ABSTRACT
Técnicas de reprodução assistida, tais como a fertilização in vitro, a injeção intracitoplasmática de espermatozóides e a transferência de embriões têm tido seu avanço limitado inúmeras vezes devido a uma escassez de oócitos para fertilização. A estimulação artificial, a partir do uso de gonadotrofinas exógenas aumenta o numero de gametas prestes a ovular, mas a resposta aos tratamentos é bastante variável. A maturação in vitro de oócitos imaturos é uma alternativa que vem despertando maior interesse dos pesquisadores e clínicos da reprodução assistida nos últimos anos. Entretanto, um fator limitante ao desenvolvimento e aprimoramento dos métodos de cultivo in vitro de oócitos imaturos é o desconhecimento dos fatores envolvidos desde a origem, o crescimento e a maturação in vivo dos oócitos. Este artigo procurou fazer uma ampla revisão do que é sabido e compreendido desde o surgimento das primeiras células germinativas no feto feminino, até seu desaparecimento na menopausa. Finalmente, fizemos uma breve exposição sobre o estado de arte da maturação in vitro como uma alternativa ou um acréscimo às tecnologias atualmente empregadas em reprodução assistida.