ABSTRACT
In this review were investigated the principal determinants of the epidemic transition, nutritional and of the pattern of physical activity lived on by Brazilians in the last three decades. It is verified in these researches the systematic exclusion of the rural area from North region of the new national epidemic picture, currently characterized by the decline of the infantile malnutrition and concomitant rise of the obesity, beyond the lack of scientific investigation to be in reference the health, nutrition and survival conditions of the practically all the populations of North region states. Specifically for Amazonas state lesser stature is referred among the Brazilian children that become evident to exposition nutritional needs at long term. The same way, the evolutionary analysis of the regional researches characterizes the persistence of a serious picture of alimentary insecurity. However, it is known that the Amazonia holds a great diversity in fishes and fruits, what should represent an abundant offer and to make use of protein of the highest biological quality, calories, vitamins, minerals, and like this, to make possible an appropriate pattern of health, nutrition and life quality for its population. The social and economical reality, as well as the picture of precariousness of the health and nutritional of the region contradicts with its abundance in natural resources. For the understanding of this obvious paradox the components of the Amazon Bioma were investigated with relation to the: heterogeneity, complexity, fragility, interactivity and their relations with the alimentary potential of the region, as well as its influence ability in the determination of the binomial health versus nutrition for the inhabitants of their several ecosystems.
Nesta revisão foram investigados os principais determinantes da transição epidemiológica, nutricional e do padrão de atividade física vivenciados pelos brasileiros nas últimas três décadas. Constata-se nestas pesquisas a exclusão sistemática da região Norte-rural do novo cenário epidemiológico nacional, atualmente caracterizado pelo declínio da desnutrição infantil e elevação concomitante da obesidade, além da ausência de informações científicas a respeito das condições de saúde, nutrição e sobrevivência das populações de praticamente todos os estados da região Norte. Especificamente para o estado do Amazonas é referida a menor estatura entre as crianças brasileiras, o que evidencia exposição à carências nutricionais de longa duração. Do mesmo modo, a análise evolutiva das pesquisas regionais caracteriza a persistência de um quadro grave de insegurança alimentar. Entretanto, sabe-se que a Amazônia é detentora de uma grande diversidade em peixes e frutos, o que deveria representar uma abundante oferta e utilização de proteína de boa qualidade biológica, calorias, vitaminas, minerais, e assim, viabilizar um adequado padrão de saúde, nutrição e qualidade de vida para sua população. A realidade social e econômica, bem como o quadro de precariedade da saúde e da nutrição da Região contrastam com a sua riqueza em recursos naturais. Para o entendimento deste evidente paradoxo foram investigados os componentes do bioma amazônico quanto à: heterogeneidade, complexidade, fragilidade, interatividade e suas relações com o potencial alimentar da região, bem como seu poder de influência na determinação do binômio saúde versus nutrição para os habitantes dos seus diferentes ecossistemas.