ABSTRACT
Objetivo: analisar a influência de dez parâmetros de furação no aquecimento dos tecidos ósseos durante a preparação do leito de inserção dos implantes. Material e métodos: foram usados três grupos de fresas de aço inoxidável. A perfuração inicial foi realizada com a fresa 2,0 mm e a sequência foi a indicada para a inserção de implantes com diâmetro de 5,0 mm. Durante as perfurações, foram usadas duas rotações das fresas (810 e 1.200 rpm). Termopares foram inseridos ao lado do local da perfuração e na profundidade de 7 mm e 10 mm para determinar a variação da temperatura. Durante as perfurações, determinou-se o torque máximo induzido pela fresa, a variação da força de compressão das fresas e a temperatura do osso. Antes e após as perfurações, as fresas foram limpas e analisadas no microscópio eletrônico de varredura (MEV). Resultados: os maiores aquecimentos ocorreram na maior velocidade de rotação (1.210 rpm) e na profundidade 10 mm. A alteração no ângulo de corte da ponta da fresa (de 140º para 130º) reduziu o aquecimento, o torque e as forças de compressão aplicadas. Com o uso de refrigeração, as variações de temperatura não atingiram níveis considerados críticos para o tecido ósseo. As imagens no MEV não mostraram sinais de desgaste e corrosão nas fresas após 48 usos e ciclos de esterilização. Conclusão: o aquecimento varia com a refrigeração, profundidade de perfuração, velocidade de rotação, ângulo de corte e diâmetro da fresa.