ABSTRACT
Objetivo: A infecção hospitalar é um grave problema de saúde pública que requer uma vigilância epidemiológica constante e rigorosa, exigindo atenção redobrada dos profissionais de saúde, da administração hospitalar, das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar e do Governo. Assim, o objetivo deste estudo foi descrever as características clínicas e microbiológicas dos casos de infecção hospitalar ocorridas em um hospital de médio porte do noroeste do Rio Grande do Sul nos anos de 2014 e 2015. Métodos: Pesquisa transversal retrospectiva realizada em um hospital de médio porte do noroeste do Rio Grande do Sul, contemplando busca de dados dos anos de 2014 e 2015. Resultados: No hospital estudado, 0,9% dos pacientes internados em 2014 e 2015 desenvolveram infecção hospitalar, sendo que 75% destes estavam internados na UTI. A idade média dos pacientes que desenvolveram infecção hospitalar foi de 67±13,7 anos e 82,40% eram do sexo feminino. Os fatores de risco mais frequentes foram nutrição parenteral (52,8%), cateter arterial (49,1%) e traqueostomia (47,2%) e os microrganismos mais prevalentes foram Staphylococcus coagulase negativo (28%), Pseudomonas aeruginosa (18%), Escherichia coli (15%) e Enterobacter sp. (11%). O tempo médio de internação foi de 18±7,84 dias, sendo que 25% dos pacientes evoluíram para óbito. Conclusão: É necessário viabilizar o uso correto e efetivo das medidas de controle de infecção hospitalar.