ABSTRACT
Introdução: Este estudo teve como objetivo comparar os efeitos do ultrassom terapêutico e da auto-hemoterapia no tratamento da lesão muscular. Material e métodos: Foram utilizados 24 ratos Wistar, divididos aleatoriamente em quatro grupos: G1: Ratos sem lesão muscular; G2: Ratos com lesão muscular sem tratamento; G3:Ratos com lesão muscular e tratamento com ultrassom pulsado (0.8W/cm2); G4: Ratos com lesão muscular e tratamento com auto--hemoterapia. A lesão muscular foi induzida por um trauma único no gastrocnêmio. O tratamento foi realizado durante 7 dias e os animais foram eutanasiados por decapitação e o tecido muscular ao redor da lesão foi removido cirurgicamente para a realização das análises bioquímicas. Dentre os marcadores bioquímicos foram analisados ânion superóxido como marcador na produção de espécies reativas de oxigênio, e catalase como marcador de enzimas antioxidantes. Resultados: O grupo 2 apresentou diferença significativa em relação ao grupo 1 tendo aumentado o estresse oxidativo, e o grupo 3 apresentou diminuição do estresse oxidativo estatisticamente significativa em relação ao grupo 2, o grupo 4 não apresentou diferença significativa. Conclusão: Nota-se que a auto-hemoterapia não apresentou resultados satisfatórios no tratamento de lesão muscular,ao contrário do ultrassom, que diminuiu os marcadores de estresse oxidativo sendo eficaz no tratamento de lesão muscular.
Introduction: This study aimed to compare the effects of therapeutic ultrasound and autohemotherapy to treat muscle injury. Methods: Twenty four Wistar rats were randomly divided into four groups: G1: Rats with no muscle injury; G2: Rats with muscle injury without treatment; G3: Rats with muscle injury and treatment using pulsed ultrasound (0.8 W/cm²); G4: Rats with muscle injury and treatment using autohemotherapy. The muscle injury was inducedby a single trauma on the gastrocnemius. The treatment was carriedout during 7 days and the animals were euthanized by decapitation and the muscle tissue around the injury was surgically removed toper form biochemistry analyses. Among the biochemical markerswere analyzed superoxide anion as a marker of reactive oxygen species production and catalase as antioxidant enzymes. Results: Group 2showed significant difference compared to group 1 and increased oxidative stress, and group 3 showed a reduction of statistically significant oxidative stress compared to group 2, group 4 showedno significant difference. Conclusion: Was observed that the muscle injury treatment using autohemotherapy has no satisfactory results.On the other hand, ultrasound therapy reduced the oxidative stress markers and has proved effective in treating muscle injury.
Subject(s)
Animals , Rats , Autohemotherapy/adverse effects , Myalgia/therapy , Ultrasonic Therapy/methods , Rats, WistarABSTRACT
Durante a contração muscular intensa induzida pelo exercício físico, há aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, ocasionando estresse oxidativo em diversos órgãos, dentre eles o fígado e o coração. O treinamento físico pode aumentar as defesas antioxidantes e diminuir o estresse oxidativo. Contudo, ainda existem dúvidas sobre a frequência de treinamento necessária para melhorar parâmetros de estresse oxidativo. Este trabalho tem como objetivo verificar o efeito das frequências de duas e três vezes de exercício por semana sobre biomarcadores de estresse oxidativo no fígado e coração. Foram utilizados 18 camundongos machos (CF1), jovens (30 a 35g) divididos em grupos (n=6/grupo): não treinado (NT); treinado duas vezes por semana (T2) e treinado três vezes por semana (T3). Os animais foram submetidos ao treinamento durante oito semanas. Quarenta e oito horas após a última sessão os animais foram sacrificados. O fígado e o coração foram removidos e armazenados em freezer - 70ºC. Foram analisadas as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, carbonilação de proteínas, conteúdo total de tióis, atividades da superóxido dismutase , catalase e glutationa peroxidase. Os resultados demonstraram que apenas o grupo T3 reduziu dano oxidativo. Ademais, houve aumento no conteúdo total de tióis, atividades da superóxido dismutase e catalase no mesmo grupo em comparação com o não treinado. A atividade da glutationa peroxidase não apresentou diferença significativa entre os grupos. Este estudo demonstrou que somente a frequência de treinamento de três vezes por semana reduz dano oxidativo e aumenta a eficiência do sistema enzimático antioxidante de camundongos.
Intense muscle contraction induced by physical exercise increases the production of reactive oxygen species, which causes oxidative stress in several organs, such as the liver and the heart. Physical training may increase antioxidative defenses and decrease oxidative stress. However, it is not clear what training frequency improves oxidative stress parameters. This study evaluated the effect of training two and three times a week on oxidative stress biomarkers in the liver and the heart. Eighteen young male mice (CF1) weighing 30 to 35 g were divided into three groups (n=6): no training (NT); twice a week training (T2); and three times a week training (T3). The training program lasted eight weeks, and the animals were killed 48 hours after the last training session. The liver and the heart were removed and stored at -70o C. The following analyses were conducted: thiobarbituric acid reactive substances, protein carbonylation, total thiol content, superoxide dismutase, catalase and glutathione peroxidase. Oxidative damage was reduced only in the T3 group, and there was an increase in total thiol content, supeoxidase dismutase and catalase in T3 when compared with the NT group. Glutathione peroxidase was not significantly different between groups. Only training three times a week seemed to reduce oxidative stress and increase the efficiency of the antioxidant system in mice.