ABSTRACT
Objetivo: Descrever a pica em gestantes adolescentes e o efeito desse comportamento no resultado perinatal. Métodos: Estudo longitudinal com 227 gestantes/puérperas adolescentes e seus recém-nascidos, realizado no período de 2007 a 2010. Os dados foram coletados por consulta aos prontuários e por entrevista padronizada para identificaþÒo do comportamento de pica. Resultados: A pica foi referida por 19.8% das adolescentes. Comparando-se as gestantes com e sem o comportamento de pica constatou-se, respectivamente, que a média do ganho de peso no terceiro trimestre (4.87 kg e 6.10 kg; p = 0.019), o ganho de peso no segundo e terceiro trimestres (10.07 kg e 11.58 kg; p = 0.039) e o ganho de peso semanal no terceiro trimestre (0.42 kg e 0.53 kg; p = 0.010) foram significativamente menores na presenþa desse comportamento. A pica foi mais prevalente nas adolescentes com menor idade (p = 0.000) e condiþ§es de saneamento inadequado na moradia (p = 0.007). A pica nÒo associou-se O: adequaþÒo do ganho de peso gestacional, intercorrÛncias gestacionais, anemia, peso e idade gestacional ao parto e intercorrÛncias dos recém-natos. ConclusÒo: O comportamento de pica deve ser investigado no pré-natal e reconhecido como fator de risco para menor ganho de peso gestacional entre as gestantes adolescentes.(AU)
Subject(s)
Humans , Adolescent , Female , Pregnancy , Pica/complications , Pica/diagnosis , Pregnancy in Adolescence , Prenatal Nutrition , Feeding and Eating DisordersABSTRACT
Objetivo: Descrever a pica em gestantes adolescentes e o efeito desse comportamento no resultado perinatal. Métodos: Estudo longitudinal com 227 gestantes/puérperas adolescentes e seus recém-nascidos, realizado no período de 2007 a 2010. Os dados foram coletados por consulta aos prontuários e por entrevista padronizada para identificação do comportamento de pica. Resultados: A pica foi referida por 19.8% das adolescentes. Comparando-se as gestantes com e sem o comportamento de pica constatou-se, respectivamente, que a média do ganho de peso no terceiro trimestre (4.87 kg e 6.10 kg; p = 0.019), o ganho de peso no segundo e terceiro trimestres (10.07 kg e 11.58 kg; p = 0.039) e o ganho de peso semanal no terceiro trimestre (0.42 kg e 0.53 kg; p = 0.010) foram significativamente menores na presença desse comportamento. A pica foi mais prevalente nas adolescentes com menor idade (p = 0.000) e condições de saneamento inadequado na moradia (p = 0.007). A pica não associou-se à: adequação do ganho de peso gestacional, intercorrências gestacionais, anemia, peso e idade gestacional ao parto e intercorrências dos recém-natos. Conclusão: O comportamento de pica deve ser investigado no pré-natal e reconhecido como fator de risco para menor ganho de peso gestacional entre as gestantes adolescentes.