ABSTRACT
Abstract: Introduction: during the COVID-19 pandemic, the universities suspended in-person activities and medical education adapted from the traditional format to virtual scenarios. Thus, the volunteering activities might improve the apprenticeship in critical situations and constitute a way to obtain competences and clinical skills. Objective: to identify the frequency of student volunteering during the COVID-19 pandemic and the associated factors. Methods: a cross-sectional study was performed targeting medical students in their last 3 years at a medical school in Brazil. Three hundred and fifty invitations were sent by email to ask students to participate in a self-administered, anonymous electronic survey during the pandemic. The primary outcome was the frequency of volunteer activities. Sociodemographic variables and characteristics of the medical students' activities were the dependent variables for the multivariate analysis that calculated the factors associated with volunteering. Results: One hundred and twenty-five respondents (35.8% response rate) were included in the analysis (no missing data). The frequency of volunteering was 52% and most of the participants were females (63.2%) and all had access to online activities. Telemedicine was the most frequent activity (56/65). After the multivariate analysis, it was found that a family income of 5.1-10 minimal wages (OR=2.32[0.94-6.42]), expressing the ability and confidence in a pandemic situation (OR=4.91[1.49-16.2]) and considering e-learning important before the pandemic (OR=16.46[1.35-200.32]) and exposure of more than 120 minutes to social media platforms were less motivating for volunteering. Conclusion: About half of the medical students volunteered during the COVID-19 pandemic. The presence of self-confidence, with previous training in a pandemic situation motivated the students to volunteer.
Resumo: Introdução: Durante a pandemia da Covid-19, as universidades suspenderam as atividades presenciais e o ensino médico adaptou-se do formato tradicional para os cenários virtuais. Assim, as atividades de voluntariado podem melhorar a aprendizagem em situações críticas e são uma forma de obter competências e habilidades clínicas. Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar a frequência do voluntariado nos estudantes durante a pandemia da Covid-19 e seus fatores associados. Método: Realizou-se um estudo transversal com estudantes de Medicina dos três anos finais de uma faculdade no Brasil. Trezentos e cinquenta alunos foram convidados via e-mail para uma pesquisa eletrônica anônima e autoaplicável, em meio à pandemia. O resultado primário foi a frequência das atividades voluntárias. Variáveis sociodemográficas e características da atividade dos estudantes foram as variáveis dependentes para análise multivariada dos fatores associados ao voluntariado. Resultado: Incluíram-se 125 alunos (taxa de resposta de 35,8%) na análise (sem dados ausentes). A frequência de voluntariado foi de 52%, a maioria dos participantes era do sexo feminino (63,2%), e todos tinham acesso a atividades on-line. A telemedicina foi a atividade mais frequente (56/65). Em análise multivariada, constatou-se que os seguintes fatores foram menos motivadores para o voluntariado: renda familiar entre 5,1 e dez salários mínimos (OR = 2,32 [0,94-6,42]), capacidade e confiança em atuar numa situação de pandemia (OR = 4,91 [1,49-16,2]), os alunos que consideraram importante uso do e-learning antes da pandemia (OR = 16,46 [1,35-200,32]) e exposição por mais de 120 minutos a plataformas de mídia social. Conclusão: Cerca de metade dos estudantes de Medicina foram voluntários durante a pandemia da Covid-10. A presença de autoconfiança com aconselhamento prévio em uma situação de pandemia motivou o aluno a se voluntariar.