ABSTRACT
Embalagens práticas e visualmente atrativas estimulam o consumo de alimentos fora do lar. O risco à saúde do consumidor, decorrente do contato direto dessas embalagens com a boca, não tem sido avaliado. Foram examinadas latas de cerveja e de refrigerante (n=120), adquiridas no comércio na cidade do Rio de Janeiro. Elevados níveis de microrganismos mesófilos aeróbios, fungos, coliformes, enterococos e estafilococos coagulase-positiva foram encontrados, sendo freqüentemente maiores nas embalagens adquiridas de vendedores ambulantes. A presença de Salmonella sp., em duas embalagens provenientes de cada tipo de comércio, acenou como fator de elevado risco de infecção no trato intestinal. Processos de limpeza das latas, freqüentemente utilizados pelos consumidores, não revelaram eficiência na remoção dos microrganismos.