ABSTRACT
Partimos de uma ampla conceitualização do sentimento de solidão para então abordá-lo, em suas diferentes nuances, desde o enfoque do analista na prática clínica. A solidão é considerada por nós segundo duas vertentes: enquanto sentimento de desamparo(vivência extremaente dolorosa que inunda o ser humano após seu nascimento, fundando em seu imaginário a primeira experiência de solidão) e enquanto espaço vital afetivo que se outorga ao outro. Este pode ser compreendido em seus dois extremos, desde um sentimento de distância afetiva à uma expansão narcisista sufocante e invasora do território de existência alheia. A partir destes dois eixos de reflexão, procuramos examinar como se desenha o sentimento de solidão no processo analítico. Este último é sempre visualizado por nós como campo dinâmico, no qual estão implicadas as subjetividades de ambos integrantes: analista e paciente