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1.
J. bras. patol. med. lab ; 43(1): 45-50, fev. 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-448534

ABSTRACT

O carcinoma adenoescamoso do colo uterino é definido como um tumor que contém uma mistura de células malignas com diferenciação escamosa e glandular. A literatura salienta a importância de se fazer esse diagnóstico, uma vez que, quando os componentes não são bem diferenciados ou não se encontram evidentes na amostra analisada, esse tumor pode ser erroneamente interpretado como carcinoma escamoso ou adenocarcinoma. O presente trabalho descreve a apresentação pouco comum de um carcinoma adenoescamoso. Após sucessivos diagnósticos citológicos não concordantes e complicados por uma história de sangramento uterino anormal ocasionado por endometriose cervical, a paciente de 47 anos foi submetida a histerectomia total, obtendo diagnóstico definitivo. Esse particular tumor aqui relatado foi diagnosticado como carcinoma adenoescamoso, mas em muitos aspectos apresentou-se semelhante ao carcinoma adenóide basal. Elementos característicos do carcinoma adenóide basal, como presença de lesão intra-epitelial escamosa na superfície, diferenciação escamosa e glandular no centro dos blocos neoplásicos e células basalóides na profundidade da lesão, foram observados em nosso caso. Em contrapartida, os seguintes elementos normalmente não observados no carcinoma adenóide basal estavam presentes: atipias e figuras de mitose nas células indiferenciadas da profundidade do tumor e lesão intra-epitelial escamomucinosa (SMILE) na superfície. Fatores epidemiológicos e clínicos, como idade (47), raça (branca) e forma de apresentação clínica (massa visível na inspeção cervical), também colaboraram para afastar esse diagnóstico diferencial. Outros diagnósticos diferenciais do carcinoma adenoescamoso do colo uterino incluem o carcinoma puramente escamoso ou glandular, o tumor de colisão e o adenocarcinoma de endométrio com diferenciação escamosa invadindo o colo uterino.


Adenosquamous carcinoma of the uterine cervix is defined as a tumor that contains a mixture of malignant cells with squamous and glandular differentiation. The literature points to the importance of making this diagnosis when the cellular components are still well differentiated in the sample, otherwise the tumor may be erroneously interpreted as squamous carcinoma or adenocarcinoma. This study describes an unusual presentation of a adenosquamous carcinoma in a 47 year old patient. After conflicting cytological diagnoses and a history of abnormal uterine bleeding caused by cervical endometriosis, the patient was subjected to radical hysterectomy and a final diagnosis was obtained. The tumor was diagnosed as adenosquamous carcinoma. In many aspects, however, it was similar to the adenoid basal carcinoma. Characteristic features of the adenoid basal carcinoma such as the presence of high-grade squamous intraepithelial lesion in the surface epithelium, squamous and glandular differentiation in the center of the neoplastic mass, and basaloid cells in deep areas of the tumor were observed. Therefore, the following elements usually absent from adenoid basal carcinoma were present in this case: atypia and mitotic figures in undifferentiated cells, squamous-mucinous intraepithelial lesion (SMILE) in the superficial areas. Epidemiological and clinical data, such as patient age (47), race (white) and presentation (a cervical mass), concurred to exclude the diagnosis of adenoid basal carcinoma. Other differential diagnoses include pure squamous carcinoma or adenocarcinoma, collision tumor, and endometrial adenocarcinoma with squamous differentiation invading the uterine cervix.


Subject(s)
Humans , Female , Carcinoma, Adenosquamous/diagnosis , Cervix Uteri/pathology , Diagnosis, Differential , Diagnostic Errors , Uterine Neoplasms/diagnosis , Neoplasms, Squamous Cell/diagnosis
2.
J. bras. patol. med. lab ; 42(2): 133-141, abr. 2006. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-431366

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Em 2002 a Nomenclatura Brasileira para Laudos de Citopatologia Cervical Uterina foi revisada, sendo criada uma categoria para atipias de significado indeterminado (ASI) e elaborada uma categoria de origem indefinida (ASIOI). Assim como as células atípicas de significado indeterminado de origem escamosa (ASCUS) e as células atípicas de significado indeterminado de origem glandular (AGUS), a categoria diagnóstica ASIOI é controversa. Apesar disso, nenhum estudo nacional anterior a este investigou sua validade. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo principal investigar a importância da categoria ASIOI. Secundariamente, visa ainda contribuir com a divulgação da Nomenclatura Brasileira para Laudos de Citopatologia Cervical Uterina, através de sua publicação na íntegra. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo resultou da colaboração de dois laboratórios privados de anatomia patológica e citopatologia. Os casos foram selecionados a partir de arquivos de exames citopatológicos, realizados entre 2000 e 2004, com diagnóstico de ASCUS ou AGUS e seguidos por exame histológico. Foram selecionados e revisados 30 casos, sendo identificados campos citológicos diagnósticos de ASIOI, ASCUS e AGUS. RESULTADOS: Dos 30 casos, 26 foram selecionados para o estudo após revisão citopatológica. Desses, 19 apresentavam apenas campos citológicos com diagnóstico de ASCUS e/ou AGUS, sendo utilizados como grupo-controle. Apenas sete casos continham campos compatíveis com ASIOI, dos quais 4 (57,1 por cento) estavam associados a AGUS; 1 (14,3 por cento) a ASCUS; 1 (14,3 por cento) estava associado a ambos; e 1 (14,3 por cento) não possuía alterações compatíveis com ASCUS e/ou AGUS. DISCUSSÃO: Os casos de ASIOI encontrados mostraram forte associação com a categoria AGUS e com alterações glandulares na histologia. A maior parte dessas correspondeu a alterações reacionais e benignas, exceto por um caso de displasia e um de adenocarcinoma in situ. O diagnóstico de ASIOI é um achado raro e uma cuidadosa revisão da lâmina, na maioria dos casos, resultará no encontro de campos de AGUS. Vale ainda salientar a forte associação desse diagnóstico com áreas de má fixação nos esfregaços. Novos estudos sobre o assunto serão necessários. Com base nos achados do presente estudo, sugerimos que a persistência desse termo deva ser questionada em futuras revisões da nomenclatura nacional para laudos citopatológicos.

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