Dor neuropática: fisiopatologia, clínica e terapêutica / Neuropathic pain: pathophysiology, clinical and therapeutic

A dor neuropática (DN) é definida como a resultante de lesão primária ou disfunção do sistema nervoso, central e periférico. Todavia, tais alterações vão determinar manifestações de caráter doloroso e/ou parestésico, cuja diversidade permite a denominação de síndrome dolorosa neuropática em lugar do simples rótulo de dor neuropática, o qual mantivemos, no entanto, pelo uso consagrado. A complexidade e a interação de mecanismos centrais e periféricos, a exuberância da sintomatologia e as limitações do tratamento atual tornam a DN objeto de intensa pesquisa e de múltiplas intervenções, cirúrgicas e clínicas, medicamentosas e não-medicamentosas. Disto decorre, freqüentemente, a exigência de avaliação interdisciplinar e de multimodalidade terapêutica. Recentemente, observa-se forte inclinação para se basear a terapêutica da DN mais na fisiopatogenia dos sintomas do que na consideração estritamente etiológica ou mesmo no tipo de lesão anatômica. A justificativa desta orientação reside na própria diversidade de sintomas dentro de um mesmo quadro clínico ou na presença de sintomas idênticos em doenças diferentes. Procuramos acompanhar esta tendência ao contemplá-la em múltiplas ocasiões no decorrer do texto e pela própria estrutura do livro, ao dividi-lo em duas partes: Parte I, em que foram estudados os vários fundamentos da DN, e Parte II, quando foram apreciadas as afecções clínicas mais representativas

Chagasic meningoencephalitis in the immunodeficient

Based on their own experience on the literature, the authors compare the brain pathology due to HIV+ associated Trypanosoma cruzi reactived infecction to that described for the natural history of the Chagas' disease (CD). The peculiar focal necrotizing chagasic meningoencephalitis (MECNF) which appears only in immunedeficient chagasics, especially when the deficiency is due HIV is a safe criterion for reactivation of CD. MECNF morphologic findings are unlike to those found either for some cases of acute phase CD or for chronic nervous form of CD.

Terson's syndrome: report of case with favorable outcome

Terson's syndrome is characterized by presence of a subarachnoid hemorrhage accompanied by retinal and vireous hemorrhage leading to a not very favorable prognosis. We describe a case with a good outcome, probably because of a early diagnosis and medical intervention. We emphasize the routine optician's check up as very important in the evaluation of a prognosis in the cases of a suspect intracranial hemorrhage.

Estudo de 127 amostras de liquido cefalorraquidiano (LCR) em pacientes com SIDA

Foram estudadas 127 amostras de LCR de pacientes adultos com diagnostico de sindrome de imunodeficiencia adquirida (SIDA). Encontramos anormalidades em 105 (82,6 por cento) amostras, caracterizadas por aumento das proteinas totais 56 (44 por cento), hipercitose 49 (38,6 por cento) e hipoglicorraquia em 23 (18 por cento). As reacoes imunologicas mostraram-se positivas para toxoplasmose em 38 (29,9 por cento) amostras, sifilis 9 (7 por cento) e cisticercose em 3(2,3 por cento). O diagnostico de neurocriptococose foi constatado em 25 (19,8 por cento) do total, meningite bacteriana 2(1,6 por cento), neurotuberculose 2(1,6 por cento) e meningite asseptica em 20 (15,7 por cento). Associacao das diversas patologias infecciosas ocorreu em 16 (12,6 por cento).

Associaçäo entre acidentes vasculares encefálicos e doença de Chagas / Association of encephalic vascular accidents and Chagas disease

Foi pesquisada a freqüência de acidentes vasculares encefálicos (AVE), isquêmicos e hemorrágicos, em chagásicos crônicos e em näo chagásicos, maiores de 15 anos de idade, necropsiados em Uberaba, de 1979 a 1988, optando-se por estudo emparelhado por sexo e idade em 208 pares. Em 41(19,7 por cento) dos chagásicos e em 55(26,4 por cento) dos näo chagásicos foram diagnósticados AVE, diferença näo significante a nível de 5 por cento. Dos chagásicos 12(75 por cento) tiveram infarto e 4(25 por cento) hemorragia encefálica; dos näo chagásicos 5(31,3 por cento) tiveram infarto e 11(68,7 por cento) hemorragia. As diferenças säo significantes ao nível de 5 por cento. Os resultados demonstram menor freqüência de AVE hemorrágico em chagásicos que em näo chagásicos e comprovam alta freqüência de VE isqüêmico na doença de Chagas humana

Condroma parassagital intracraniano / Parasagital intracranial chondroma

Apesar da reconhecida capacidade de diferenciaçäo mesenquimal das meninges, a ocorrência de condromas intracranianos em localizaçäo parassagital é bastante rara. É relatado o caso de uma menina de 13 anos e as dificuldades encontradas no diagnóstico e no tratamento cirúrgico. Estas lesöes, em geral, säo de bom prognóstico