ABSTRACT
O presente estudo procurou compreender os significados dos estigmas relacionados à experiência do adoecimento crônico no adolescer com doença renal crônica. Para tanto, foram entrevistados 9 adolescentes com doença renal crônica tendo como ponto de partida para contato com esses adolescentes a Fundação do Rim do Rio de Janeiro.Os adolescentes foram entrevistados, com perguntas que buscaram entender as repercussões da doença renal no processo de adolescer, compreender em que medida o tratamento interfere nas interações sociais e explorar as marcas do tratamento em seu processo de adolescer relacionado ao corpo e relacionamentos. As entrevistas foram transcritas e analisadas a partir de uma perspectiva qualitativa.Conseguimos observar diversos pontos relacionados à experiência do adoecimento crônico sejam eles os estigmas da doença renal crônica, a influência do capacitismo, a predominância do adultocentrismos, além de questões ligadas a ruptura biográfica, fragilidade social, os conceitos de cura e transplante renal e permanecer com doença renal crônica, todas levando a interferências no processo de adolescer.Esperamos com isso trazer uma maior compreensão da experiência do adoecimento crônico a fim de agirmos como sociedade em seus mais variados setores de forma a amenizar o sofrimento dos adolescentes que vivem com doença renal crônica.
The present study sought to understand the meanings of the stigmas related to the experience of chronic illness in adolescence with chronic kidney disease. For this purpose, 9 adolescents with chronic kidney disease were interviewed, having as their starting point for contact with these adolescents the Rio de Janeiro Kidney Foundation. The adolescents were interviewed, with questions that sought to understand the repercussions of kidney disease in the adolescent process, to understand to what extent the treatment interferes in social interactions and to explore the treatment marks in their adolescent process related to the body and relationships. The interviews weretranscribed and analyzed from a qualitative perspective.We were able to observe several points related to the experience of chronic illness, be they the stigmas of chronic kidney disease, the influence of capacitism, the predominance of adult-centeredness, in addition to issues related to biographical rupture, social fragility, the concepts of cure and kidney transplantation and staying with chronic kidney disease, all leading to interference in the adolescent process.With this we hope to bring a greater understanding of the experience of chronic illness in order to act as a society in its most varied sectors in order to alleviate the suffering of adolescents who live with chronic kidney disease.
