ABSTRACT
A hemostasia é resultante do equilíbrio entre pró-coagulantes e anticoagulantes, envolvendo vasos, plaquetas, proteínas da coagulaçäo e da fibrinólise e anticoagulantes naturais. Todos estes componentes estäo inter-relacionados, constituindo os sistemas de coagulaçäo, anticoagulaçäo e fibrinólise. Muitos fatores, genéticos ou adquiridos, podem contribuir para romper este equilíbrio, levando a estados de hipo ou hipercoagulabilidade. Em doenças coronarianas como a angina e o infarto, há uma maior ativaçäo das plaquetas e das proteínas da coagulaçäo, favorecendo a formaçäo de trombos. Na tentativa de restaurar a hemostasia, ocorre a intervençäo do sistema fibrinolítico, o qual promove a lise do coágulo e desobstrui o vaso. Neste trabalho foram avaliados os mecanismos da coagulaçäo e da fibrinólise e a proteína C, um anticoagulante natural. Foram estudados 20 pacientes com doenças coronarianas, notadamente angina de peito (n = 8) e infarto agudo do miocárdio (n = 12), além de pacientes potencialmente em risco de desenvolver doença cardiovascular (n = 17). O grupo infarto foi pareado com indivíduos sadios do ponto de vista clinicolaboratorial (grupo-controle, n = 12). Os resultados revelaram uma diferença significativa nos níveis de fibrinogênio nos grupos de angina e infarto quando comparados ao grupo-controle. Níveis de proteína C ativada também mostraram diferença significativa entre os grupos de risco e infarto. Os demais parâmetros hemostáticos avaliados näo diferiram significativamente entre os grupos estudados, porém foi observada uma tendência à hipercoagulabilidade nos grupos de pacientes quando comparados ao grupo-controle
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Coronary Disease , Platelet Activating Factor/metabolism , Blood Coagulation Factors/metabolism , Fibrinolysis/physiology , Protein C/metabolismABSTRACT
Uma análise da proteína C ativada e do fragmento 1 + 2 da protrombina (F1 + 2) foi realizada com o objetivo de verificar o grau de ativaçäo da cascata da coagulaçäo em situaçöes onde os sistemas da coagulaçäo e da anticoagulaçäo estäo teoricamente comprometidos. Foram estudados 20 pacientes com doenças coronarianas, notadamente, angina de peito (n=8) e infarto agudo do miocárdio (n=12), além de pacientes potencialmente em risco de desenvolver doença cardiovascular (n=17). O grupo infarto foi pareado com indivíduos sadios do ponto de vista clínico e laboratorial (grupo-controle, n=12). Somente os resultados de proteína C do grupo controle em relaçäo ao grupo de risco mostraram-se significativos. Para os demais resultados de proteína C e F1 + 2 näo foi observada diferença significativa entre os grupos. No entanto, uma correlaçäo inversa e significativa (r= -0.743; p<0.05) foi observada quando se compararam os resultados dos dois parâmetros avaliados para o grupo infarto (proteína C ativada e F1 + 2). Os resultados descritos acima sugerem um comprometimento da eficiência do mecanismo da anticoagulaçäo natural o que, provavelmente, resultaria em maior geraçäo de trombina, comprovada pela correlaçäo inversa e significativa entre os níveis plasmáticos de F1 + 2 e proteína C ativada
Subject(s)
Humans , Male , Female , Angina Pectoris , Blood Coagulation , Hemostasis , Myocardial Infarction/diagnosis , Prothrombin , Activated Protein C Resistance/blood , Enzyme-Linked Immunosorbent Assay , Fibrin , Data Interpretation, StatisticalABSTRACT
O infarto agudo do miocárdio e a angina de peito constituem patologias associadas a uma ativaçäo exacerbada do mecanismo da coagulaçäo. As plaquetas e o fibrinogênio consistem em importantes elementos na composiçäo do coágulo de fibrina. Uma atividade plaquetária aumentada e níveis plasmáticos elevados de fibrinogênio podem se constituir em importantes fatores para a ocorrência das doenças coronarianas. Objetivo: Investigar se o aumento gradual da atividade plaquetária, medida pelo teste da agregaçäo plaquetária, e dos níveis plasmáticos de fibrinogênio é compatível com os diferentes estágios de desenvolvimento das doenças coronarianas. Material e método: Foram avaliados pacientes com infarto agudo do miocárdio (n=11), angina de peito (n=8), indivíduos com fatores de risco para desenvolver estas doenças, porém ainda assintomáticos (n=16), além de voluntários aparentemente saudáveis (n=10), como controle. Resultados: Os níveis de fibrinogênio se apresentaram significativamente elevados nos grupos de pacientes com doenças coronarianas, comparados aos grupos de controle e dos indivíduos com fatores de risco (p < 0,005). A agregaçäo plaquetária se mostrou significativamente elevada e com resultados similares nos grupos de pacientes com doenças coronarianas e de risco em comparaçäo com o grupo-controle (p < 0,001). Discussäo: A agregaçäo plaquetária já se mostrou significativamente aumentada no grupo de risco em relaçäo ao grupo-controle, indicando ser um parâmetro que se altera precocemente. Conclusöes: Os achados laboratoriais indicam que os níveis de fibrinogênio se mostraram um parâmetro significativamente elevado nos pacientes com doenças coronarianas, enquanto o teste da agregaçäo plaquetária parece ser útil como um parâmetro preditivo de risco para doença coronariana