ABSTRACT
Objective: The objective of the present study was to evaluate gingival overgrowth induced by nifedipine and to correlate it with plaque accumulation. Material and Methods: Sixty patients were divided into a treated group (n=30) consisting of hypertensive patients long-term treated with nifedipine and a control group (n=30) consisting of patients without arterial hypertension. The following exams were performed on the first visit: anamnesis, measurement of blood pressure, weight and height, extra- and intraoral examination, and determination of the vertical and horizontal gingival overgrowth indices, plaque index, and bleeding index. The measurements were repeated after 30 days. Results: Most patients using nifedipine (60.7%) presented grade I horizontal gingival overgrowth (1 to 2 mm), with 3.6% showing minimum vertical gingival overgrowth. On the return visit, the plaque index was reduced by 8.3% and bleeding on probing was reduced by 1.5%. The individuals of control group, presented neither vertical gingival overgrowth nor horizontal, the plaque index was reduced by 7.2% and bleeding on probing was reduced by 5.3%. A significant difference in the horizontal gingival overgrowth index was observed between the treated and control groups (chi-square test, p = 0.015, p < 0.05). Conclusions: In the present study, authors conclude that the presence of dental biofilm and inflammation influences the degree of gingival overgrowth in patients using nifedipine.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o aumento gengival induzido por nifedipina e correlacioná-lo com o acúmulo de placa. Material e Métodos: Sessenta pacientes foram divididos em um grupo de hipertensos crônicos, sob tratamento contínuo com nifedipina, (n=30) e um grupo controle, pacientes saudáveis, sem hipertensão (n=30). Os seguintes exames foram realizados na primeira consulta: anamnese, aferição da pressão arterial, peso, altura, exame intra e extra-bucal, índices de aumento gengival vertical e horizontal, índice de placa e índice de sangramento. Os exames foram realizados novamente após 30 dias. Resultados: A maioria dos pacientes sob uso de nifedipina (60,7%) apresentou aumento gengival horizontal grau I (1 a 2 mm), e 3,6% demonstraram mínimo aumento gengival vertical. Na visita de retorno, o índice de placa foi reduzido em 8,3% e sangramento à sondagem em 1,5%. Os indivíduos do grupo controle não apresentaram aumento gengival vertical e nem horizontal, o índice de placa foi reduzido em 7,2% e sangramento à sondagem em 5,3%. Diferença significativa no índice de aumento gengival horizontal foi observada entre os grupos teste e controle (p = 0,015, p < 0,05). Conclusão: Neste estudo os autores concluíram que a presença do biofilme dental e a inflamação influenciam no grau de aumento gengival em pacientes sob tratamento com nifedipina.
Subject(s)
Dental Plaque , Hypertension/complications , Nifedipine/adverse effects , Periodontal DiseasesABSTRACT
A fibromatose gengival, caracterizada pelo aumento dos tecidos gengivais, pode ser decorrente do uso de certos medicamentos. Dentre essas drogas, destacam-se fenitoína, bloqueadores de canais de cálcio e ciclosporina. O crescimento gengival poderá repercutir em alterações na erupção dentária, maior predisposição à cárie, xerostomia e dores na articulação temporomandibular. O diagnóstico é feito por meio do exame clínico e pelo histórico de uso das drogas predisponentes, sem subestimar o exame histopatológico. O tratamento consiste em profilaxia periódica e, em estágios mais críticos, gengivectomia. É importante que o cirurgião-dentista esteja habilitado a fazer o diagnóstico do processo e a motivar o paciente no que diz respeito à manutenção da higiene bucal, uma vez que a fibromatose gengival medicamentosa é intensificada pela presença de biofilme dentário