Comparison Between Radiographs, White and Fluorescent Images in the Diagnosis and Treatment Decisions for Occlusal Caries: An Ex Vivo Study

ABSTRACT Objective: To compare the agreement of images in white light (WL), fluorescence (FL), and digital radiographs (DR), on the diagnosis and treatment decisions for occlusal caries lesions against a micro-CT gold standard. Material and Methods: Ten extracted third molars, with enamel and/or dentin caries (ICDAS 2-4), were included. Occlusal surface images were acquired with an intraoral camera (SoproLife®) in WL and FL modes. DR was obtained using an intraoral X-ray and a semi-direct digital system. A total of 780 images were needed, organized in a template, to be later examined by twenty-six dentists invited to compose the study. The Generalized Estimation Equations model was used to compare the proportions of the correct answers between the three methods and the gold standard. When significant, Bonferroni post-hoc test was used to identify differences (α=5%). Results: Most of the examiners were specialists (76.9%) with 14.5 years of experience. All diagnostic methods were similar and showed low agreement (DR 12.7%, WL 16.5%, and FL 16.5%) compared with gold standard caries diagnostic scores. Regarding treatment decisions, mean agreement for all diagnostic methods was higher (43.2%; p<0.001), and among all methods, WL (48.1%) and FL (51.2%) modes performed better than DR (30.4%, p<0.001). Conclusion: SoproLife® images could help clinicians to propose rational, minimally invasive treatments for occlusal caries lesions.

O papel do telemonitoramento no acompanhamento de doenças crônicas não transmissíveis e sua relação com a saúde bucal na pandemia de Covid-19 - uma experiência interprofissional no SUS / The role of telemonitoring in monitoring chronic non-communicable diseases and its relationship with oral health in the COVID-19 pandemic - an interprofessional experience in SUS

O Telemonitoramento (TL) foi uma ferramenta importante para o enfrentamento da COVID-19 no serviço público de saúde no Brasil, Sistema Único de Saúde (SUS), na busca da manutenção da saúde das pessoas, especialmente aquelas que apresentam doenças crônicas não transmissíveis. A Atenção Primária em Saúde (APS), inicialmente, utilizou o TL para o rastreamento da COVID-19, bem como, organizou o serviço de saúde para lidar com a situação de urgência que se estabeleceu no país. A concepção da Estratégia da Saúde da Família (ESF), através da atuação dos agentes comunitários como parte integrante da Equipe de saúde foi um fator essencial para articular o cuidado em saúde para a população. Desta forma, através do TL, na logística da ESF, foi possível monitorar várias doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes mellitus e hipertensão arterial. O objetivo principal deste estudo foi descrever a experiência do cuidado em saúde por meio do TL em uma Clínica da Saúde da Família (CSF-SUS), e gerar informações sobre o papel do TL no acompanhamento de doenças crônicas não transmissíveis e sua relação com a saúde bucal na pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo observacional transversal, no formato de relato de experiência, que foi realizado a partir da análise do banco de dados do TL de uma CSF, na área programática 3.1 no Município do Rio de Janeiro, no período de março de 2020 até outubro de 2021. Essa análise envolveu a identificação de usuários com e sem comorbidades, e levantamento das condições periodontais numa amostra de usuários deste serviço. Os exames clínicos periodontais de boca inteira foram realizados, no período de setembro de 2022 até maio de 2023, incluindo: índice de placa visível, fatores retentivos de placa, sangramento gengival, profundidade de sondagem, nível clínico de inserção, sangramento à sondagem, envolvimento de furca e mobilidade dentária. Dados sobre o autocuidado com a saúde bucal e a percepção da qualidade de saúde, utilizando o instrumento OHIP-14 também foram coletados. Um total de 335 usuários foram cadastrados pelo TL. Destes 40,90% apresentavam comorbidade (n=137), e 59,10% sem comorbidades (n=198), numa população com média de idade de 39,75 anos ± 20,48. Nessa população 64,48% (n=216) eram do sexo feminino. Dentre as condições sistêmicas da população estudada (n=335), a hipertensão arterial sistêmica foi a doença de base mais prevalente (26,87%), seguida de diabetes mellitus (11,34%). Considerando uma amostra (n=40) de usuários que foram clinicamente examinados, a média de idade do grupo com comorbidades foi de 47,92 ±14,55 em comparação com 34,13 ±11,23 sem comorbidades (p˂0,002). Não houve diferença estatística entre sexo e escolaridade entre os grupos. Dentro da amostra com 10 comorbidade (n=25), a condição mais presente foi a hipertensão arterial sistêmica (60%) seguido do tabagismo (24%) e diabetes mellitus (20%). Nos pacientes examinados, 7,5% apresentavam edentulismo, 10% saúde periodontal, em periodonto reduzido ou não, 25% gengivite, em periodonto reduzido ou não, e 57,5% periodontite. Sendo todos os pacientes edêntulos pertencentes ao grupo com comorbidades. Os pacientes com comorbidade apresentaram índice de placa visível significativamente maior do que os pacientes sem comorbidade (p<0,001), um número maior de sítios com bolsas profundas (p<0,001) e maiores níveis clínicos de inserção (p<0,001) comparados com a população sem comorbidade e apresentaram mais elementos com mobilidade e maiores graus de mobilidade do que os pacientes sem comorbidade (p=0,002), um número maior de restos radiculares (p=0,006) e somente os pacientes com comorbidade apresentaram lesões de furca. Os pacientes sem comorbidade apresentaram maiores índices de sangramento gengival (p<0,001) e sangramento a sondagem (p=0,005) comparados com os pacientes com comorbidade. A maioria dos pacientes (75%) relatou escovar os dentes de 2-3 vezes ao dia e 65% relatou fazer uso do fio dental. Os resultados do OHIP-14 não apresentaram significância estatística comparando os grupos com e sem comorbidades, porém os pacientes com comorbidade apresentaram respostas mais altas do que os sem. Os pacientes com comorbidade relataram que tomaram mais doses da vacina para COVID-19 do que os pacientes sem comorbidade, apresentando significância estatística. (p=0,047). Conclui-se que o TL contribuiu para a identificação de grupos prioritários e para aprimorar o cuidado em saúde de usuários com comorbidades e doença periodontal. A experiência do cuidado em saúde por meio do TL, em uma amostra de usuários da Clínica da Saúde da Família Felippe Cardoso (CSFFC) no SUS, demonstrou que o TL tem um potencial de ser uma ferramenta no acompanhamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e sua relação com a saúde bucal mesmo após a pandemia de COVID-19. Concluiu-se também que a ausência dentária e piores índices periodontais estão associados a pacientes com DCNT numa amostra de usuários do SUS. (AU)

Telemonitoring (TL) was an important tool for coping with COVID-19 in the public health service in Brazil, the Unified Health System (SUS), in the quest to maintain people's health, especially those with chronic non-communicable diseases. Primary Health Care (PHC), initially, used the TL for the screening of COVID-19, as well as organizing the health service to deal with the urgent situation that was established in the country. The conception of the Family Health Strategy (FHS), through the performance of community agents as an integral part of the Health Team, was an essential factor in articulating health care for the population. In this way, through the TL, in the FHS logistics, it was possible to monitor several non-transmissible chronic diseases, such as diabetes mellitus and arterial hypertension. The main objective of this study was to describe the experience of health care through TL in a Family Health Clinic (CSF-SUS), and to generate information about the role of TL in the follow-up of chronic non-transmissible diseases and its relationship with the oral health in the COVID-19 pandemic. This is a cross-sectional observational study, in the format of an experience report, which was carried out from the analysis of the TL database of a CSF, in the programmatic area 3.1 in the Municipality of Rio de Janeiro, in the period of March 2020 until October 2021. This analysis involved identifying users with and without comorbidities, and surveying periodontal conditions in a sample of users of this service. Clinical full-mouth periodontal examinations were performed, from September 2022 to May 2023, including: visible plaque index, plaque retention factors, gingival bleeding, probing depth, clinical attachment level, bleeding on probing, furcation involvement, and tooth mobility. Data on self-care with oral health and perception of health quality, using the OHIP14 instrument, were also collected. A total of 335 users were registered by TL. Of these, 40.90% had comorbidities (n=137), and 59.10% had no comorbidities (n=198), in a population with a mean age of 39.75 years ± 20.48. In this population, 64.48% (n=216) were female. Among the systemic conditions of the studied population (n=335), systemic arterial hypertension was the most prevalent underlying disease (26.87%), followed by diabetes mellitus (11.34%). Considering a sample (n=40) of users who were clinically examined, the mean age of the group with comorbidities was 47.92 ±14.55 compared to 34.13 ±11.23 without comorbidities (p˂0.002). There was no statistical difference between gender and education between groups. Within the sample with comorbidity (n=25), the most common condition was systemic arterial hypertension (60%) followed by smoking (24%) and diabetes mellitus (20%). In the examined patients, 7.5% had edentulism, 10% periodontal health, in 12 reduced periodontium or not, 25% gingivitis, in reduced periodontium or not, and 57.5% periodontitis. All edentulous patients belonging to the group with comorbidities. Patients with comorbidity had a significantly higher visible plaque index than patients without comorbidity (p<0.001), a greater number of sites with deep pockets (p<0.001), and higher clinical levels of attachment (p<0.001) compared with the population without comorbidity and had more elements with mobility and higher degrees of mobility than patients without comorbidity (p=0.002), a greater number of root remains (p=0.006) and only patients with comorbidity had furcation lesions. Patients without comorbidity had higher rates of gingival bleeding (p<0.001) and bleeding on probing (p=0.005) compared to patients with comorbidity. Most patients (75%) reported brushing their teeth 2-3 times a day and 65% reported flossing. The results of the OHIP-14 were not statistically significant comparing the groups with and without comorbidities, but patients with comorbidities had higher responses than those without. Patients with comorbidity reported that they took more doses of the vaccine for COVID-19 than patients without comorbidity, showing statistical significance. (p=0.047). It is concluded that the TL contributed to the identification of priority groups and to improve the health care of users with comorbidities and periodontal disease. The experience of health care through LT, in a sample of users of the Clínica da Saúde da Família Felippe Cardoso (CSFFC) in the SUS, demonstrated that TL has the potential to be a tool in the monitoring of chronic non-communicable diseases (NCDs) and its relationship with oral health even after the COVID-19 pandemic. It was also concluded that missing teeth and worse periodontal indexes are associated with patients with NCDs in a sample of SUS users. (AU)