualmente, o paciente encontra-se em proservação há 72 meses, sem indícios de recorrência lesional.
The orthokeratinized odontogenic cyst (OOC) and keratocystic odontogenic tumour (KCOT) are distinct lesions with similar clinical behavior and radiological features. According to the latest edition of the WHO classification, the KCOT is now classified as an odontogenic neoplasm and the OOC continuesto be classified as an odontogenic cyst. This change made in the classification of KCOT was based on scientific evidence that demonstrated that the proliferation rate of these lesions is not compatible with cystic lesions, a fact demonstrated by the high rate of recurrence found in KCOT. Due to their clinical and radiological similarities, the histological differentiation of these lesions is crucial when choosing whether to adopt a conservative or invasive plan of treatment. In this paper, we describe a 28-year-old male patient, caucasian, with asymptomatic increased volume in the mandible in the region of teeth 33, 34 and 35, all with vitality. The imaging studies revealed a radiolucent lesion in the left mandibular body and parasymphysis. The patient underwent aspiration with negative results and incisional biopsy. The material collected was sent to an anatomic pathology laboratory, and the report revealed a keratocystic odontogenic tumour. The patient therefore underwent a surgical enucleation with marginal curettage, with an unremarkable postoperative course. The material collected during the enucleation was sent to the Oral Pathology Department at the School of Dentistry, São José dos Campos - UNESP, whose report revealed a cystic lesion lined by orthokeratinizing epithelium compatible with an orthokeratinized odontogenic cyst, which was at odds with the result obtained in the incisional biopsy. The patient has been followed up for 72 months with no evidence of recurrence of the lesion.
ABSTRACT
This study evaluated the applicability of the method developed by Caldas to measure vertebral bone age for Brazilians suffering from Down syndrome. A database comprised of 57 case records of individuals with this syndrome, both male and female, with age ranging between 5 and 18 years, was assessed. These records had lateral cefalometric radiographies and radiographies of hand and wrist, being all obtained on the same date. Also, 48 records of individuals not suffering from Down syndrome were assessed. For the hand and wrist radiographies the Tanner and Whitehouse (TW3) method was used, and bone age was obtained. The Caldas method was employed on the lateral cefalometric radiographies in order to obtain the vertebral bone age. From the information about the bone age, vertebral bone age and chronological age, the Wilcoxon test was used to compare all the ages in pairs. There was a statistically significant difference between the three ages mentioned above for both male and female control group and female Down syndrome group. Therefore, this method was only suitable for Down syndrome male individuals. Based on the results, a formula to obtain the bone age for Down syndrome individuals was developed
Este estudo avaliou a aplicabilidade do método desenvolvido por Caldas para medir a idade óssea vertebral em brasileiros, quando empregada em indivíduos portadores da síndrome de Down. Foram estudados 57 prontuários de indivíduos com síndrome de Down, de ambos os sexos, com idade variando entre 5 e 18 anos. Estes prontuários continham radiografias cefalométricas laterais e radiografias de mão e punho, obtidos no mesmo dia, e também foram avaliados 48 prontuários de indivíduos não portadores de síndrome de Down. Para as radiografias de mão e punho o método de Tanner e Whitehouse (TW3) foi usado para que pudéssemos obter a idade óssea. O método de Caldas foi empregado nas radiografias cefalométricas laterais, e assim obtivemos a idade óssea vertebral. A partir das informações sobre a idade óssea, idade óssea vertebral e idade cronológica, utilizou-se o teste de Wilcoxon para comparar todas as idades aos pares o qual mostrou uma diferença estatisticamente significativa entre estas três idades citadas acima para ambos os sexos do grupo controle e grupo com síndrome de Down do sexo feminino. Portanto, este método foi aplicável apenas em indivíduos do sexo masculino portadores da síndrome de Down. Com base nos resultados uma fórmula para obtenção da idade óssea de indivíduos com síndrome de Down foi desenvolvida