ABSTRACT
A ciclosporina (CsA) facilita a ativaçäo das células T supressoras aloespecíficas enquanto bloqueia a proliferaçäo e a funçäo das células T helper e T citotóxica. Esse efeito induz, no receptor do transplante, um estado de "tolerância" ao órgäo transplantado. Vários estudos clínicos confirmaram que as taxas de sobrevida do enxerto, dos pacientes tratados com CsA, säo maiores do que com o uso de azatioprina e prednisona. A dose ótima da CsA ainda näo está estabelecida. A maioria dos centros de transplante administra altas doses da droga (15-17mg/kg/dia) durante as 2 semanas iniciais do pós-transplante para, em seguida, reduzirem 2mg/kg/dia a cada 2 semanas. Entretanto, alguns grupos têm utilizado esquemas alternativos combinando baixas doses de CsA e prednisona ou, após 3 a 6 meses de uso da droga, mudando o esquema imunossupressivo para azatioprina e prednisona. Os efeitos a longo prazo desses protocolos nas sobrevidas do paciente e enxerto necessitam ser avaliados e mais dados clínicos experimentais adquiridos. Portanto, a CsA parece ser mais efetiva do que o tratamento convencional na prevençäo da rejeiçäo. Entretanto a droga näo pode ser vista como uma panacéia para o transplante de órgäos