ABSTRACT
A partir de uma discussão acerca do Guia de Acompanhamento da Gestão Autônoma da Medicação em Saúde Mental, resultado de um amplo projeto de saúde mental subvencionado pelo Ministério da Saúde do Canadá, proponho sustentar a relevância clínicado que prefiro denominar gestão compartilhada da medicação em saúde mental.
Subject(s)
Humans , Drugs of Special Control , Mental Health , Public Health , Pharmaceutical Preparations/administration & dosage , Psychiatry/trends , Quality of Life , Professional-Patient RelationsABSTRACT
A presente pesquisa trata da análise da fundação da Neurologia. A maioria das obras que abordam o assunto a partir de uma perspectiva histórica, sobretudo aquelas que privilegiam uma visão positivista, para a qual a investigação caminharia em direção a um ponto estático, tendem a alçar o médico inglês seiscentista, Thomas Willis, como o inconteste precursor dessa já estabelecida especialidade médica. Nossa proposta é a de desconstruir essa idéia. A nosso ver a historicidade do discurso científico estaria sempre em constante expansão e também em uma contínua transformação, pois diferentemente do ideal positivista, o instaurador do que Foucault designava como cientificidade não seria o descobridor de um objeto dado desde sempre, na medida em que seria enganoso supor uma história natural de um objeto cultural o objeto da história das ciências. Resta-nos, portanto, tentar compreender o sentido em que Willis funda o que ele mesmo denominava Doutrina dos Nervos. Entendemos que Willis institui um novo arquivo audiovisual, ou seja, uma nova articulação entre o visível e o enunciável, no que tange aos nervos. Propomos, enfim, que no horizonte da fundação a nova imbricação entre forma de representação e forma de vida emerge no mesmo processo em que Willis se consagra como um auctor médico e cientista dos nervos