Flor e ser / To be a flower

Esse artigo apresenta um caso clínico no qual foi possível observar a fantasia trazida pelo sujeito em análise e sua transformação ao longo do atendimento. A fantasia existente de estar presa foi apresentada como a marca da separação de si mesma e do Outro: ela estava presa dentro. O Outro estava fora. Este indicativo possibilitou o diagnóstico estrutural de neurose. O estabelecimento da transferência se deu com a possibilidade do sair de dentro e ir para fora, perder o Outro e poder ser perdida por esse, própria encenação do Fort-da. Para que o Outro retornasse passou a ser necessária a autorização da analisante, o Outro já não a invadia. A comida, em sua concretude, era trazida à sessão. A analisante comia durante a sessão sob o olhar da analista, buscando preencher a falta do Outro. A comida, nesse contexto, tinha o status de objeto não cedível. Em um segundo momento, a comida passou a ser produzida simbolicamente no âmbito analítico e, nesse momento de seu percurso, a analisante autoriza-se a levar a produção de seu trabalho como alimento além dos muros do consultório. Trata-se, aqui, ainda da construção em análise de sua fantasia sobre sua mãe e sobre a feminilidade. O final do artigo é dedicado à discussão da função do analista no tratamento, recuperando alguns escritos de Lacan sobre o tema(AU)

This article presentes a case in which is was possible to observa the fantasy brought by the subject in question and its transformation throughout the treatment. The existing fantasy of being arrested was presented as mark of separation of herself and the Other: she was trapped inside, the Other was out. This indicator allowed the structural diagnosis of neuroses. The establishment of transference occurred with the possibility of leaving inside and going outside, losing the Other and being lost by him, staging of the Fort-da. So that the Other could return, the analysand’s authorization became necessary, the Other no longer invaded her. The food, in its concreteness, was brought to the session. The analysand ate while under the gaze of the analyste, seeking to fill the fault to the Other. The food, in this contexto, had the status of non-assignable object. In a second moment, the food started to be produced in the analytical framework and symbolically, in this momento f her journey, the analysand permitted to lead the beyond the walls of the office. Also, it ie here, the construction in analysis of her fantasy about mother and about femininity. The end of the article is devoted to the discussion of the role of the analyst in the treatment, recovering some of Lacan’s writings on the subject(AU)

O nosso círculo: fragmentos de uma escuta psicanalítica

O artigo apresenta o resultado de um ano de trabalho em um seminário clínico de formação de psicanalistas, do curso Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Nossa experiência, produções artísticas forma instrumentos para a construção da escuta do analista em formação. Três escutas de um caso clínico discutido pelo grupo evocaram diferentes ilustrações artísticas da literatura, da escultura e da música, respectivamente. Tais imagem, emergentes do singular e também do grupo, compuseram o processo de escuta uma experiência sensorial e associativa fundamental na formação de um escuta psicanalítica sensível(AU)

The article presentes the results of a full year´work in a clinical seminar for psychoanalysts´s traing, from the course “Formação em Psicanálise” in “Instituto Sedes Sapientae”. In this experience, artistic productions were instruments in the construction of the psychoanalyst listening. Theree distinct listenings of a clinical case discussed by the group evoked diferente artistic illustrations from literature, sculpture and music, respectively. The resulting images, which emerged from individuals and also from the group, made up the processo f listening and develop a narrative that transcendes the original case, setting up a sensory and associoative experience that is crucial to he constituition of a sensitive psychoanalytic listening

Velhice - uma breve recuperação histórica / Old age - brief historical overview

Ao tomar uma categoria como objeto de estudo faz-se necessário, antes de tudo, compreendê-la a fim de melhor explicitar o tema que vai ser tratado. Visando atingir esse objetivo, este artigo procura resgatar o conceito de velhice através dos tempos. Nas páginas seguintes, dadas as inúmeras limitações, somente serão abordados alguns estudos filosóficos e científicos. O caminho aqui percorrido inicia-se na Grécia antiga, com Platão, e segue a linha histórica até pensadores contemporâneos como Norberto Bobbio e Miguel Reale. Desse modo, o artigo ajuda a elucidar o conceito de velhice através da história e as suas modificações.

Velhice - uma breve recuperação histórica / Old age - brief historical overview

Ao tomar uma categoria como objeto de estudo faz-se necessário, antes de tudo, compreendê-la a fim de melhor explicitar o tema que vai ser tratado. Visando atingir esse objetivo, este artigo procura resgatar o conceito de velhice através dos tempos. Nas páginas seguintes, dadas as inúmeras limitações, somente serão abordados alguns estudos filosóficos e científicos. O caminho aqui percorrido inicia-se na Grécia antiga, com Platão, e segue a linha histórica até pensadores contemporâneos como Norberto Bobbio e Miguel Reale. Desse modo, o artigo ajuda a elucidar o conceito de velhice através da história e as suas modificações