Do susto à criação: a análise de crianças na pandemia

O trabalho relata experiências e questionamentos de um grupo de analistas de crianças no início do isolamento social, causado pela pandemia de Covid-19. Com o afastamento do consultório, fez-se necessário recorrer às ferramentas on-line para prosseguirem os atendimentos. Surgiram dificuldades, como o estabelecimento de um setting virtual, inexperiência com as ferramentas digitais, falta de privacidade, duração das sessões, dentre outros e o trabalho mostra como puderam ser contornadas. Surpreendeu a disposição das crianças para seguirem em análise e a possibilidade de, gradativamente, se estabelecer um ambiente favorável à criatividade e ao fortalecimento dos vínculos entre as duplas. São apresentadas vinhetas para ilustrar os desafios e as experiências clínicas vividas.(AU)

El trabajo relata experiencias e indagaciones de un grupo de psicoanalistas de niños y adolescentes en el princípio del aislamiento social provocado por la pandemia del Covid-19. Con el cierre de los consultorios se hizo necesario el uso de herramientas virtuales para continuar la atención. Surgieron dificultades, tales como el establecimiento de un setting virtual, la inexperiencia con las herramientas digitales, la falta de privacidad, la duración de las sesiones, entre otras. Este trabajo muestra como esos escollos fueron subsanados. Fué sorprendente el deseo de los niños de seguir sus analisis y la posibilidad paulatina de establecerse un ambiente propicio a la creatividad y al fortalecimiento de los vínculos entre los pares analíticos. Son presentadas viñetas que ilustran los desafíos y las experiencias clínicas vividas.(AU)

This article reports experiences and questions of a group of child analysts at the beginning of social isolation, caused by the Covid-19 pandemic. Kept away from the office, it was necessary to use online tools to continue patient consultation. Difficulties arose, such as the establishment of a virtual setting, inexperience with digital tools, lack of privacy, duration of sessions, among others, and we showed how they could be overcome. It was surprising the children’s willingness to continue in analysis and the possibility of gradually establishing an environment favorable to creativity and the strengthening of the bonds between the pairs. Vignettes are presented to illustrate the challenges and clinical experiences.(AU)