Anticoncepção oral e hipotrofia muscular: existe correlação? / Oral contraception and muscle atrophy: is there a correlation?

As pílulas anticoncepcionais consistem na formulação combinada de um estrogênio e um progestagênio ou em apresentações simples de progestagênio isolado com a finalidade de bloquear a ovulação e alterar as condições do útero e das tubas uterinas, bloqueando parcialmente a foliculogênese e a inibição do pico de gonadotrofinas. Desse modo, no que concerne à temática, diversas publicações na mídia de ampla divulgação afirmam que os anticoncepcionais orais têm papel importante na sarcopenia e na hipotrofia, incluindo perda de força muscular e redução do desempenho físico. Assim, o presente trabalho tem por objetivo avaliar, por meio de pesquisas de artigos, a correlação entre anticoncepcionais hormonais orais e hipotrofia muscular. Foi concluído que os artigos científicos especializados no tema são ainda bastante inconclusivos, sugerindo que há indicações de que usuárias de anticoncepcional oral sejam mais suscetíveis ao dano muscular induzido por exercícios, contudo ainda não há consenso.

Anticonception pills consist of a combined formulation of an estrogen and a progestogen or simple presentations of progestogen alone with the purpose of blocking ovulation and altering the conditions of the uterus and uterine tubes, partially blocking folliculogenesis and inhibiting the gonadotropin peak. Thus, with regard to the subject, several widely publicized media publications claim that oral contraceptives play an important role in sarcopenia and hypotrophy, including loss of muscle strength and reduced physical performance. So, the present work aims to evaluate through article searches the correlation between oral hormonal contraceptives and muscle hypotrophy. It was concluded that scientific articles specialized on the subject are still quite inconclusive, suggesting that there are indications that oral contraceptive users are more susceptible to exercise-induced muscle damage, however there is still no consensus.

Uterine volume, menstrual patterns, and contraceptive outcomes in users of the levonorgestrel-releasing intrauterine system: A cohort study with a five-year follow-up.

OBJECTIVE: The aim of our study was to evaluate the effects of the LNG-IUS on uterine volume, bleeding patterns, and LNG-IUS-related outcomes among women using the device to treat abnormal uterine bleeding caused by fibroids, adenomyosis, HMB (without structural cause), or contraception. STUDY DESIGN: This was a 5-year cohort study with LNG-IUS users. We selected 147 women, who were allocated to four groups: a) control (contraception indication); b) fibroids; c) adenomyosis; d) HMB. The visits for clinical and ultrasound evaluations were made at baseline and at 3, 6, 12, 24, 36, 48, and 60 months postinsertion. All data are expressed as mean and standard deviation (SD) or absolute and relative (%) frequency. Differences among groups were established by using the χ2 (chi-square) test and Fisher's exact tests for categorical outcomes, as well as the Mann-Whitney and the Kruskal-Wallis tests and Friedman's ANOVA for continuous variables. We used the 5% significance level as an indication of statistical significance. Logistic regression analyses were performed to study the association between predictors and outcomes. Results are expressed as odds ratios (ORs) with a 95% confidence interval (CI 95%). RESULTS: Although all groups had real rates of bleeding patterns, troublesome bleeding appeared to be more frequent in the fibroid group (∼15%). Also, along the 60 months of follow-up, uterine volume slightly decreased in the groups of HMB, adenomyosis, and fibroids, but not in the contraception group. However, the isolated volume of fibroids remained unchanged. In this cohort, we observed high continuation rates among LNG-IUS users. The uterine volume ≥200 cm3 was the main predictor of hysterectomy or IUS expulsion in the adenomyosis and fibroid groups. CONCLUSION: The LNG-IUS may control uterine menstrual bleeding as well as uterine volume in adenomyosis, fibroids, and HMB. An initial uterine volume smaller than 200 cm3 is an important predictor of adherence to treatment and better outcomes.

Long-Acting Reversible Contraception.

Unwanted pregnancy is a major public health problem both in developed and developing countries. Although the reduction in the rates of these pregnancies requires multifactorial approaches, increasing access to long-acting contraceptive methods can contribute significantly to change this scenario. In Brazil, gynecologists and obstetricians play a key role in contraceptive counseling, being decisive in the choice of long-acting reversible methods, characterized by intrauterine devices (IUDs) and the contraceptive implant. The vast scope due to the reduced number of situations to indicate long-acting methods should be emphasized in routine contraceptive counseling. On the other hand, gynecologists and obstetricians should adapt the techniques of insertion of long-acting methods, and engage in facilitating conditions to access these contraceptives through public and private health systems in Brazil. This study is part of a project called Diretrizes e Recomendações FEBRASGO (Guidelines and Recommendations of the FEBRASGO - Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics Associations from the Portuguese acronym). It aims to review the main characteristics of long-acting contraceptives and critically consider the current situation and future prospects to improve access to these methods, proposing practical recommendations of interest in the routine of gynecologists and obstetricians.

A gravidez não planejada representa importante problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. Embora a redução das taxas dessas gestações requeira abordagens multifatoriais, o aumento no acesso aos métodos contraceptivos de longa ação pode contribuir de forma expressiva na mudança desse cenário. No Brasil, os ginecologistas e obstetras têm papel fundamental no aconselhamento contraceptivo, sendo decisivos na escolha dos métodos reversíveis de longa ação, caracterizados pelos dispositivos intrauterinos (DIUs) e pelo implante anticoncepcional. A grande abrangência decorrente do pequeno número de situações que contraindicam os métodos de longa ação deve ser enfatizada no aconselhamento contraceptivo de rotina. Por outro lado, os ginecologistas e obstetras devem se adaptar às técnicas de inserção dos métodos de longa ação, bem como se engajar na facilitação de condições para o acesso a esses contraceptivos por meio do sistema de saúde pública e privada no Brasil. Este estudo, parte do projeto denominado "Diretrizes e Recomendações FEBRASGO", tem por objetivo revisar as principais características dos contraceptivos de longa ação, além de considerar de forma crítica o panorama atual e as perspectivas futuras, visando melhorar o acesso a esses métodos, com recomendações práticas de interesse na rotina do ginecologista e obstetra.

Long-Acting Reversible Contraception / Contracepção reversível de longa ação

Abstract Unwanted pregnancy is a major public health problem both in developed and developing countries. Although the reduction in the rates of these pregnancies requires multifactorial approaches, increasing access to long-acting contraceptive methods can contribute significantly to change this scenario. In Brazil, gynecologists and obstetricians play a key role in contraceptive counseling, being decisive in the choice of long-acting reversible methods, characterized by intrauterine devices (IUDs) and the contraceptive implant. The vast scope due to the reduced number of situations to indicate long-acting methods should be emphasized in routine contraceptive counseling. On the other hand, gynecologists and obstetricians should adapt the techniques of insertion of long-acting methods, and engage in facilitating conditions to access these contraceptives through public and private health systems in Brazil. This study is part of a project called Diretrizes e Recomendações FEBRASGO (Guidelines and Recommendations of the FEBRASGO - Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics Associations from the Portuguese acronym). It aims to review the main characteristics of long-acting contraceptives and critically consider the current situation and future prospects to improve access to these methods, proposing practical recommendations of interest in the routine of gynecologists and obstetricians.

Resumo A gravidez não planejada representa importante problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. Embora a redução das taxas dessas gestações requeira abordagens multifatoriais, o aumento no acesso aos métodos contraceptivos de longa ação pode contribuir de forma expressiva na mudança desse cenário. No Brasil, os ginecologistas e obstetras têm papel fundamental no aconselhamento contraceptivo, sendo decisivos na escolha dos métodos reversíveis de longa ação, caracterizados pelos dispositivos intrauterinos (DIUs) e pelo implante anticoncepcional. A grande abrangência decorrente do pequeno número de situações que contraindicam os métodos de longa ação deve ser enfatizada no aconselhamento contraceptivo de rotina. Por outro lado, os ginecologistas e obstetras devem se adaptar às técnicas de inserção dos métodos de longa ação, bem como se engajar na facilitação de condições para o acesso a esses contraceptivos por meio do sistema de saúde pública e privada no Brasil. Este estudo, parte do projeto denominado "Diretrizes e Recomendações FEBRASGO", tem por objetivo revisar as principais características dos contraceptivos de longa ação, além de considerar de forma crítica o panorama atual e as perspectivas futuras, visando melhorar o acesso a esses métodos, com recomendações práticas de interesse na rotina do ginecologista e obstetra.

Intervenções não hormonais para ondas de calor em mulheres com história de câncer de mama / Non-hormonal hot flash interventions in women with a history of breast cancer

Introdução: Ondas de calor são comuns em mulheres com histórico de câncer de mama. Terapias hormonais reduzem esses sintomas, mas não são recomendadas para mulheres com histórico de câncer de mama devido aos seus potenciais efeitos adversos. A eficácia de terapias não hormonais ainda é incerta.Objetivo: Avaliar a eficácia de terapias não hormonais na redução das ondas de calor em mulheres com histórico de câncer de mama.Métodos:Métodos de busca: Foi realizada busca nas bases Cochrane Breast Cancer Group Specialised Register, Central (The Cochrane Library), Medline, Embase, Lilacs, CINAHL, PsycINFO (agosto 2008) e WHO ICTRP. Foi feita busca manual nas listas de referências de revisões e de artigos incluídos, anais de conferências e contato com especialistas.Critérios de seleção: Ensaios clínicos randomizados (ECR) comparando terapias não hormonais com placebo ou nenhum tratamento para redução das ondas de calor em mulheres com histórico de câncer de mama.Coleta e análise dos dados: Dois autores selecionaram, independentemente, estudos potencialmente relevantes, decidiramsobre sua inclusão e extraíram os dados sobre características dos participantes, intervenções, desfechos e risco de viés dos estudos incluídos.Principais resultados: Dezesseis ECRs preencheram os critérios de inclusão. Foram incluídos seis estudos sobre inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e de serotonina-norepinefrina (IRSN), dois sobre clonidina, um sobre gabapentina, dois de terapia de relaxamento, dois de homeopatia, um de vitamina E, um sobre dispositivos magnéticose um sobre acupuntura. O risco de viés da maioria dos estudos foi considerado baixo ou moderado. Os dados sobre os desfechos contínuos foram apresentados de forma inconsistente entre os estudos, o que impossibilitou a somatória dos resultados. Três tratamentos farmacológicos (ISRSs e IRSNs, clonidina e gabapentina) reduziram o número e a gravidade das ondas de calor. O estudo para avaliar a vitamina E nãomostrou qualquer efeito benéfico. Um dos dois estudos de terapia de relaxamento mostrou um benefício significativo. Nenhum dos outros tratamentos não farmacológicos teve um benefício significativo. Os eventos adversos foram relatados de forma inconsistente.Conclusões dos autores: Clonidina, ISRSs e IRSNs, gabapentina e terapia de relaxamento mostraram efeito leve a moderado na redução das ondas de calor em mulheres com história de câncer de mama.

Anticoncepcionais orais combinados em regime estendido / Combined oral contraceptives in extended regimen

Denominam-se regimes estendidos em contracepção oral combinada a utilização de pílulas por mais de 28 dias sem pausa, visando a supressão da menstruação. Incluem o uso contínuo dos contraceptivos, bem como de regimes com intervalos trimestrais. Os questionamentos acerca da necessidade da menstruação, bem como dos intervalos mensais entre as usuárias de anticoncepcionais hormonais, motivou, nos últimos anos, o interesse crescente por regimes contraceptivos não convencionais. Nesse sentido, a conveniência e a melhora dos sintomas como cólicas, cefaleia e inchaço figuram entre as principais indicações dos regimes estendidos, além do possível efeito sobre doenças menstruais relacionadas. O propósito deste estudo foi identificar os principais aspectos referentes ao uso dos anticoncepcionais em regime estendido, com ênfase sobre as indicações, formulações disponíveis, padrão de sangramento, efeitos adversos e perfil metabólico

Extended regimens in combined oral contraception mean continuous administration, greater than 28 days of active hormone, in order to avoid menstruation. Extended regimens include some kind of contraception with no interval (as continuous) and with intervals every three months. Questions about the necessity of menstruation, as well as monthly intervals between hormonal contraceptive has motivated the growing interest in unconventional contraceptives regimens. Convenience and improved symptoms such as cramping, bloating and headache are among the main indications for extended regimens, in addition to the possible effect on menstrual-related diseases. The purpose of this study was to identify the main aspects regarding the use of contraceptives in extended regimens, with emphasis on indications, formulations available, bleeding patterns, adverse effects and metabolic profile

Menopause symptoms in women infected with HIV: prevalence and associated factors.

OBJECTIVE: To evaluate the prevalence and factors associated with menopause symptoms in HIV-infected women. METHODS: A cross-sectional study of two groups of women was conducted: 96 with HIV and 155 without HIV. Women aged 40 years or older, non-users of hormone therapy in the last 6 months and native Brazilians were included. The prevalence of menopause symptoms was calculated according to the studied variables. Symptoms were grouped into six categories: vasomotor, psychological, genitourinary, weight gain, palpitations and insomnia. The generalized estimating equation model was applied to identify the factors associated with menopause symptoms in all women and for HIV-infected women only. RESULTS: The mean (+/-standard deviation) age of women with and without HIV was 48.9 +/- 7.4 and 51.0 +/- 8.7 years (p = 0.07), respectively. The median age at menopause for HIV-infected women was 47.5 years. Menopause symptoms were more frequent in HIV-infected women, highlighting psychological and vasomotor symptoms. HIV infection was associated with menopause symptoms (odds ratio (OR) = 1.65, p = 0.03), as well as age ranging from 45 to 54 years (OR = 1.77, p = 0.01), higher parity (OR = 2.38, p = 0.01) and self-perception of health as fair/poor (OR = 2.07, p < 0.01). Among HIV-infected women, the likelihood of presenting symptoms decreased in those aged 55 or older (OR = 0.16, p = 0.03) and increased in retired women (OR = 2.61, p = 0.02). CONCLUSION: Menopause symptoms were common in HIV-infected women. HIV infection was independently associated with menopause symptoms, whereas age and being retired were associated with the occurrence of these symptoms in HIV-infected women.

Uterine volume and menstrual patterns in users of the levonorgestrel-releasing intrauterine system with idiopathic menorrhagia or menorrhagia due to leiomyomas.

BACKGROUND: A prospective cohort study was carried out to evaluate uterine volume and the volume of uterine leiomyomas in women using the levonorgestrel intrauterine system (LNG-IUS) to treat idiopathic menorrhagia (n=32) and menorrhagia due to leiomyomas (n=27). A control group used the device as a contraceptive method (n=28). METHODS: Clinical and ultrasonographic evaluations were carried out at insertion and at 3, 6, 12, 24 and 36 months later. Total uterine volume and the volume of the leiomyomas were calculated using the ellipsoid formula (anteroposterior diameter)x(transverse diameter)x(longitudinal diameter)x(4/3)x(pi). In the case of multiple leiomyomas, the volume of each myoma was added to calculate the total volume of leiomyomas in each patient. Menstrual bleeding episodes were recorded. RESULTS: Uterine volume decreased significantly in both groups of menorrhagic patients but not in the control group. In the group of women with idiopathic menorrhagia, a mean reduction of 36.4+/-15.3 (S.D.) cm3 (from 127.1 cm3 to 90.7 cm3) was observed (p=.041), and a greater and more significant mean reduction of 63.6+/-19.0 (S.D.) cm3 (from 156.6 cm3 to 93 cm3) occurred in the group of women with leiomyomas (p=.014). In the contraception group, the reduction was of only 2.9+/-5.4 (S.D.) cm3 in mean uterine volume (from 70.3 cm3 to 67.4 cm3), which was not statistically significant (p=.085). The mean volume of leiomyomas decreased by 5.2+/-3.1 (S.D.) cm3 (from 12.8 cm3 to 7.6 cm3 after 3 years of use, but this difference was not significant (p=.4099). After 36 months of use, amenorrhea and oligomenorrhea were the most frequent bleeding patterns, occurring in 45-57% and 33-39% of users in the three groups, respectively. Amenorrhea was higher in the contraception group (57.1%) and in women with idiopathic menorrhagia (53.4%) than women in the group with menorrhagia due to leiomyomas (44.5%) (p=.027). Moreover, the prevalence of spotting was almost three times higher (11%) in women with menorrhagia caused by leiomyomas and nearly double (7.7%) in the idiopathic menorrhagia group when compared with 4% in the control contraception group (p=.024). CONCLUSION: The LNG-IUS significantly reduces uterine volume in women with menorrhagia with and without leiomyoma; however, it does not significantly reduce the volume of leiomyomas.

Uso de condom feminino por mulheres infectadas pelo HIV / Female condom use among HIV-infected women

OBJETIVO: avaliar a aceitabilidade, a adesäo e a experiência com o uso de condom feminino (CF) entre mulheres infectadas pelo HIV. MÉTODO: estudo descritivo prospectivo com 76 mulheres infectadas pelo HIV atendidas no CAISM/UNICAMP e no Centro Corsini de Campinas. Após entrevista de triagem e concordando em participar, as voluntárias receberam calendário para registro das relaçöes sexuais e uso de condom masculino (CM). Após 30 dias, compareceram à visita de treinamento com colocaçäo do CF em modelo pélvico, trazendo o diário do ciclo anterior, considerado controle. Aplicou-se questionário estruturado após 30, 60 e 90 dias, recolhendo-se sempre o diário de registro das relaçöes sexuais e uso de CF ou CM. Usaram-se os testes de c², exato de Fisher, McNemar e Friedman para amostras emparelhadas na análise estatística. RESULTADOS: predominaram as mulheres jovens, de baixa escolaridade, que moravam com o parceiro. Observou-se taxa de continuidade de uso de 52 por cento, ao longo de 90 dias. O uso de CF, em metade das relaçöes sexuais em cada período de estudo, permaneceu estável nos 90 dias. Houve significativa diminuiçäo da proporçäo média das relaçöes sexuais desprotegidas (de 14 por cento para 6 por cento), sem uso de CM ou CF, aos 90 dias. As dificuldades iniciais no manuseio do CF foram superadas com o tempo. Os casais sorodiscordantes tiveram maior proporçäo de relaçöes protegidas que os casais soroconcordantes, porém a diferença näo foi significativa. As mulheres que relataram uso prévio consistente de CM apresentaram número significantemente maior de relaçöes protegidas com CF. CONCLUSÖES: a oferta do CF foi capaz de reduzir as relaçöes sexuais desprotegidas entre mulheres infectadas pelo HIV, que se mostraram motivadas e receptivas a este método

HIV infection in women: impact on contraception.

A study was performed to evaluate the impact of knowledge of HIV infection (diagnosis) on contraception information and choices for HIV infected women. A questionnaire was given to 140 HIV infected women. Most of the studied population included young women with a low educational level. A significant increase in the knowledge of contraceptive methods was observed after diagnosis of being HIV infected. The data suggested that the women who received information had never received it before, or that the diagnosis created a stronger motivation to listen to the counseling offered. A significant increase in the use of contraceptive methods was also found, especially male condoms and tubal ligation. Total number of children had a strong impact on contraceptive method at the time of interview. Only 5 of 23 HIV infected women who had no children used hormonal contraceptives, while 15 of 23 preferred condom use, and 3 of 23 chose not to use any contraceptive method. Tubal ligation was performed in approximately 9% of the women who had only one child. However, 12.4% of the sexually active HIV infected women were still not using any contraceptive method at the time of the interview. A combined method (male condom plus another contraceptive) was used by only 27% of sexually active HIV infected women, despite health service counseling. In conclusion, the realization of being HIV infected had a strong impact on contraceptive practice among these women. It is expected that HIV and family planning clinics will address HIV infected women's needs and be prepared to integrate contraception and gynecological care.

Contribuiçäo do exame ultra-sonográfico prognóstico das doenças inflamatórias pélvicas (DIP) / Contribution of prognostic ultrasonographic examination of pelvic imflammatory diseases (PID)

Recentes avaços tecnológicos facilitaram o desenvolvimento da imaginologia da medicina atual. Dentro deste aspecto a ultra-sonografia tem contribuído cada vez mais na propedêutica e também na orientaçäo da conduta terapêutica. Com o intuito de definir prognósticos e terapêuticas, os autores analisaram retrospectivamente todos os casos atendidos na Enfermaria de Ginecologia do Centro de Atençäo Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da UNICAMP, com diagnóstico de doenças inflamatórias pélvicas (DIP), durante um período de três anos. A casuística subdividiu-se em dois grupos. No grupo submetido a tratamento cirúrgicos encontrou-se freqüentes imagens ecográficas de tumores anexiais complexos, de volumes maiores que no grupo de mulheres submetidas apenas a um tratamento clínico antibioterápico. A visualizaçäo do ovário homolateral à tumoraçäo pélvica foi incomum no grupo tratado cirurgicamente quando comparado ao grupo tratado clinicamente. Os autores sugerem que a ecografia pode orientar a conduta terapêutica, o prognóstico e o tempo de permanência hospitalar de mulheres acometidas pela DIP e colocam em evidência a necessidade de novas pesquisas do gênero, incluindo a avaliaçäo transvaginal e dopplerfluxométrica como variáveis a serem estudadas.

Vulvovaginitis: aspectos habitualmente näo considerados / Vulvovaginitis: unusual aspects

Os autores fizeram uma abordagem de aspectos habitualmente näo considerados sobre o corrimento vaginal. Anlizaram problemas socioconjugais e suas repercurssöes. Os aspects econômicos, inferindo o custo financeiro das vulvovaginites no Brasil, explicam como elas podem interferir com a epidemiologia da AIDS. Concluíram tecendo comentários sobre os aspectos imunológicos que levam a mulher a ter vulvovaginite de repetiçäo

Actinomyces israelii: um agente infeccioso a ser considerado pelo ginecologista / Actinomyces israelli: an infectious agent to be considered by the gynaecologists

Diante da possibilidade näo rara do achado clínico de tumoraçöes pélvicas simularem neoplasias malignas do ovário em mulheres na menacme, os autores fizeram revisäo da infecçäo causada pela Actinomyces israelii. Este agente, habitualmente confundido com fungo, é na verdade uma bactéria que poderá ser claramente diagnósticada e facilmente tratada. Esta infecçäo costuma, mais frequentemente, acompanhar mulheres portadoras de DIU, sendo a principal causa de doença inflamatória pélvica aguda nestas usuárias. O achado da pélvis congelada, com grandes massas tumorais, deverá fazer o ginecologista pensar com maior frequência na possibilidade infecciosa, principalmente se a paciente for jovem e usuária de DIU. O tratamento com antibioticoterapia em alguns casos poderá evitar cirurgias extensas e muitas vezes mutilantes, ou mesmo desnecessárias.