ABSTRACT
No período de setembro de 2003 a outubro de 2004, foram pesquisados 170 pessoas que procuraram o Serviço Social Médico do Ambulatório do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor/HC-FMUSP) e apresentaram atitudes agressivas em relação ao assistente social. As solicitações e queixas dos pesquisados estavam fora do alcance de resolutividade do assistente social, por implicarem inobservância de normas e rotinas institucionais, por serem de competência de outros porofissionais ou por envolverem soluções que dependiam de políticas públicas sociais. Quando sua expectativa não era satisfeita, não havia receptividade aos argumentos do profissional. Os efeitos das políticas públicas brasileiras transpareceram neste estudo, por meio das necessidades apresentadas pelo usuário, e a insatisfação era manifestada por meio de reações agressivas e de intimidação, como forma de sobrevivência às contradições sociais. Nossa expectativa é encontrar o caminho mais rápido da praticidade, da conscientização do usuário e da importância de sua participação social, porém de forma clara, objetiva e organizada.