ABSTRACT
Apesar de haver aproximadamente 40 diferentes tipos histológicos de tumores benignos e malignos no intestino delgado, o desenvolvimento de cânceres nessa região é pouco comum. Dos tumores malignos, 30 a 50 são adenocarcinomas. Acredita-se que o fato de a mucosa do intestino delgado entrar em contato por curto tempo com carcinogenos durante o trânsito intestinal tem sido a razão para explicar o baixo índice de crescimento tumoral nessa porção do trato gastrointestinal. A maioria dos pacientes é de homens com mais de 65 anos. As manifestações cl¡nicas são inespecíficas, geralmente os pacientes apresentando-se emagrecidos, com obstrução intestinal crônica, icterícia obstrutiva, sangramento digestivo e dor abdominal. Descreve-se o caso de paciente feminina, com 43 anos de idade, admitida no Pronto-Socorro do Hospital Universitário Cajuru (Curitiba-PR) com quadro de melena e grave anemia ferropriva. Após investigação, obteve-se o diagnóstico de adenocarcinoma duodenal infiltrativo em região periampular, firmado por meio de endoscopia digestiva alta com biópsia da lesão. O tratamento proposto foi o operatório, via laparotomia, na qual se identificou tumor duodenal com 10 x 7 x 5cm, sendo realizadas primariamente gastroenteroanastomose jejunal, colecistectomia e coledocotomia. Breve revisão bibliográfica é apresentada, enfatizando a problemática diagnóstica dessa rara manifestação tumoral.
