Nem tão frágil assim: um estudo sobre mulheres em cargos de chefia

As sociedades ocidentais têm sido cenário de muitas transformações, em que a figura feminina vem sendo repensada e ganha uma nova configuração. O ingresso e o crescimento das mulheres - principalmente as de classe média - no mercado de trabalho vem sendo um fator primordial nestas mudanças. Na contemporaneidade, observamos que as mulheres têm ocupado cada vez mais cargos de maior poder e prestígio social no 'mundo corporativo', em áreas como a financeira - ainda que esta parcela permaneça pequena -, como é o caso das mulheres que exercem cargos de chefia e comando em instituições bancárias por nós estudadas. Em nosso trabalho, pretendemos compreender melhor quem são as mulheres que estão exercendo estes cargos, de que forma exercem a chefia, como se vêem e são vistas pelos seus subordinados, como se sentem enquanto chefes e que dificuldades encontram em seu cotidiano profissional, bem como entender como seus subordinados, homens e mulheres, se sentem sendo chefiados por uma mulher. Para isto, realizamos entrevistas em instituições financeiras - mais especificamente, bancos voltados para clientes preferenciais - com três gerentes gerais de agências bancárias e dois de seus subordinados, um homem e uma mulher. Os textos resultantes da transcrição das entrevistas foram submetidos a uma análise de discurso. Os resultados apontaram para a existência de uma diversidade de olhares sobre as questões investigadas, tanto por parte das mulheres que atuam nos cargos de chefia, quanto de seus subordinados, porém algumas semelhanças podem ser apontadas. A presença de estereótipos tradicionalmente atribuídos a homens e mulheres, de certo modo, ainda permanece bastante forte nos discursos contemporâneos. Além disso, observamos que nas narrativas de nossos entrevistados, valores 'antigos' e 'novos' coexistem, muitas vezes constituindo contradições...(AU)

Prevalência de indicadores de alcoolismo em 200 pacientes adultos internados em hospital geral / Alcoholism indicators prevalence in 200 patients admited in general hospital

O objetivo dos autores é demonstrar a dificuldade de valorizar o uso de bebidas alcoólicas na prática médica hospitalar. A pesquisa da prevalência de indicadores de Alcoolisno em 200 pacientes (100 homens e 100 mulheres), internados nas diversas áreas médicas do hospital Säo Vicente de Paulo (PF), foi feita segundo o questionário CAGE e verificando nos prontuários se havia o diagnóstico de alcoolismo. A duraçäo da pesquisa foi de dois meses. Observou-se que 17,5 por cento do total de pacientes entrevistados tiveram um resultado positivo para o CAGE. A análise dos prontuários dos 200 pacientes entrevistados apontou que o diagnóstico de Alcoolismo feito pela equipe médica ocorreu em 3,5 por cento. Conclui-se que o Alcoolismo, apesar de ser freqüente, é pouco diagnosticado