O sentido da experiência vivida: uma configuração da estrutura cognitiva / The sense of lively experience: a configuration of cognitive structure

A questão que este trabalho pretende investigar é o modo pelo qual um indivíduo compreende e como usa aquilo que compreende organizando sua conduta, sua percepção e sua personalidade. O termo compreensão é a própria criação de sentidos que é produzida e organizada na interação do indivíduo com o outro a partir das estruturas mentais. Podemos aqui levantar a questão relativa ao como são progressivamente construídas as estruturas mentais, condição necessária para a aquisição de conhecimento desde o início da vida. Esta investigação está fundamentada na teoria de Imbasciati. Imbasciati, psicanalista italiano, elaborou uma teoria seriamente embasada para tentar responder à questão sobre como o indivíduo conhece, que se amplifica para como o indivíduo é. Para haver percepção, é necessário algum tipo de reconhecimento, ou seja, de assimilação à estrutura previa. Os fatos que compõem a realidade não são armazenados tal qual uma cópia fotográfica. São assimilados a uma estrutura prévia que por sua vez pode ser transformável com as novas aquisições em novas estruturas. A realidade configura-se impreterivelmente como aquela que o indivíduo pôde perceber a partir de suas estruturas mentais e à qual reagirá. Na sessão de psicoterapia, espaço em que experiências com o paciente podem ser compartilhadas, é possível identificar os sentidos que decorrem destes recortes da realidade. Nossa investigação apoiou-se no exame de três fragmentos de sessões de psicoterapia e no referencial teórico adotado neste trabalho (AU)

Condições de funcionamento de um grupo de abrigos da Grande São Paulo / Attendance conditions in Grande São Paulo's shelters

Partindo de minha experiência clínica no atendimento psicológico de familiares, vítimas de violência fatal, no Centro de Referência e Apoio à Vítima- CRAVI da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, apresento o estudo de um caso clínico, dentro de uma perspectiva sistêmica, onde busco a partir do Genograma familiar, fazer um diagnóstico dos padrões de reprodução multigeracional da violência, seus impactos emocionais, a eficácia da utilização desse instrumento como forma de intervenção e interrupção no ciclo da violência. O estudo indica que no atendimento às vítimas de violência, o genograma tem se mostrado útil no trabalho com familiares dessas vítimas de violência e que o psicólogo deve considerar a utilização desse instrumento como forma de compreensão da reprodução multigeracional do fenômeno da violência e uma poderosa ferramenta diagnostica e de intervenção com possibilidade de interrup¬ção desse ciclo violento (AU)

Condições de funcionamento de um grupo de abrigos da Grande São Paulo / Attendance conditions in Grande São Paulo's shelters

Partindo de minha experiência clínica no atendimento psicológico de familiares, vítimas de violência fatal, no Centro de Referência e Apoio à Vítima- CRAVI da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, apresento o estudo de um caso clínico, dentro de uma perspectiva sistêmica, onde busco a partir do Genograma familiar, fazer um diagnóstico dos padrões de reprodução multigeracional da violência, seus impactos emocionais, a eficácia da utilização desse instrumento como forma de intervenção e interrupção no ciclo da violência. O estudo indica que no atendimento às vítimas de violência, o genograma tem se mostrado útil no trabalho com familiares dessas vítimas de violência e que o psicólogo deve considerar a utilização desse instrumento como forma de compreensão da reprodução multigeracional do fenômeno da violência e uma poderosa ferramenta diagnostica e de intervenção com possibilidade de interrupção desse ciclo violento.

Estrutura psíquica e ação terapêutica: a contribuição do modelo piagetiano do conhecimento

Da experiência clínica surgiu nosso interesse pela questão do conhecimento aí envolvida necessariamente. É uma das questões que vem sendo estudada tanto por pesquisadores no campo cognitivo, quanto por pesquisadores no campo da psicanálise. Nosso propósito é o de examinarmos trechos selecionados de sessões transcritas e, utilizando algumas explicações da Epistemologia Genética e o referencial psicanalítico, discutirmos as condições necessárias para a ocorrência e manutenção do processo investigante na inter-relação entre terapeuta e paciente. Pensamos que a maneira como o paciente significa o seu presente vai se expressando pelo tipo de vínculo que ele estabelece com o terapeuta a cada sessão. Através da análise deste vínculo, o terapeuta pode perceber a presença de uma estrutura psíquica subjacente, determinando as concepções e comportamentos do paciente no presente. A investigação da estrutura psíquica do paciente, reeditada na relação com o psicoterapeuta, constitui o objeto propriamente dito de nosso trabalho. Nosso referencial teórico é, de um lado, a teoria psicanalítica de Freud em sua descrição do aparelho psíquico, concepção da transferência e da compulsão para a repetição; e de outro, a teoria de Piaget sobre a construção do conhecimento no ser humano. Nosso estudo foi efetuado através do exame de três fragmentos de sessão selecionados por nós, nos quais fizemos uma análise qualitativa do material transcrito, tomando como base o referencial teórico já descrito no parágrafo anterior (AU)