ABSTRACT
PURPOSE: to analyze how socioeconomic, pregnancy and childbirth factors relate to the feeding situation in the sixth month of life of full-term babies. METHODS: longitudinal observational study, with 98 mothers of full-term babies. Data collection was structured by capturing information regarding the clinical history and moment of birth in the babies' medical records, followed by the application of two questionnaires to the postpartum women, with questions regarding sociodemographic data, pre- and post-pregnancy data and the baby's nutrition. baby, the first being answered during hospital stay and the second, by telephone, in the 6th month of life. A descriptive analysis of the data was performed, using the frequency distribution of categorical variables, inferential analysis using Pearson's Chi-square test and multivariate analysis using binary logistic regression, adopting, for inclusion in the final model, the significance level of 5%. RESULTS: there was an association between exclusive breastfeeding in the 6th month and maternal education and between the period of food introduction and family income. Mothers with higher education were 4.82 times more likely to breastfeed their children exclusively until the sixth month. Families with lower income (up to one minimum wage) were 2.54 times more likely to start food introduction before the sixth month than families with higher income. CONCLUSION: higher maternal education was a predictive factor for exclusive breastfeeding at the 6th month and higher military income was a predictive factor for introducing food after the 6th month.
OBJETIVO: analisar como os fatores socioeconômicos, da gestação e do parto se relacionam com a situação da alimentação no sexto mês de vida de bebês nascidos a termo. MÉTODO: estudo observacional longitudinal, com 98 mães de bebês termos. A coleta de dados foi estruturada pela captação das informações referentes à história clínica e ao momento do parto nos prontuários dos bebês, seguida da aplicação de dois questionários, com questões referentes a dados sociodemográficos, dados pré e pós-gestacionais e da alimentação do bebê, sendo o primeiro respondido durante a internação hospitalar e o segundo, por contato telefônico, no 6° mês de vida. Foi realizada análise descritiva dos dados, por meio da distribuição de frequência das variáveis categóricas, análise inferencial utilizando o teste Qui-quadrado de Pearson e análise multivariada por regressão logística binária, adotando-se, para inclusão no modelo final, o nível de significância de 5%. RESULTADOS: houve associação entre aleitamento materno exclusivo no 6º mês e escolaridade materna e entre o início da introdução alimentar e a renda familiar. Mães com ensino superior apresentaram 4,82 vezes mais chances de amamentarem os filhos de forma exclusiva até o sexto mês. Famílias de menor renda (até um salário mínimo) tiveram 2,54 vezes mais chances de iniciarem a introdução alimentar antes do sexto mês do que as famílias de maior renda. CONCLUSÃO: maior escolaridade materna foi fator preditor para o aleitamento materno exclusivo ao 6º mês e maior renda familiar foi fator preditor para introdução alimentar após o 6º mês.
Subject(s)
Breast Feeding , Socioeconomic Factors , Weaning , Humans , Female , Breast Feeding/statistics & numerical data , Longitudinal Studies , Adult , Infant, Newborn , Pregnancy , Infant , Young Adult , Brazil , Surveys and Questionnaires , Mothers , Educational Status , Sociodemographic Factors , MaleABSTRACT
ABSTRACT Purpose: to investigate the prevalence of exclusive breastfeeding up to 6 months old in full-term newborns at a public hospital and the main factors associated with early weaning, during the pandemic caused by severe acute respiratory syndrome. Methods: an observational, cross-sectional study with 98 mothers of full-term babies, conducted from January to August 2021, during the COVID-19 pandemic. The participants answered two structured questionnaires. One was applied immediately after childbirth, with questions on identification and socioeconomic data, obstetric-gynecological background, and current pregnancy and childbirth. The second questionnaire, applied 6 months after childbirth, had questions about the child's feeding status. Statistical tests were used to associate the prevalence of exclusive breastfeeding up to 6 months old and other variables, at the 5% significance level. Results: 16.3% of the babies were exclusively breastfeeding until the sixth month, during the COVID-19 pandemic, in the public hospital where the study was carried out. Exclusive breastfeeding up to 6 months old was not associated with the study variables. Conclusion: the prevalence of exclusive breastfeeding until the sixth month in full-term babies, in a public hospital, during the COVID-19 pandemic, was 16.3%. None of the variables analyzed was associated with early weaning.
RESUMO Objetivo: investigar a prevalência de aleitamento materno exclusivo aos seis meses de vida em bebês nascidos a termo em um hospital público e os principais fatores associados ao desmame precoce em período de pandemia causada pela síndrome respiratória aguda grave. Métodos: estudo observacional, transversal, realizado com 98 mães de bebês a termo, no período de janeiro a agosto de 2021, intervalo marcado pela pandemia da COVID-19. As participantes responderam a dois questionários, um no pós-parto imediato, com questões de identificação e socioeconômicas, antecedentes gineco-obstétricos, gestação e parto atual; e, o segundo, seis meses após o parto, continha questões sobre a situação alimentar da criança. Para verificar a associação entre a prevalência do aleitamento materno exclusivo aos seis meses de vida e as demais variáveis foram aplicados os testes Qui-quadrado, Exato de Fisher, Qui-quadrado de comparações múltiplas e Teste T, com nível de significância de 5%. Resultados: 16,3% dos lactentes encontravam-se em aleitamento materno exclusivo no sexto mês, no período da pandemia da COVID-19, no hospital público onde o estudo foi realizado. Não houve associação entre o aleitamento materno exclusivo aos seis meses de vida e as variáveis pesquisadas. Conclusão: a prevalência de amamentação exclusiva no sexto mês em bebês nascidos a termo em um hospital público, durante a pandemia da COVID-19, foi de 16,3% e nenhuma das variáveis analisadas apresentou associação com o desmame precoce.