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2.
Rio de Janeiro; s.n; 2005. 1 p. graf.
Monography in Portuguese | Coleciona SUS | ID: biblio-926114

ABSTRACT

Após a detecção de 3 casos suspeitos de hepatite fulminante relacionados ao uso de kava-kava no Hospital Geral de Bonsucesso, foi feita uma revisão bibliográfica, pelos residentes de farmácia, sobre este fitoterápico. As formas de manipulação, assim como a parte da planta utilizada para produzir o medicamento, influenciam a concentração final das substâncias presentes no extrato, alterando sua toxicidade hepáticaIntrodução: O fitoterápico kava-kava é derivado da raiz da planta Piper methysticum G Forster da família Piperaceae, sendo utilizado como bebida cerimonial nos países do sul do Pacífico e, mundialmente, no tratamento de estresse emocional, ansiedade e insônia. Até recentemente, não era atribuída à kava-kava a ocorrência de toxicidade severa, exceto a kava-dermopatia, que ocorre devido ao seu uso excessivo. Mais tarde, 40 casos de hepatotoxicidade, aparentemente associados ao uso de kava-kava, foram descritos na Europa, EUA e outros países, o que fez com que alguns governos europeus suspendessem a venda de tais produtos. Objetivo: Investigar na literatura as possíveis causas de hepatotoxicidade relacionada à utilização do extrato padronizado de kava-kava. Métodos: Tendo em vista os 3 casos de hepatite fulminante possivelmente relacionados ao uso deste medicamento em um hospital geral, foi feito um levantamento bibliográfico sobre reações adversas e formas de utilização da planta. Resultados e Discussão: O extrato tradicional de kava-kava é preparado na forma de decocto ou através da maceração do rizoma em uma solução de etanol/água a 25% e tem sido utilizado há séculos pelos povos do Pacífico, sem problemas de hepatotoxicidade. O extrato padronizado, utilizado pela indústria, ao qual estão relacionados todos os caso de falência hepática, utiliza ramos e folhas da planta e é preparado com acetona (³60%) ou etanol (³60%). Os extratos preparados com acetona ³80% ou etanol 96% contêm 100% de kavalactonas. A extração com etanol 25%, contém 15% e os extratos preparados com água, menos de 3%. Acredita-se que a toxicidade esteja relacionada à concentração de kavalactonas. Do extrato tradicional, foi isolado o glutation na proporção de 1:1 em relação às kavalactonas, enquanto que nos extratos industrializados este não foi encontrado. Acredita-se que o glutation tenha participação nos mecanismos de detoxificação através de sua ligação às kavalactonas pela CYP2D6, exercendo um efeito hepatoprotetor. Além disso, foram isoladas do caule substâncias que não estão presentes no rizoma, como o alcalóide pipermetisticina, supostamente responsável pela hepatotoxicidade das cápsulas de kava-kava industrializadas. Devido à baixa incidência dos efeitos hepatotóxicos, acredita-se que estes possam estar relacionados a uma rara reação imunológica ao metabólito, que pode estar associada a fatores genéticos. Em um pequeno subgrupo da Europa caucasiana, 7% a 9% dos indivíduos são homozigotos deficientes da CYP2D6, a principal enzima metabolizadora de kavalactonas. Já em moradores das Ilhas do Pacífico Sul, este índice é de 0%. Conclusão: A extração de kavalactonas e as partes da planta utilizadas influenciam sua concentração final e sua toxicidade hepática. Além disso, a genética parece ser um fator determinante para o desenvolvimento dessa toxicidade


Subject(s)
Male , Female , Humans , /adverse effects , /classification , /pharmacology
3.
Rio de Janeiro; s.n; 2005. 1 p.
Monography in Portuguese | Coleciona SUS | ID: biblio-926115

ABSTRACT

Introdução: A Fitoterapia é conhecida desde as primeiras civilizações, sendo hoje um recurso para a prevenção e tratamento de doenças. A portaria MS/SNVS no. 6 de 1995 visa instituir e normatizar o registro de fitoterápicos junto ao sistema de vigilância sanitária. O produto fitoterápico deve: indicar a concentração real em peso ou volume da matéria-prima vegetal e a correspondência em marcador ou em princípio ativo, quando conhecido; indicar a fórmula completa de preparação do produto com todos os seus componentes especificados; escrever critérios de identificação do lote ou partida entre outras exigências. No entanto, esta norma regula principalmente a produção industrial. Publicações recentes de entidades regulatórias mundiais suspenderam o uso do fitoterápico kava devido ao seu risco de causar hepatotoxicidade. Assim, têm-se levantado questões sobre a manipulação de fitoterápicos em farmácias com manipulação e os riscos que estes oferecem. Objetivo: Identificar as diferenças na manipulação da kava (Piper methysticum Forst) entre as farmácias com manipulação da cidade do Rio de Janeiro, comparando as diferentes matérias-primas utilizadas. Método: A partir do contato com os farmacêuticos responsáveis técnicos, fez-se um levantamento sobre a manipulação do fitoterápico kava em cápsulas. Apresentou-se uma prescrição de kava e perguntou-se como esta seria manipulada ao ser recebida na farmácia. A prescrição seguia o seguinte padrão: kava-kava 200mg, tomar uma cápsula uma vez ao dia. Foram questionados os seguintes itens: existência de extrato padronizado e/ou pó na farmácia, forma farmacêutica utilizada, porcentagem de kavalactonas no extrato e aplicação de fator de correção. Resultados: Das 31 farmácias entrevistadas, 8 não forneceram as informações requisitadas. Destas, 95,7% possuíam o extrato de kava-kava, 4,3% apenas o pó de kava-kava e 17,4% possuíam o pó e o extrato de kava-kava. Observou-se que 82,6% das farmácias utilizam o extrato seco como matéria-prima da formulação em cápsulas, 60,9% das famácias souberam informar a concentração de kavalactonas no extrato, sendo a média observada do princípio ativo de 29,86 ± 1,78%. No entanto, apenas 34,8% das farmácias pesquisadas utilizam fator de correção para as concentrações observadas. Discussão e Conclusão: Há uma diferença considerável entre as farmácias com manipulação existentes na cidade, o que dificulta a prescrição deste fitoterápico manipulado, uma vez que o conteúdo real do princípio ativo na cápsula não é informado. De acordo com os dados obtidos para a prescrição apresentada, uma cápsula de kava-kava pode ter de 48 a 200mg de kavalactonas, uma diferença de 316%. Devido às recentes publicações sobre o risco da kava, essa diferença pode levar a reações muito graves visto que o prescritor não sabe exatamente o que está sendo manipulado


Subject(s)
Male , Female , Humans , /pharmacology
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