ABSTRACT
Abstract Sciatic nerve transection (SNT), a model for studying neuropathic pain, mimics the clinical symptoms of phantom limb, a pain condition that arises in humans after amputation or transverse spinal lesions. In some vertebrate tissues, this condition decreases acetylcholinesterase (AChE) activity, the enzyme responsible for fast hydrolysis of released acetylcholine in cholinergic synapses. In spinal cord of frog Rana pipiens, this enzymes activity was not significantly changed in the first days following ventral root transection, another model for studying neuropathic pain. An answerable question is whether SNT decreases AChE activity in spinal cord of frog Lithobates catesbeianus, a species that has been used as a model for studying SNT-induced neuropathic pain. Since each animal model has been created with a specific methodology, and the findings tend to vary widely with slight changes in the method used to induce pain, our study assessed AChE activity 3 and 10 days after complete SNT in lumbosacral spinal cord of adult male bullfrog Lithobates catesbeianus. Because there are time scale differences of motor endplate maturation in rat skeletal muscles, our study also measured the AChE activity in bullfrog tibial posticus (a postural muscle) and gastrocnemius (a typical skeletal muscle that is frequently used to study the motor system) muscles. AChE activity did not show significant changes 3 and 10 days following SNT in spinal cord. Also, no significant change occurred in AChE activity in tibial posticus and gastrocnemius muscles at day 3. However, a significant decrease was found at day 10, with reductions of 18% and 20% in tibial posticus and gastrocnemius, respectively. At present we cannot explain this change in AChE activity. While temporally different, the direction of the change was similar to that described for rats. This similarity indicates that bullfrog is a valid model for investigating AChE activity following SNT.
Resumo A transecção do nervo isquiático (SNT), um modelo para estudar dor neuropática, simula os sintomas clínicos do membro fantasma, uma condição dolorosa que ocorre nos humanos após amputação ou secção completa da medula espinal. Essa condição muda a atividade da acetilcolinesterase (AChE), a enzima responsável pela rápida hidrólise da acetilcolina liberada nas sinapses colinérgicas, em alguns tecidos de vertebrados. Em medula espinal de rã Rana pipiens, a atividade da AChE não foi significativamente alterada nos primeiros dias após a secção da raiz ventral, outro modelo para o estudo da dor neuropática. Uma questão ainda não respondida é se a SNT diminui a atividade da AChE na medula espinal de rã Lithobates catesbeianus, uma espécie que vem sendo usada como modelo em estudos da dor neuropática induzida por SNT. Como cada modelo animal é criado a partir de metodologia específica, e seus resultados tendem a variar com pequenas mudanças na metodologia de indução da dor, o presente estudo avaliou a atividade da AChE em medula espinal lombossacral de rã-touro Lithobates catesbeianus, adultos, machos, 3 e 10 dias após a completa SNT. Como há diferenças temporais na maturação de placas motoras em músculos esqueléticos de ratos, nosso estudo ainda demonstrou, na rã-touro, os efeitos da SNT sobre a atividade da AChE nos músculos esqueléticos tibial posticus, um músculo postural, e gastrocnêmio, um músculo frequentemente usado em estudos do sistema motor. A atividade da AChE não mudou significativamente na medula espinal aos 3 e 10 dias após a SNT. Nos músculos, a atividade não alterou significativamente aos 3 dias após a lesão, mas reduziu de forma significativa aos 10 dias após a SNT. Aos 10 dias, a diminuição foi 18% no músculo tibial posticus e 20% no gastrocnêmio. No momento, nós não temos explicação para essa mudança na atividade da AChE. Embora temporalmente diferente, o sentido da mudança é similar ao que é descrito em ratos. Esta similaridade torna a rã-touro um modelo válido para se estudar questões ainda não respondidas da SNT sobre a AChE.
ABSTRACT
Abstract Lucina pectinata is an important economic resource in the Brazilian coast. This study reports parasitism caused by a Digenea in this species. The specimens (n = 470) were collected in December 2012 in a mangrove swamp of the Cachoeira River estuary, Bahia, Brazil. They were measured along the anterior-posterior axis (length), and after macroscopic analysis for parasites and diseases cuts of 5 mm were fixated in Carnoys solution and processed by routine histology technique wherein sessions of 7 m were stained with Harris hematoxylin and eosin (H&E). The tissues were examined using an optical microscope. The mean length of L. pectinata was 4.0 ± 0.53 cm. Microscopic analysis showed sporocysts containing both germ balls as cercariae of an unidentified Digenea (Platyhelminthes), these in various stages of development. The prevalence was 1.48% (7/470). In a parasitized specimen was macroscopic evidence of tissue densification of gills. The sporocysts were observed in mantle, gills, digestive gland and gonads, with evident alteration/destruction of tissues, including parasitic castration. There were no other parasites found, which is probably related to inaccessibility and chemical conditions in which lives L. pectinata, i.e., between 10 and 20 cm in mangrove sediment.
Resumo Lucina pectinata é um importante recurso econômico na costa brasileira. Este estudo relata parasitismo causado por um Digenea nesta espécie. Os exemplares (n = 470) foram coletados em dezembro de 2012 em um manguezal do estuário do Rio Cachoeira, Ilhéus, Bahia. Estes foram medidos quanto ao eixo ântero-posterior (comprimento) e após análise macroscópica quanto a parasitos e enfermidades, cortes transversais de 5 mm foram fixados em solução de Carnoy e processados por técnica rotineira de histologia, sendo que sessões de 7 m foram coradas com hematoxilina de Harris e eosina (HE). Os tecidos foram examinados em microscopia de luz. A média de comprimento de L. pectinata foi de 4,0 ± 0,53 cm. A análise microscópica evidenciou esporocistos de um Digenea (Platyhelminthes) não identificado, contendo massas germinativas e cercárias, estas em vários estágios de desenvolvimento. A prevalência foi de 1,48% (7/470). Um dos exemplares parasitado apresentou adensamento dos tecidos nas brânquias. Os esporocistos foram observados no manto, brânquias, glândula digestiva e gônadas, causando evidente alteração/destruição de tecidos, inclusive castração parasitária. Não foram observados outros parasitos, o que está provavelmente associado à inacessibilidade e condições químicas em que vive este hospedeiro, isto é, entre 10 e 20 cm no sedimento do manguezal.
ABSTRACT
Abstract Lucina pectinata is an important economic resource in the Brazilian coast. This study reports parasitism caused by a Digenea in this species. The specimens (n = 470) were collected in December 2012 in a mangrove swamp of the Cachoeira River estuary, Bahia, Brazil. They were measured along the anterior-posterior axis (length), and after macroscopic analysis for parasites and diseases cuts of 5 mm were fixated in Carnoys solution and processed by routine histology technique wherein sessions of 7 m were stained with Harris hematoxylin and eosin (H&E). The tissues were examined using an optical microscope. The mean length of L. pectinata was 4.0 ± 0.53 cm. Microscopic analysis showed sporocysts containing both germ balls as cercariae of an unidentified Digenea (Platyhelminthes), these in various stages of development. The prevalence was 1.48% (7/470). In a parasitized specimen was macroscopic evidence of tissue densification of gills. The sporocysts were observed in mantle, gills, digestive gland and gonads, with evident alteration/destruction of tissues, including parasitic castration. There were no other parasites found, which is probably related to inaccessibility and chemical conditions in which lives L. pectinata, i.e., between 10 and 20 cm in mangrove sediment.
Resumo Lucina pectinata é um importante recurso econômico na costa brasileira. Este estudo relata parasitismo causado por um Digenea nesta espécie. Os exemplares (n = 470) foram coletados em dezembro de 2012 em um manguezal do estuário do Rio Cachoeira, Ilhéus, Bahia. Estes foram medidos quanto ao eixo ântero-posterior (comprimento) e após análise macroscópica quanto a parasitos e enfermidades, cortes transversais de 5 mm foram fixados em solução de Carnoy e processados por técnica rotineira de histologia, sendo que sessões de 7 m foram coradas com hematoxilina de Harris e eosina (HE). Os tecidos foram examinados em microscopia de luz. A média de comprimento de L. pectinata foi de 4,0 ± 0,53 cm. A análise microscópica evidenciou esporocistos de um Digenea (Platyhelminthes) não identificado, contendo massas germinativas e cercárias, estas em vários estágios de desenvolvimento. A prevalência foi de 1,48% (7/470). Um dos exemplares parasitado apresentou adensamento dos tecidos nas brânquias. Os esporocistos foram observados no manto, brânquias, glândula digestiva e gônadas, causando evidente alteração/destruição de tecidos, inclusive castração parasitária. Não foram observados outros parasitos, o que está provavelmente associado à inacessibilidade e condições químicas em que vive este hospedeiro, isto é, entre 10 e 20 cm no sedimento do manguezal.
ABSTRACT
Abstract Sciatic nerve transection (SNT), a model for studying neuropathic pain, mimics the clinical symptoms of phantom limb, a pain condition that arises in humans after amputation or transverse spinal lesions. In some vertebrate tissues, this condition decreases acetylcholinesterase (AChE) activity, the enzyme responsible for fast hydrolysis of released acetylcholine in cholinergic synapses. In spinal cord of frog Rana pipiens, this enzymes activity was not significantly changed in the first days following ventral root transection, another model for studying neuropathic pain. An answerable question is whether SNT decreases AChE activity in spinal cord of frog Lithobates catesbeianus, a species that has been used as a model for studying SNT-induced neuropathic pain. Since each animal model has been created with a specific methodology, and the findings tend to vary widely with slight changes in the method used to induce pain, our study assessed AChE activity 3 and 10 days after complete SNT in lumbosacral spinal cord of adult male bullfrog Lithobates catesbeianus. Because there are time scale differences of motor endplate maturation in rat skeletal muscles, our study also measured the AChE activity in bullfrog tibial posticus (a postural muscle) and gastrocnemius (a typical skeletal muscle that is frequently used to study the motor system) muscles. AChE activity did not show significant changes 3 and 10 days following SNT in spinal cord. Also, no significant change occurred in AChE activity in tibial posticus and gastrocnemius muscles at day 3. However, a significant decrease was found at day 10, with reductions of 18% and 20% in tibial posticus and gastrocnemius, respectively. At present we cannot explain this change in AChE activity. While temporally different, the direction of the change was similar to that described for rats. This similarity indicates that bullfrog is a valid model for investigating AChE activity following SNT.
Resumo A transecção do nervo isquiático (SNT), um modelo para estudar dor neuropática, simula os sintomas clínicos do membro fantasma, uma condição dolorosa que ocorre nos humanos após amputação ou secção completa da medula espinal. Essa condição muda a atividade da acetilcolinesterase (AChE), a enzima responsável pela rápida hidrólise da acetilcolina liberada nas sinapses colinérgicas, em alguns tecidos de vertebrados. Em medula espinal de rã Rana pipiens, a atividade da AChE não foi significativamente alterada nos primeiros dias após a secção da raiz ventral, outro modelo para o estudo da dor neuropática. Uma questão ainda não respondida é se a SNT diminui a atividade da AChE na medula espinal de rã Lithobates catesbeianus, uma espécie que vem sendo usada como modelo em estudos da dor neuropática induzida por SNT. Como cada modelo animal é criado a partir de metodologia específica, e seus resultados tendem a variar com pequenas mudanças na metodologia de indução da dor, o presente estudo avaliou a atividade da AChE em medula espinal lombossacral de rã-touro Lithobates catesbeianus, adultos, machos, 3 e 10 dias após a completa SNT. Como há diferenças temporais na maturação de placas motoras em músculos esqueléticos de ratos, nosso estudo ainda demonstrou, na rã-touro, os efeitos da SNT sobre a atividade da AChE nos músculos esqueléticos tibial posticus, um músculo postural, e gastrocnêmio, um músculo frequentemente usado em estudos do sistema motor. A atividade da AChE não mudou significativamente na medula espinal aos 3 e 10 dias após a SNT. Nos músculos, a atividade não alterou significativamente aos 3 dias após a lesão, mas reduziu de forma significativa aos 10 dias após a SNT. Aos 10 dias, a diminuição foi 18% no músculo tibial posticus e 20% no gastrocnêmio. No momento, nós não temos explicação para essa mudança na atividade da AChE. Embora temporalmente diferente, o sentido da mudança é similar ao que é descrito em ratos. Esta similaridade torna a rã-touro um modelo válido para se estudar questões ainda não respondidas da SNT sobre a AChE.