ABSTRACT
Resumo: Este artigo trata-se de um relato de experiência de uma psicóloga residente com o objetivo de apresentar as possibilidades de atuação no apoio matricial a uma Equipe de Saúde da Família. Com inspiração na cartografia e no método do usuário guia, são narradas práticas de cuidado ofertadas a uma pessoa com sofrimento mental grave. O acompanhamento deste caso se deu durante a residência em Saúde da Família, durante nove meses de acompanhamento, a partir das premissas do cuidado integral, humanizado e desmanicomializado. Esta produção elucida a importância da escuta, do vínculo e do cuidado em rede na assistência à saúde mental; revela a disputa dos modelos manicomial e psicossocial nas práticas de saúde e aponta as potencialidades e dificuldades da atenção à saúde mental nas Unidades de Saúde da Família.