ABSTRACT
Objetivos: Correlacionar o tempo de aleitamento materno exclusivo com o número de infecções dos sistemas respiratórios e gastrointestinais, nos dois primeiros anos de vida das crianças atendidas no ambulatório de puericultura do Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e avaliar a prevalência do aleitamento materno nesse serviço. Métodos: Foram revisados os prontuários de todas as crianças atendidas no período de janeiro a dezembro de 2002, com exceção das filhas de mães de HIV positivas e daquelas crianças que freqüentavam o ambulatório esporadicamente. Avaliaram-se as seguintes variáveis: idade gestacional e peso ao nascimento, tempo de aleitamento materno exclusivo e complementado e o comprometimento dos sistemas respiratório e gastrintestinal. Resultados: A amostra estudada foi de 292 crianças. A prevalência de amamentação exclusiva por no mínimo 4 meses foi de 58,56%. As crianças amamentadas por período inferior a 4 meses apresentaram uma média maior do número de infecções, estatisticamente significantes para infecções de vias aéreas superiores e pneumonia. Quando foram comparadas as crianças amamentadas por período igual a 4 meses com aquelas amamentadas por período igual a 6 meses, observou-se que as últimas apresentaram média menor no número de otites médias agudas (p=0,045). Conclusão: Os resultados deste estudo demonstram que a amamentação exclusiva por pelo menos 4 meses foi relevante para diminuir quadros infecciosos nos primeiros 2 anos de vida das crianças.