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Saúde debate ; 48(spe1): e8583, 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1576886

ABSTRACT

RESUMO O desastre-crime do petróleo em 2019 é tido como o maior desastre ocorrido no litoral do Brasil. Considerada a primeira linha de enfrentamento de desastres no território, a gestão municipal de saúde é fundamental no processo de gestão de risco de desastre. Objetivou-se analisar a atuação de uma secretaria municipal de saúde da região metropolitana do Recife, Pernambuco, em relação ao derramamento do petróleo ocorrido em 2019. Foi realizado um estudo de caso do tipo descritivo com abordagem qualitativa. Foi realizada Análise de Conteúdo, com utilização do software IRaMuTeQ, das entrevistas com gestores da saúde, cujos resultados revelaram quatro categorias: gestão municipal na atenção com o mar; governança de risco de desastre e suas ausências; sindemia da covid-19 e impactos na reabilitação e recuperação das comunidades afetadas pelo desastre do petróleo; o que fazer se um desastre voltar a acontecer. No município em análise, houve a organização antecipada das ações de enfrentamento, a ausência da governança no desastre-crime e o enfoque da gestão em saúde na sindemia da covid-19, que foram apontados como dificuldades e vulnerabilidades na atuação, enquanto a educação permanente e a articulação com pescadores(as) e marisqueiras foram algumas das lições aprendidas.


ABSTRACT The 2019 oil disaster-crime is considered the largest disaster on the Brazilian coast. Given the frontline in disaster response, the municipal health secretariat is crucial in the disaster risk management process. This study aimed to analyze the performance of a municipal health secretariat in the metropolitan region of Recife, Pernambuco, regarding the 2019 oil spill, adopting a descriptive, qualitative case study. We performed content Analysis with the IRaMuTeQ software on interviews with health managers, and the results revealed four categories: municipal management in marine care; disaster risk governance and its absence; the COVID-19 syndemic and its impacts on the rehabilitation and recovery of oil disaster-affected communities; what to do if a disaster strikes again. In the municipality under study, we noted early organization of response actions, the lack of governance in the disaster-crime, and health management focus on COVID-19 syndemic, which were identified as difficulties and vulnerabilities in their actions, while continuing education and coordination with fishermen and shellfish gatherers were among the lessons learned.

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