ABSTRACT
Objective: The study aimed to describe the profile and economic burden of patients with depression from the perspective of the Brazilian Private Healthcare System (PHS). Methods: A two-step methodological quantitative-qualitative research design was performed: retrospective descriptive analysis of the Orizon database of patients with at least one claim of depression (F33, F38, or F39) in PHS (2013-2019) and experienced physicians perspective from an expert meeting. Results: 1,802 patients fulfilling the eligibility criteria counted BRL 74,978 million across the 4-year period. Over this period, nearly 60% of patients had a medical appointment (6.6 appointments per patient, on average), 61% had a psychologist, 9.8% had a psychiatrist appointment, and an average of 115.2 exams and 8.7 emergency visits per patient were performed. According to the experts, the economic impact of depression is more significant when considering the indirect costs related to productivity loss and impairment in occupational and interpersonal functioning. Conclusion: Identifying and diagnosing patients with depression and their real burden is challenging; even with significant costs identified in the claim database analyses in the Brazilian PHS, the real impact must be higher if indirect costs are considered. The depressive disorder should be prioritized in the Brazilian PHS to establish more adequate health policies.
Objetivo: O estudo teve como objetivo descrever o perfil e a carga econômica de pacientes com depressão na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Foi realizado um projeto de pesquisa quantitativo-qualitativo metodológico em duas etapas: análise descritiva retrospectiva do banco de dados Orizon de pacientes com pelo menos uma alegação de depressão (F33, F38 ou F39) no PHS (2013- 2019) e perspectiva de médicos experientes de uma reunião de especialistas. Resultados: 1.802 pacientes que preencheram os critérios de elegibilidade totalizaram R$ 74,978 milhões no período de 4 anos. Nesse período, cerca de 60% dos pacientes tiveram consulta médica (6,6 consultas por paciente, em média), 61% tiveram psicólogo, 9,8% consulta com psiquiatra e foram realizados em média 115,2 exames e 8,7 atendimentos de emergência por paciente . Segundo os especialistas, o impacto econômico da depressão é mais significativo quando considerados os custos indiretos relacionados à perda de produtividade e prejuízo no funcionamento ocupacional e interpessoal. Conclusão: Identificar e diagnosticar pacientes com depressão e sua real carga é desafiador; mesmo com custos significativos identificados nas análises da base de sinistros do SUS brasileiro, o impacto real deve ser maior se considerados os custos indiretos. O transtorno depressivo deve ser priorizado na APS brasileira para o estabelecimento de políticas de saúde mais adequadas.