ABSTRACT
CONTEXTUALIZAÇÃO: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) atualmente é umas das principais causas de admissão na Unidade de Terapia Intensiva, comumente por exacerbação aguda da doença e necessidade de suporte ventilatório invasivo. Devido a aspectos multifatoriais e sistêmicos essa população está mais suscetível às complicações relacionadas ao doente crítico, como fraqueza muscular, atraso no processo de desmame, repercussão no status funcional, prolongando a internação e influenciando posteriormente na qualidade de vida. OBJETIVO: Avaliar a associação entre força muscular periférica, força muscular respiratória e independência funcional com o sucesso na extubação, tempo de desmame e desfechos hospitalares em pacientes com DPOC. MÉTODOS: Foram incluídos 26 pacientes portadores de DPOC internados na Unidade de Terapia Intensiva - UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Os pacientes foram acompanhados durante a internação sendo registradas mensurações de força muscular respiratória (PImax e PEmax) e periférica através da escala de força Medical Research Council (MRC) e força máxima de preensão palmar. A primeira avaliação era realizada até no máximo 24 horas decorridas da extubação e a reavaliação no momento da AH, sendo utilizado o instrumento Medida de Independencia Funcional (MIF) para mensuração do status funcional do paciente. RESULTADOS: Encontramos valores significativamente maiores com relação à PImax e o escore total na escala de funcionalidade MIF para os pacientes que obtiveram sucesso na extubação. Não encontramos resultados estatisticamente significativos com relação aos desfechos entre FM respiratória e periférica com o tempo de ventilação mecânica, duração da internação na UTI, duração da internação hospitalar e óbito na UTI. Observamos valores significativamente maiores no escore de funcionalidade nos pacientes que permaneceram menos tempo em ventilação mecânica (VM). Assim como, maiores escores na MIF representaram menor taxa.....