ABSTRACT
Para melhor conhecer o conteúdo da assistência ambulatorial em Assistência Primária à Saúde, procedeu-se a um estudo com uma amostra de 4.319 atendimentos, representando 7 por cento da populaçäo atendida de marçode 1985 a março de 1986. O estudo foi realizado na Unidade Sanitária Murialdo (SSMA), localizada na Vila Säo José, na periferia de Porto Alegre, RS (Brasil). O sexo feminino ocupou 67 por cento do total de atendimentos. A composiçäo etária esteve mais significativamente representada por crianças até 10 anos (37 por cento) e mulheres em idade fértil (21 por cento). As vinte primeiras razöes de encontro corresponderam a 63 por cento do total, e a razäo principal de procura do serviço foi para renovaçäo de receitas e pedido de medicamentos (9,3 por cento). De todos os diagnósticos do estudo, os vinte primeiros corresponderam a 61 por cento, sendo que hipertensäo arterial sistêmica (8,8 por cento), infecçöes de vias áereas superiores (7,8 por cento) e imunizaçöes (5,5 por cento) foram os mais frequentes. O procedimento mais realizado foi fornecer, prescrever ou administrar medicaçäo. Foram encaminhadas 7,3 por cento do total das pessoas atendidas, mais da metade (5,0 por cento) para profissionais do próprio serviço e apenas 0,6 por cento foram encaminhadas para hospitalizaçäo. Estes dados, acrescidos daqueles de pesquisas que captaram os aspectos de morbi-mortalidade näo facilmente obtidos em estudos de demanda, poderiam servir para orientar o planejamento dos serviços sanitários e treinamento de pessoal
Subject(s)
Humans , Morbidity , Primary Health Care , Health Services Needs and Demand , Health Services Research , Office Visits , Brazil , Diagnosis , Referral and Consultation , Community Health ServicesABSTRACT
Como pouco é conhecido do conteúdo em Atençäo Primária no Brasil, desenvolvemos um estudo retrospectivo sobre o assunto na Unidade Sanitária Murialdo, Porto Alegre, utilizando dados classificados através da "International Classification in Primary Care". Crianças de 0 a 15 anos utilizaram 49% das consultas e mulheres de 15 a 44 anos 27%. Os motivos de consulta mais comuns em crianças de 0 a 11 meses foram imunizaçöes e febre, em crianças de 1 a 4 anos, febre e "pesar" em crianças de 5 a 14 anos, febre e injeçöes. Em adultos, os motivos de consulta mais comuns foram injeçöes e pedido ou renovaçäo de medicamentos, questöes administrativas a medir a pressäo. As 10 queixas mais comuns correponderam a 50% dos motivos de consulta. 46% dos motivos de consulta näo puderam ser classificados em um sistema. Esses fatos destacam a importância do bom manejo de umas poucas condiçöes e a necessidade de uma visäo geral (näo limitada a um aparelho) do médico que trabalha em Atençäo Primária