Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 31
Filter
Add more filters










Publication year range
1.
Stylus (Rio J.) ; 34: 45-56, ago.2017.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-71549

ABSTRACT

Adjetivada de diversas maneiras, a noção psicanalítica de perversão tornou-se um recurso comum utilizado por diferentes autores para se referir e para explanar teoricamente a respeito de aspectos observados na sociedade capitalista contemporânea. Este artigo questiona se seria teoricamente razoável e conceitualmente legítimo supor que se trata de uma migração maciça de sujeitos para aquilo que o pensamento freudiano e lacaniano formalizou como sendo a estrutura clínica perversa. A perversão seria um sintoma da sociedade capitalista? A resposta negativa a esta questão apoia-se na distinção entre: a) a noção de uma perversão estrutural do falante, de seu gozo e da pulsão: “toda sexualidade humana é perversa”; b) a noção de estrutura clínica perversa, como uma “escolha” do sujeito para lidar com a falta (castração) do Outro; e c) a noção de um regime de gozo (um discurso) não fundado sobre a renúncia ao gozo.(AU)


Addressed in various ways, the psychoanalytic notion of perversion has become a common resource used by different authors to refer to and explain theoretically the aspects observed in the contemporary capitalist society. This article questions whether it would be theoretically reasonable and conceptually legitimate to assu-me that it is a massive migration of subjects to what the Freudian and Lacanian thought has formalized as the perverse clinical structure. Could perversion be a symptom of the capitalist society? The negative answer to this question is based on the distinction among: a) the notion of a structural perversion of the speaker, of their enjoyment and drive: “all human sexuality is perverse”; b) the notion of the perverse clinical structure as a “choice” of the subject to deal with the lack (castration) of the Other; and c) the notion of a regime of enjoyment (a discourse) not founded on the renunciation of enjoyment.(AU)

2.
Stylus (Rio J.) ; 33: 201-214, nov. 2016.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-71336

ABSTRACT

O tema "Ditadura e homossexualidades" convoca a um diálogo entre diferentes campos do saber. E a psicanálise tem sua contribuição a oferecer, já que, nela, desde a sua origem, o sexual, o social e o político mostram-se articulados. Observe-se que totalitarismo político e moralismo conservador caminham juntos. O modus operandi das ditaduras é a dominação dos gozos por meio da padronização de valores e condutas, tentando suprimir as singularidades dos sujeitos. Em contraste com isto, a psicanálise é uma práxis que sustenta a relevância dessa singularidade, da escuta dos conflitos e dos sintomas. O sintoma é o que vem do real, em subversão ao discurso do amo. A sexualidade é da ordem de uma ética que considera o desejo, o inconsciente e o real do gozo, implicando uma tarefa de construção permanente, na vida (um devir), a partir de uma "escolha", no sentido freudiano do termo. Decorre daí a inconciliabilidade da concepção psicanalítica da sexualidade tanto com a propugnada pelos regimes políticos totalitários, quanto com a defendida pelo moralismo religioso conservador e reacionário das igrejas-empresas contemporâneas, articuladas ao discurso capitalista.(AU)


"Dictatorship and homossexualities" is an issue that fosters a dialogue among different fields of knowledge. And psychoanalysis is has its contribution to offer, once since its origins the sexual, the social, and the political have been articulated in it. It is important to notice that political totalitarianism and conservative moralism have always walked hand in hand. The modis operandi of dictatorships is the control of juissances through the standardization of values and behaviors, attempting to suffocate an individual's singularities. In contrast to this, psychoanalysis is a praxis that sustains the relevance of this singularity, of the attention to conflicts and symptoms. Symptom is what comes from the real, subverting the master's discourse. Sexuality is related to an ethics that considers the desire, the unconscious, and the real of juissances, implying a task of permanent construction, in life (a wish to become), departing from a "choice", within the Freudian meaning of the term. From that comes their reconcilability of the psychoanalytical conception of sexuality, both with the one sustained by the totalitarian political regimes and the conservative religious and reactionary moralism of the contemporary churches-enterprises, articulated with the capitalist discourse.(AU)

3.
Stylus (Rio J.) ; (32): 163-177, 2016.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-71314

ABSTRACT

Assim como outras realizações de Roman Polanski, "Lua de Fel", de 1992, é um filme impactante. Em diferentes momentos do filme, os personagens Oscar e Mimi revezam-se na posição de torturador e torturado, em cenas clássicas do receituário BDSM (Bondage/Discipline, Dominance/Submission, Sadism/Masochism). Busca desesperada de reencontrar o desejo por meio de uma erótica sadomasoquista? Ou tratar-se-ia de algo mais fundamental, da ordem da estrutura clínica dos sujeitos? O enigma se acentua com a entrada do casal Fiona e Nigel, na trama do filme. O fato de o autor do romance ser Pascal Bruckner, conhecido por filosofar e tecer teorias sobre o amor, apenas deixa a interpretação ainda mais controversa. Embora personagens de filmes não sejam "casos clínicos", as obras de arte sempre foram fonte promissora para a reflexão dos psicanalistas. Esta apresentação interroga os personagens de "Lua de Fel" e sua trama, visando a uma reflexão sobre os aspectos distintivos estruturais entre neurose e perversão. O ordenamento topológico estratificado do Outro (esburacado pelo objeto a), o funcionamento desse lugar vazio como núcleo de atração de gozo e a função mais-de gozar – apresentados por Lacan no Seminário 16 – permitem avançar o entendimento das estruturas clínicas da neurose e da perversão.(AU)


As much as other works in Roman Polanski's curriculum, "Bitter Moon", from 1992, exhibited in Brazil as "Lua de Fel", is a striking movie. At different moments in the footage, the characters Oscar and Mimi trade themselves in the position of torturer and tortured of each other in classical scenes of the recipe BDSM (Bondage/Discipline, Dominance/Submission, Sadism/Masochism). A desperate search to re-encounter the desire through an erotic sadomasochist woman? Or is it all about something more crucial, of that type of thing that would invite analysts to reflect about the clinical structure of the subjects? This becomes clearer from the part do the movie in which the plot includes the couple Fiona and Nigel. The fact of the author of the romance, Pascal Bruckner, on which the film is based being known for philosophizing and coming up with theories about love, just makes interpretation even more controversial. Although film characters are not to be confused with "clinical cases", art works have always become a source of potential search for psychoanalysts to go deeper in their stories. The objective of this work is to interrogate the characters from "Bitter moon" and its plot, aiming at a reflection about the distinctive structural aspects between neurosis and perversion. The topological stratified ordering of the Other, perforated by the object a and the functioning of this empty place as a polarizer and core of jouissance attraction – from what Lacan defined the function more-of jouissance – allows them to advance and go deeper into a larger comprehension of the clinical structures of neurosis and perversion.(AU)

4.
Psicol. rev ; 24(1): 15-44, 2015.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-63859

ABSTRACT

“Mercedes Benz”, hit de Janis Joplin do início dos 70, traz a ironia da contra-cultura dos sixties ao consumismo e a competição da sociedade capitalista. Exatamente aquilo que o comercial “Impossible is nothing”, da Adidas, pode bem representar. Existe alguma articulação possível entre este slogan e as palavras de ordem “Sejamos realistas, exijamos o impossível”, das convulsões sociais do maio de 68? Partindo da teoria lacaniana dos discursos, este artigo aborda a impossibilidade e a barreira de gozo (impotência) no discurso capitalista e as suas implicações para o habitante da aletosfera. Retomam-se as formulações marxianas da forma mercadoria, do equivalente-geral e da forma dinheiro, para se analisar as transformações introduzidas a partir do momento histórico em que o mais-de-gozar se contabiliza. Considera-se a proposição da mais-valia como equivalente do mais-de-gozar, para se lançar alguma luz sobre a lógica e os fundamentos de gozo do cinismo contemporâneo, seja na versão do “Lobo de Wall Street”, dos doxósofos da universidade, ou ainda do passivo e resignado cidadão da sociedade capitalista. Lembra-se, porém, que a utopia permanece no horizonte.(AU)


‘Mercedes Benz”, Janis Joplin’s hit of the early 70’s, brings the counterculture’s irony of the sixties against to consumerism and the competition of capitalist society. Exactly what the commercial «Impossible is nothing», Adidas, may well represent. Is there any possible link between this slogan and the slogan «Be realistic, ask the impossible», the social upheavals of May 68? From the Lacanian theory of discourse, this article discusses the impossibility and the barrier against jouissance (impotence) in capitalist discourse and its implications for the inhabitant of the aletosfera. We return to the Marxian formulations of commodity form, universal equivalent and money form to analyze the changes introduced from the historical moment in which the surplus-jouissance (plus-de-jouir) is counted. It is considered the proposition of surplus-jouissance as the equivalent of surplus-value, to shed some light on the logic and enjoyment fundamentals of contemporary cynicism : whether that version of «Wall Street Wolf», or that of doxósofos of the university, or that of the passive and resigned citizen of capitalist society. Remember, however, that utopia remains on the horizon.(AU)


Subject(s)
Humans , Capitalism , Pleasure , Psychoanalysis
5.
Psicol. rev ; 24(1): 15-44, 2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-768391

ABSTRACT

“Mercedes Benz”, hit de Janis Joplin do início dos 70, traz a ironia da contra-cultura dos sixties ao consumismo e a competição da sociedade capitalista. Exatamente aquilo que o comercial “Impossible is nothing”, da Adidas, pode bem representar. Existe alguma articulação possível entre este slogan e as palavras de ordem “Sejamos realistas, exijamos o impossível”, das convulsões sociais do maio de 68? Partindo da teoria lacaniana dos discursos, este artigo aborda a impossibilidade e a barreira de gozo (impotência) no discurso capitalista e as suas implicações para o habitante da aletosfera. Retomam-se as formulações marxianas da forma mercadoria, do equivalente-geral e da forma dinheiro, para se analisar as transformações introduzidas a partir do momento histórico em que o mais-de-gozar se contabiliza. Considera-se a proposição da mais-valia como equivalente do mais-de-gozar, para se lançar alguma luz sobre a lógica e os fundamentos de gozo do cinismo contemporâneo, seja na versão do “Lobo de Wall Street”, dos doxósofos da universidade, ou ainda do passivo e resignado cidadão da sociedade capitalista. Lembra-se, porém, que a utopia permanece no horizonte...


‘Mercedes Benz”, Janis Joplin’s hit of the early 70’s, brings the counterculture’s irony of the sixties against to consumerism and the competition of capitalist society. Exactly what the commercial ®Impossible is nothing¼, Adidas, may well represent. Is there any possible link between this slogan and the slogan ®Be realistic, ask the impossible¼, the social upheavals of May 68? From the Lacanian theory of discourse, this article discusses the impossibility and the barrier against jouissance (impotence) in capitalist discourse and its implications for the inhabitant of the aletosfera. We return to the Marxian formulations of commodity form, universal equivalent and money form to analyze the changes introduced from the historical moment in which the surplus-jouissance (plus-de-jouir) is counted. It is considered the proposition of surplus-jouissance as the equivalent of surplus-value, to shed some light on the logic and enjoyment fundamentals of contemporary cynicism : whether that version of ®Wall Street Wolf¼, or that of doxósofos of the university, or that of the passive and resigned citizen of capitalist society. Remember, however, that utopia remains on the horizon...


Subject(s)
Humans , Capitalism , Pleasure , Psychoanalysis
6.
Psicol. rev ; 23(1): 109-127, 2014. ilus
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-63712

ABSTRACT

Este artigo examina as relações entre sujeito e lei a partir da Psicanálise, de modo a oferecer uma contribuição para a interlocução entre este campo de saber e o Direito. Retoma-se brevemente o percurso histórico das investigações clínicas de Freud, que o conduziram à importância do Complexo de Édipo como sendo o articulador dos conceitos e proposições sobre o sujeito, o desejo inconsciente, a sexualidade, a fantasia e a lei. Recupera-se também a hipótese da horda primitiva apresentada em “Totem e Tabu”, como constituindo a concepção freudiana da instauração dos laços sociais e da coletividade humana regidos pela lei. Resgata-se a influência posterior do Estruturalismo e da obra de Lévi-Strauss sobre a Psicanálise, com sua concepção do inconsciente edípico como homogêneo às estruturações da existência pela cultura. Concepção, esta, que inspirou a retomada do Édipo freudiano por Lacan, em termos dos tempos lógicos que operam a articulação do falo ao registro simbólico e a passagem de uma “dialética do ser” a uma “dialética do ter”. Assinala-se a construção do conceito de Nome-do-Pai como significante articulado à lei de interdição do incesto, registrando-se, porém, como o pai interditor e castrador é uma invenção do sujeito para evitar o confronto com a verdade da castração do Outro e com o impossível de “tudo dizer” intrínseco à linguagem. Discute-se como a lei e o ideal inerentes à constituição do sujeito humano imerso na linguagem revelam tanto o melhor quanto o pior da sua condição humana. Eles remetem ao surgimento dos laços sociais, mas também à ação de um supereu cruel e impiedoso, que exige parcelas sempre crescentes de renúncia pulsional, advindo daí a energia de gozo que alimenta os laços sociais excludentes, segregacionistas e totalitários.(AU)


This article looks into the relation between subject and law from the Psychoanalysis point of view, so as to give a contribution for the dialogue between this knowledge field and the Law. We briefly resume the historical path of Freud’s clinical investigations, which led him to the importance of the Oedipus Complex as being the articulator of concepts and propositions about the subject, the unconscious desire, sexuality, fantasy, and law. We also retrieve the hypothesis of the primitive horde presented in the book “Totem and Taboo”, as it constitutes Freud’s conception on the establishment of social ties and human collectivity ruled by law. One retrieves the later influence of Structuralism and the work of Lévi-Strauss about Psychoanalysis, with his conception of Oedipus’ unconscious as homogeneous to the structuring of the existence by the culture. Such conception inspired the resumption of Freud’s Oedipus by Lacan in terms of the logical times that operate the articulation of the phallus to the symbolic register, and the passage from a “dialectics of being” to a “dialectics of having”. The construction of a Name-of-the-Father concept as a significant articulated with the incest interdiction law is pointed out, registering, however, how the interdicting and castrating father is an invention of the subject to avoid confronting the truth of the Other´s castration, and with the impossibility of “all-saying” intrinsic to language. It is discussed how the law and the ideal inherent in the constitution of the human subject immerse in the language reveal both the best and the worst of the human condition. They refer to the emergence of social ties, but also to the action of a cruel and merciless superego, which demands ever growing portions of pulsional renunciation, arising thence the energy of enjoyment that feeds exclusionary, segregationist, and totalitarian social ties.(AU)


Subject(s)
Humans , Psychoanalysis , Civil Rights
7.
Psicol. rev ; 23(1): 109-127, 2014. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-764890

ABSTRACT

Este artigo examina as relações entre sujeito e lei a partir da Psicanálise, de modo a oferecer uma contribuição para a interlocução entre este campo de saber e o Direito. Retoma-se brevemente o percurso histórico das investigações clínicas de Freud, que o conduziram à importância do Complexo de Édipo como sendo o articulador dos conceitos e proposições sobre o sujeito, o desejo inconsciente, a sexualidade, a fantasia e a lei. Recupera-se também a hipótese da horda primitiva apresentada em “Totem e Tabu”, como constituindo a concepção freudiana da instauração dos laços sociais e da coletividade humana regidos pela lei. Resgata-se a influência posterior do Estruturalismo e da obra de Lévi-Strauss sobre a Psicanálise, com sua concepção do inconsciente edípico como homogêneo às estruturações da existência pela cultura. Concepção, esta, que inspirou a retomada do Édipo freudiano por Lacan, em termos dos tempos lógicos que operam a articulação do falo ao registro simbólico e a passagem de uma “dialética do ser” a uma “dialética do ter”. Assinala-se a construção do conceito de Nome-do-Pai como significante articulado à lei de interdição do incesto, registrando-se, porém, como o pai interditor e castrador é uma invenção do sujeito para evitar o confronto com a verdade da castração do Outro e com o impossível de “tudo dizer” intrínseco à linguagem. Discute-se como a lei e o ideal inerentes à constituição do sujeito humano imerso na linguagem revelam tanto o melhor quanto o pior da sua condição humana. Eles remetem ao surgimento dos laços sociais, mas também à ação de um super eu cruel e impiedoso, que exige parcelas sempre crescentes de renúncia pulsional, advindo daí a energia de gozo que alimenta os laços sociais excludentes, segregacionistas e totalitários.


This article looks into the relation between subject and law from the Psychoanalysis point of view, so as to give a contribution for the dialogue between this knowledge field and the Law. We briefly resume the historical path of Freud’s clinical investigations, which led him to the importance of the Oedipus Complex as being the articulator of concepts and propositions about the subject, the unconscious desire, sexuality, fantasy, and law. We also retrieve the hypothesis of the primitive horde presented in the book “Totem and Taboo”, as it constitutes Freud’s conception on the establishment of social ties and human collectivity ruled by law. One retrieves the later influence of Structuralism and the work of Lévi-Strauss about Psychoanalysis, with his conception of Oedipus’ unconscious as homogeneous to the structuring of the existence by the culture. Such conception inspired the resumption of Freud’s Oedipus by Lacan in terms of the logical times that operate the articulation of the phallus to the symbolic register, and the passage from a “dialectics of being” to a “dialectics of having”. The construction of a Name-of-the-Father concept as a significant articulated with the incest interdiction law is pointed out, registering, however, how the interdicting and castrating father is an invention of the subject to avoid confronting the truth of the Other´s castration, and with the impossibility of “all-saying” intrinsic to language. It is discussed how the law and the ideal inherent in the constitution of the human subject immerse in the language reveal both the best and the worst of the human condition. They refer to the emergence of social ties, but also to the action of a cruel and merciless superego, which demands ever growing portions of pulsional renunciation, arising thence the energy of enjoyment that feeds exclusionary, segregationist, and totalitarian social ties.


Subject(s)
Humans , Civil Rights , Psychoanalysis
8.
Stylus (Rio J.) ; (26): 35-43, jun. 2013.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-58429

ABSTRACT

O objetivo desta apresentação é abordar a questão do que responde o analista ao mal-estar do existir na civilização, buscando-se a especifi cidade de sua oferta em relação à de outro campo historicamente articulado. Para isso, problematizam-se as conexões entre Psicanálise e Ciência, retomando-se como o capitalismo, liberto da necessidade de sua base religiosa, emancipou-se do pai do protestantismo puritano e passou a de finir sua filosofi a, ética, objetos especí ficos de demanda (mercadorias), sua lógica de gozo (discurso do capitalista) e sua maneira particular de produzir o seu saber: a ciência moderna, fundamentada na eliminação das singularidades do objeto de estudos, na foraclusão do sujeito, no desaparecimento do nome do autor (FOUCAULT, O que é um autor?, 1983 [1969]) e na progressiva destituição subjetiva dos próprios cientistas (SOLER, Variantes da destituição subjetiva, 2002). Interrogam-se as relações entre Psicanálise e Ciência, relembrando-se as contradições aparentes entre, de um lado, a convicção freudiana da cienti ficidade da psicanálise – “A psicanálise não precisa de uma Weltanschauung; faz parte da ciência e pode aderir à Weltanschauung cientí fica” (FREUD, 1933/1980, p. 220) – defendida também por Lacan até meados dos anos 60. E, de outro, as a firmações lacanianas defendendo a sua exclusão interna do campo da ciência, mais para o final da sua obra. Propõe-se que uma busca de entendimento dessas contradições deva enfocar o modo como o avanço decisivo de Lacan para o campo do gozo (o campo propriamente lacaniano) e a delimitação rigorosa da noção de real vieram a convocar uma forma inovadora de resposta do analista, em sua tarefa de conduzir a clínica ...(AU)

9.
Stylus (Rio J.) ; (25): 107-120, nov. 2012.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-55150

ABSTRACT

O tema da interpretação sempre esteve na ordem do dia, seja no campo da Psicanálise ou dos debates em Epistemologia. E as diferentes maneiras de concebê-la têm demarcado fronteiras importantes entre concepções distintas, tanto no interior de um quanto de outro desses dois campos. No campo da Filosofia da Ciência, os modos de se estabelecer conexões entre interpretação e observação, ou entre fato e teoria se opõem, p. ex., a concepção de ciência dos positivistas lógicos à de Popper; e a de ambos à de Koyré, Bachelard e Kuhn. E, no que diz respeito à conexão entre Filosofia da Ciência e Psicanálise, lembre-se, p.ex., que a pluralidade de interpretações para uma mesma observação está subjacente à crítica de Popper à cientificidade da Psicanálise. O objetivo desta apresentação é estabelecer alguns contrapontos entre essas discussões nesses dois campos. Existe uma especificidade da interpretação na Psicanálise, em relação à interpretação em outros campos científicos? Como as temáticas do real, da verdade e da causa material ligam-se a isso? E apluralidade interpretativa, na Psicanálise: é apenas decorrênciada falta de rigor ou extimidade de suas teorizações em relação à Ciência? Ou isso deve ser concebido de outra maneira?(AU)


Interpretation has always been a current issue, be it in the field of psychoanalysis or in the debates in epistemology. And the different forms of conceiving it have established important borders among specific conceptions in the interior of both fields. In the field of philosophy of science, the ways of establishing connections between interpretation and observation, or between fact and theory, oppose, for instance, the logical positivists’conception of science to that of Popper’s; and that of both to that of Koyré, Bachelard and Kuhn. And in what it is related to the connection between philosophy of science and psychoanalysis, for instance, that the plurality of interpretations to the same observation is subjacent to Popper’s criticism to the scientificity of the psychoanalysis. This presentation aims to establish some counterpoints between these discussions in the two fields. Is there a specificity of interpretation in psychoanalysis,in relation to the interpretation in other scientific areas? How do issues of the real, the truth, and the material cause relate to this? And the interpretative plurality in psychoanalysis: Does it happen only because of the lack of rigor or extimity of its theorizations in relation to science? Or should this be conceived in another way?(AU)

10.
Stylus (Rio J.) ; (21): 37-46, dez.2010.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-47247

ABSTRACT

Divergindo da concepção pós-moderna de que a contemporaneidadeseria o momento histórico de uma economiado corpo instaurada sobre as ruínas de sua economiasimbólica, advoga-se neste artigo a concepção de que aeconomia do corpo da contemporaneidade é consequênciada articulação entre a infraestrutura econômica ea economia simbólica do capitalismo, levada ao limiteparoxístico de sua aceleração. Exploram-se as conexõesentre: de um lado, a alienação estrutural e trans-históricado sujeito e seu “encantamento” com os objetos; e,de outro, a alienação contingente e histórica do sujeitodo capitalismo e o fetichismo da mercadoria. Comisto, busca-se traçar uma sequência que evolui do gozoperdido do corpo ao gozo do corpo real, apontando-secomo eles fornecem a base para o surgimento do gozoprodutor de mercadorias. Em seguida, assinala-se comoeste último, por sua vez, antecede e possibilita o gozo docorpo-mercadoria.(AU)

11.
A Peste, rev. psicanál. soc ; 1(1): 143-163, jan-jun. 2009.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-56123

ABSTRACT

A alienação originária e constitutiva do sujeito leva-o a oferecer-se como instrumento de um Outro (um Pai Onipotente), na esperança de escapar aos sofrimentos ordinários da vida humana. Na construção do laço social, os sujeitos elaboram um saber coletivo, que os assegure da ilusão mútua de que estão juntos na mesma fantasia e de que se remetem ao único e mesmo Outro Absoluto e sem falhas. Isso constitui a disposição estrutural e “trans-histórica” do laço social, presente em qualquer sociedade humana. O objetivo deste trabalho é ressaltar a existência de um adicional de alienação do laço social implicado pelo capitalismo, que responde por uma ampliação crescente e por um acréscimo progressivo da alienação do sujeito, nessa forma histórica específica de sociedade. Salienta-se a contribuição relevante que Marx, Weber, Marcuse e outros pensadores ofereceram para a compreensão de aspectos essenciais da sociedade capitalista. Mas argumenta-se que a Psicanálise também tenha uma contribuição importante a esse respeito, ao esclarecer de que modo o próprio sujeito também está implicado nesse processo, oferecendo a sua cota de contribuição para a “tendência totalitária à alienação” do laço social capitalista. Propõe-se uma articulação entre a “metáfora paterna”, formulada por Lacan, e a instituição social do “equivalente-geral”, que permite estabelecer “valores-de-troca” das mercadorias. Argumenta-se que isto possibilitou a fixação e padronização do que aqui se denominou “valores-desejos” pelos objetos e gerou um ponto crítico nas transformações históricas, ocasionando a expansão e progressão exponencial da tendência totalitária à alienação do laço social capitalista (o “discurso do capitalista”).(AU)


The alienation that originates in and constitutes the subject makes him offer himself as an instrument of Another (an Omnipotent Father), in the hope that he can escape from the ordinary sufferings of human life. In the construction of the social bond, the subjects develop a collective knowledgethat assures them of the mutual illusion that they are together in the same fantasy and that they refer to the single and same Absolute Other that has no flaws. This constitutes the structural and “trans-historical” disposition of the social bond, present in any human society. The aim of this work is to highlight the existence of an additional alienation of the social bond implied by capitalism, which is responsible for an gradual extension of and a progressive increase in the subject’s alienation, in this specific historical form of society. The paper highlights the relevant contribution that Marx, Weber, Marcuse and other thinkers offered to the understanding of essential aspects of the capitalist society. But it is argued that Psychoanalysis also has an important contribution in this respect, as it clarifies in what way the subject is also involved in this process, offering his share of contribution to the “totalitarian tendency to alienation” of the capitalist social bond. An articulation is proposed between the “paternal metaphor” formulated by Lacan, and the social institution of the “general equivalent”, which allows to establish “exchange values” of commodities. It is argued that this enabled the fixation and standardization of what was called here “values-desires” for the objects and generated a critical point in the historical transformations, causing the expansion and exponential progression of the totalitarian tendency to alienation of the capitalist social bond (the “capitalist’s discourse”).(AU)


Subject(s)
Humans , Psychoanalysis , Capitalism
12.
Stylus (Rio J.) ; (17): 75-83, nov. 2008.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-42825

ABSTRACT

A alienação originária e constitutiva do sujeito leva-o a oferecer-se como instrumento de um Outro(um Pai Onipotente), na esperança de escapar aos sofrimentos ordinários da vida humana. Isto constitui a disposição estrutural e trans-histórica do laço social, presente em qualquer sociedade humana. O objetivo deste trabalho é ressaltar a existência de um adicional de alienação do laço social implicado pelo capitalismo, que responde por uma ampliação crescente e por um acréscimo progressivo da alienação do sujeito, nessa forma histórica específica de sociedade. Propõe-se uma articulação entre a ´metáfora paterna` formulada por Lacan e a instituição social do ´equivalente-geral`,formulada por Max, que permite estabelecer ´valores-de-troca das mercadorias. Argumenta-se que isto possibilitou a fixação e padronização do que aqui se denominou ´valores-desejos` pelos objetos, tornando possível um ponto crítico nas transformações históricas, ao se articular o sujeito ao ´objeto causa do desejo` e se produzir um fortalecimento extraordinário do laço social capitalista(o ´discurso do capitalista`) e de sua inércia totalitária. (AU)

13.
Pesqui. prát. psicossociais ; 3(1): 31-35, ago. 2008.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-48685

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é analisar a questão da desvalorização social da Psicologia como ciência e profissão no capitalismo de consumo e a precariedade das condições de trabalho do psicólogo. Argumenta-se que estas circunstâncias não são acidentais, devendo-se a aspectos fundamentais dessa forma de sociedade. Propõe-se que os beneficiários e defensores do capitalismo nada têm a lucrar com o desenvolvimento de legítimas ciências do ser humano e da sociedade, interessando-lhes apenas as construções ideológicas que os auxiliem a veicular os valores e a visão de mundo que lhes interessa. Em conseqüência disto, têm se desenvolvido ideologias que apresentam o ser humano como simples objeto e as ciências como mera fornecedoras de tecnologia, em detrimento do desenvolvimento das verdadeiras e legítimas ciências do ser humano. (AU)


The purpose of this article is to examine the issue of social devaluation of psychology as a science and profession and the precarious conditions of work of psychologists in consumption-based capitalism. It is argued that these circumstances are not accidental: they are due to fundamental aspects of that form of society. It is proposed that beneficiaries and defenders of capitalism have nothing to gain from the development of legitimate sciences of human beings and society: they are interested only by ideological constructions that help to convey the values and vision of world that interest them. As a result of this, ideologies have been developed presenting human beings as mere object and the sciences as mere supplying technology to the detriment of the development of genuine and legitimate science of human beings. (AU)


Subject(s)
Psychology , Psychology, Social , Working Conditions , Psychology , Capitalism
14.
Pesqui. prát. psicossociais ; 3(1): 31-35, ago. 2008.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-600216

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é analisar a questão da desvalorização social da Psicologia como ciência e profissão no capitalismo de consumo e a precariedade das condições de trabalho do psicólogo. Argumenta-se que estas circunstâncias não são acidentais, devendo-se a aspectos fundamentais dessa forma de sociedade. Propõe-se que os beneficiários e defensores do capitalismo nada têm a lucrar com o desenvolvimento de legítimas ciências do ser humano e da sociedade, interessando-lhes apenas as construções ideológicas que os auxiliem a veicular os valores e a visão de mundo que lhes interessa. Em conseqüência disto, têm se desenvolvido ideologias que apresentam o ser humano como simples objeto e as ciências como mera fornecedoras de tecnologia, em detrimento do desenvolvimento das verdadeiras e legítimas ciências do ser humano.


The purpose of this article is to examine the issue of social devaluation of psychology as a science and profession and the precarious conditions of work of psychologists in consumption-based capitalism. It is argued that these circumstances are not accidental: they are due to fundamental aspects of that form of society. It is proposed that beneficiaries and defenders of capitalism have nothing to gain from the development of legitimate sciences of human beings and society: they are interested only by ideological constructions that help to convey the values and vision of world that interest them. As a result of this, ideologies have been developed presenting human beings as mere object and the sciences as mere supplying technology to the detriment of the development of genuine and legitimate science of human beings.


Subject(s)
Psychology , Psychology , Psychology, Social , Working Conditions , Capitalism
15.
Mental ; 5(9): 29-45, nov. 2007.
Article in Portuguese, English | Index Psychology - journals | ID: psi-44995

ABSTRACT

Neste artigo é proposta uma reflexão a respeito da toxicomania, concebendo-a como modo fracassado de o sujeito lidar com aspectos estruturais do existir humano e com as contradições da sociedade. Nascido sob a égide do desamparo (Hilflosigkeit) e tendo seu desejo alienado no campo do Outro, o drama do sujeito, na linguagem, é a falta-a-ser constituinte da estrutura em que emerge. Propõe-se que o toxicômano tente escapar à impossibilidade estrutural de nomeação e conquista do objeto do desejo, por meio da redução do enigma da relação entre desejo e objeto a um pretendido gozo das propriedades reais do objeto-droga. Discute-se como numa sociedade fundamentada no fetichismo da mercadoria, em que a legitimação das relações sociais é efetivada por meio da generalização de rituais de devoração de objetos de consumo, o toxicômano pode ser concebido como uma espécie de modelo ideal de consumidor do capitalismo, em sua prática regida pelo imperativo de gozo. Ao particularizar a análise para o caso da sociedade brasileira, propõe-se que a toxicomania receba um impulso adicional do excedente de violência real e simbólica encontrado nas condições específicas do capitalismo brasileiro. Ao entrar no debate sobre as questões proibição versus legalização e criminalização versus descriminalização, apresenta-se o que parece decorrer dos pressupostos éticos da psicanálise, a respeito da implicação do sujeito com seu ato. Finalmente, apresenta-se o processo analítico como modo alternativo de se lidar com a falta do sujeito e com as contradições e a violência da sociedade na instalação de um dispositivo que propõe ao toxicômano uma interrogação a respeito de sua prática de consumo(AU)


The present paper proposes a reflection in respect of the drug addiction, conceiving it as a failed way of the subject to deal with the structural aspects of the human to exist and the contradictions of the society. Born under the helplessness shield (Hilflosigkeit) and having its desire aliened in the Other's field, the drama of the subject, in the language, is the lack-to-be constituter of the structure in which he emerges. It proposes that the drug addicted tends to escape from the structural impossibility of nomination and conquest of the desire object, through the reduction of the enigma of the relation between desire and object to an intended jouissance of the real properties of the object-drug. Is debates how, in a society based on the goods fetishism, in which the legitimacy of the social relations is effected through the generalization of the rituals of eating up consumption objects, the drug addicted can be conceived as specie of an ideal model of capitalism consumer, in his practice lead by the jouissance imperative. Particularizing the analysis to the Brazilian society case, it proposes that the drug addiction receives an additional impulse from the exceeding of real and symbolic violence found in the specific conditions of the Brazilian capitalism. Entering the debate about the questions prohibition versus legalization and criminalization versus decriminalization, it presents what appears to take place from the ethical presuppositions of the Psychoanalysis, in respect of the implication of the subject with his act. Finally, it presents the analytical process as an alternative way of dealing with the lack of the subject and with the contradictions and violence of the society, in the installation of a device that proposes to the drug addicted an interrogation in respect of his consumption practice(AU)

16.
Memorandum ; (12): 95-104, abr. 2007.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-37673

ABSTRACT

Em “The Structure of Scientific Revolutions”, Thomas Kuhn sustenta que foi com o auxílio de uma historiografia inovadora que ele chegou à sua nova imagem da Ciência, abalando as concepções tradicionalmente aceitas. Isto traz à luz a questão das relações entre esses dois campos de conhecimento: a História da Ciência, de um lado, a Epistemologia e a Filosofia da Ciência, de outro, além das articulações, diferenças e contribuições possíveis entre elas. O presente artigo aborda o trabalho de um importante autor do campo psicanalítico (Jean Laplanche), que alia a pesquisa do desenvolvimento histórico da teorização psicanalítica à investigação epistemológica e teórica das conexões entre os diferentes conceitos e entre eles e as proposições teóricas psicanalíticas. Pretende-se utilizar o trabalho deste autor, como exemplo para se refletir sobre as possibilidades de contribuição entre estudos em História da Psicanálise e em Filosofia e Epistemologia da Psicanálise(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychology , Psychoanalysis
17.
Memorandum ; (12): 95-104, abr. 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-498024

ABSTRACT

Em “The Structure of Scientific Revolutions”, Thomas Kuhn sustenta que foi com o auxílio de uma historiografia inovadora que ele chegou à sua nova imagem da Ciência, abalando as concepções tradicionalmente aceitas. Isto traz à luz a questão das relações entre esses dois campos de conhecimento: a História da Ciência, de um lado, a Epistemologia e a Filosofia da Ciência, de outro, além das articulações, diferenças e contribuições possíveis entre elas. O presente artigo aborda o trabalho de um importante autor do campo psicanalítico (Jean Laplanche), que alia a pesquisa do desenvolvimento histórico da teorização psicanalítica à investigação epistemológica e teórica das conexões entre os diferentes conceitos e entre eles e as proposições teóricas psicanalíticas. Pretende-se utilizar o trabalho deste autor, como exemplo para se refletir sobre as possibilidades de contribuição entre estudos em História da Psicanálise e em Filosofia e Epistemologia da Psicanálise.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychoanalysis , Psychology
18.
Mental ; 3(4): 155-173, jun. 2005.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-27860

ABSTRACT

Utiliza-se o referencial teórico da psicanálise para se empreender uma reflexão sobre a alienação do sujeito no capitalismo neoliberal de nosso dias. O percurso se inicia por meio da explicitação das concepções psicanalíticas de sujeito e sociedade, destacando-se a importância da castração simbólica na instauração do inconsciente e na inauguração do laço social. Registra-se a presença de uma violência originária que é componente estrutural desse processo, à qual se agregam modos adicionais específicos de violência do capitalismo neoliberal. Busca-se caracterizar dois aspectos especialmente acentuados nos tempos de intensificação contemporânea do neoliberalismo: o 'narcisismo' e a 'perversão' do sujeito, ainda que se deva colocar aspas nos dois termos, na medida em que se trata de noções distintas da concepção usual metapsicológica de narcisismo e do conceito de perversão como estrutura clínica do sujeito. Finalmente, destaca-se a existência de uma imensa produção cultural ideológica na mídia, nas ciências, na filosofia e nas artes, encarregada de oferecer sustentação ao status quo social e de pôr obstáculos ao progresso histórico e à transformação da sociedade (AU)

19.
Pulsional rev. psicanál ; 16(166): 38-45, fev. 2003.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-21457

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é elaborar algumas reflexões a respeito da concepção de ato criador proposta pela artista plástica Edith Derdyk. Ressaltam-se algumas aproximações entre “ato criador” e “constituição do sujeito”, articulando-se alguns aspectos de suas proposições às considerações de autores psicanalistas sobre temas como sublimação, castração e destino da energia pulsional. Destaca-se a propriedade da alegoria do vôo da ave de rapina como representação do ato criador. Finalmente, consideram-se as situações-limite em que a realização da obra de arte põe em risco a própria integridade física e psíquica do seu autor, posicionando o artista na condição trágica de um Prometeu moderno, que paga com seu sacrifício a herança deixada à Humanidade(AU)


Subject(s)
Sublimation, Psychological , Art , Psychoanalysis
20.
Pulsional rev. psicanál ; 16(166): 38-45, fev. 2003.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-384338

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é elaborar algumas reflexões a respeito da concepção de ato criador proposta pela artista plástica Edith Derdyk. Ressaltam-se algumas aproximações entre ôato criadorö e ôconstituição do sujeitoö, articulando-se alguns aspectos de suas proposições às considerações de autores psicanalistas sobre temas como sublimação, castração e destino da energia pulsional. Destaca-se a propriedade da alegoria do vôo da ave de rapina como representação do ato criador. Finalmente, consideram-se as situações-limite em que a realização da obra de arte põe em risco a própria integridade física e psíquica do seu autor, posicionando o artista na condição trágica de um Prometeu moderno, que paga com seu sacrifício a herança deixada à Humanidade


Subject(s)
Art , Psychoanalysis , Sublimation, Psychological
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL
...