Resolucao de problemas aritmeticos: analisando a participacao de processos verbais e a importancia da posicao da incognita

O efeito da posicao da incognita em operacoes de adicao foi avaliado e analisou-se o processo de resolucao envolvido. Para tanto foram apresentados problemas representados graficamente por meio de desenhos de balancas e foram manipuladas as condicoes de resolucao dos mesmos. Tres grupos de 11 alunos da primeira serie do Ensino Fundamental resolveram, individualmente, 30 problemas aritmeticos, em uma sala de aula. Cada grupo resolveu os problemas em uma de tres condicoes de resolucao: verbalizada nao-pertinente, em que os sujeitos deviam resolver os problemas enquanto se engajavam em uma tarefa de verbalizacao concomitante de conteudo nao relacionado; verbalizada pertinente, em que deviam verbalizar os passos da resolucao, dizendo em voz alta tudo o que estivessem pensando, enquanto resolviam os problemas; silenciosa, em que deviam apenas resolver os problemas. Foram registrados o numero de respostas corretas e o tempo despendido para resolver cada problema. Nao houve diferenca significante entre o numero de acertos apresentados nos tres grupos, mas o que resolveu os problemas com verbalizacao nao-pertinente demorou mais para faze-los, do que o grupo que resolveu os problemas em silencio. O desempenho nao foi afetado pela posicao da incognita nos problemas. Tais resultados permitem concluir que a resolucao de problemas aritmeticos, apresentados graficamente, na forma de balanca, provavelmente envolve processo de natureza verbal, pois o requisito de verbalizacao nao-pertinente levou os sujeitos a demorarem mais para resolver os problemas, enquanto a verbalizacao pertinente nao afetou o desempenho dos sujeitos. Alem disso, os resultados sugerem que esta forma de apresentacao dos problemas pode ser uma importante ferramenta para o ensino de problemas aritmeticos.

Resolucao de problemas em nomos V31: efeito do grau de dificuldade de educao de regras durante o learning set sobre o desempenho subsequente

Estudou-se o efeito do grau de dificuldade de educao (GDE) de regras durante a formacao do learning set, sobre o desempenho edutivo subsequente na resolucao de problemas via computador. O programa Nomos v31 apresentava 24 problemas, requerendo a educao da regra subjacente a cada um, a partir da observacao de 13 linhas de informacao que tinham determinado comprimento e instancia 'S' ou 'N'. As regras deviam ser eduzidas com base na combinacao entre as instancias e as relacoes de comprimento entre linhas de informacao (L) e linhas referentes: a linha anterior (A) e a linha modelo (M), via operadores relacionais igual, maior, menor, maior-igual, menor-igual, diferente, (e.g., M diferente L maior-igual A). Sequencias de 12 regras cada uma foram planejadas com tres diferentes GDEs: dificil, medio e facil. Cinco universitarios recebiam sequencia de 12 regras dificeis seguida de sequencia de 12 regras medias; outros cinco, sequencia de 12 regras faceis seguida de 12 regras medias. Na sequencia inicial sob GDE facil a nota media foi maior; enquanto o tempo dispendido, a frequencia de linhas observadas e de regras formuladas foram menores que sob GDE dificil. Para tempo e frequencia de linhas houve declinio da sequencia inicial a final, mas nao interacao. Ja para notas e frequencia de regras houve interacao entre GDE e ordem: a mudanca de GDE facil para media produziu aumento na frequencia de regras e queda na nota; ja aquela da dificil para media produziu o efeito oposto. Em conclusao, o GDE das regras durante o periodo de formacao do learning set afetou o desempenho edutivo no proprio periodo bem como no periodo subsequente sob condicoes de GDE medio. Nota e frequencia de regras foram os melhores indicadores de GDE. Tempo e frequencia de linhas acusaram apenas efeito de learning set.