ABSTRACT
The state of Sergipe has suffered extreme reduction of its Atlantic Forest area in the last decades. The objective of this study is to present an inventory of the Mata do Crasto flora, the largest Atlantic Forest Remnant in Sergipe (approximately 1,000 ha), located in the Municipality of Santa Luzia do Itanhy. An intensive survey was undertaken with monthly plant collections in the study area, for four years (1995 to 1999). Additionally, collections deposited in herbaria were consulted to complete the species list. A total of 324 species were found, belonging to 84 families and 193 genera. This study adds an additional 29 genera and 96 species to the Sergipe flora as new occurrences. The four most speciose families were the Fabaceae (33 species), Rubiaceae (24 species), Myrtaceae (23 species) and Melastomataceae (15 species), that accounted for ca. 30% of the total species. The taxonomic distinction of the area is very similar to three other lowland forests in Northeastern Brazil, although its species composition is quite distinct.
O estado de Sergipe sofreu extrema redução da área de Mata Atlântica nas últimas décadas. Este trabalho tem como objetivo inventariar a composição florística da Mata do Crasto, maior remanescente de Mata Atlântica de Sergipe (aproximadamente 1.000 ha), situada no Município de Santa Luzia do Itanhy. Um inventário intensivo foi realizado com coletas florísticas na área de estudo por quatro anos (1995 a 1999). Adicionalmente, exsicatas depositadas em herbários foram consultadas para complementar a lista de espécies. Um total de 324 espécies foram identificadas, pertencentes a 84 famílias e 193 gêneros. Este estudo adicionou 96 espécies è flora de Sergipe como novas ocorrências. As famílias com maior número de espécies são Fabaceae (33 espécies), Rubiaceae (24 espécies), Myrtaceae (23 espécies) e Melastomataceae (15 espécies), que juntas somam cerca de 30% do total de espécies. A distinção taxonômica do remanescente é surpreendentemente similar ao de outras florestas de terras baixas no Nordeste do Brasil embora suas espécies sejam bastante distintas.
ABSTRACT
Predicting how anthropogenic activities may influence the various components of biodiversity is essential for finding ways to reduce diversity loss. This challenge involves: a) understanding how environmental factors influence diversity across different spatial scales, and b) developing ways to measure these relationships in a way that is fast, economical, and easy to communicate. In this study, we investigate whether landscape and bioclimatic variables could explain variation in biodiversity indices in macroinvertebrate communities from 39 Atlantic Forest streams. In addition to traditional diversity measures, i.e., species richness, abundance and Shannon index, we used a taxonomic distinctness index that measures the degree of phylogenetic relationship among taxa. The amount of variation in the diversity measures that was explained by environmental and spatial variables was estimated using variation partitioning based on multiple regression. Our study demonstrates that taxonomic distinctness does not respond in the same way as the traditional used in biodiversity studies. We found no evidence that taxonomic distinctness responds predictably to variation in landscape metrics, indicating the need for the incorporation of predictors at multiple scales in this type of study. The lack of congruence between taxonomic distinctness and other indices and its low predictability may be related to the fact that this measure expresses long-term evolutionary adaptation to ecosystem conditions, while the other traditional biodiversity metrics respond to short-term environmental changes.(AU)
Prever como as atividades antrópicas podem influenciar os vários componentes da biodiversidade é essencial para encontrar maneiras de reduzir a perda de diversidade. Este desafio envolve: a) a compreensão de como os fatores ambientais influenciam a diversidade em diferentes escalas espaciais e, b) desenvolver formas de medir essas relações de uma maneira rápida, econômica e de fácil comunicação. Neste estudo, nós investigamos se a paisagem e as variáveis bioclimáticas podem explicar a variação nos índices de biodiversidade em comunidades de macroinvertebrados de 39 riachos de Mata Atlântica. Adicionalmente às medidas tradicionais de diversidade, por ex.: riqueza de espécies, abundância e índice de Shannon, nos utilizamos índice de distinção taxonômica que mede o grau de relação filogenética dentre os taxa. A quantidade de variação nas medidas de diversidade que foi explicado por variáveis ambientais e espaciais foi estimada utilizando a variação particionada baseada em regressão múltipla. O presente estudo demonstra que o índice de distinção taxonômica não responde da mesma maneira que os índices tradicionais utilizados em estudos de biodiversidade. Nós não encontramos nenhuma evidência de que a distinção taxonômica responde previsivelmente à variação métricas da paisagem, indicando a necessidade de incorporação de preditores em múltiplas escalas neste tipo de estudo. A falta de congruência entre a distinção taxonômica e outros índices e sua baixa previsibilidade pode estar relacionada com o fato de esta medida expressar adaptações evolutivas de longo prazo para as condições ambientais, enquanto as outras métricas tradicionais respondem às alterações ambientais de curto prazo.(AU)
Subject(s)
Animals , Biodiversity , Environmental Monitoring , Invertebrates/classification , Brazil , Forests , Fresh WaterABSTRACT
Predicting how anthropogenic activities may influence the various components of biodiversity is essential for finding ways to reduce diversity loss. This challenge involves: a) understanding how environmental factors influence diversity across different spatial scales, and b) developing ways to measure these relationships in a way that is fast, economical, and easy to communicate. In this study, we investigate whether landscape and bioclimatic variables could explain variation in biodiversity indices in macroinvertebrate communities from 39 Atlantic Forest streams. In addition to traditional diversity measures, i.e., species richness, abundance and Shannon index, we used a taxonomic distinctness index that measures the degree of phylogenetic relationship among taxa. The amount of variation in the diversity measures that was explained by environmental and spatial variables was estimated using variation partitioning based on multiple regression. Our study demonstrates that taxonomic distinctness does not respond in the same way as the traditional used in biodiversity studies. We found no evidence that taxonomic distinctness responds predictably to variation in landscape metrics, indicating the need for the incorporation of predictors at multiple scales in this type of study. The lack of congruence between taxonomic distinctness and other indices and its low predictability may be related to the fact that this measure expresses long-term evolutionary adaptation to ecosystem conditions, while the other traditional biodiversity metrics respond to short-term environmental changes.
Prever como as atividades antrópicas podem influenciar os vários componentes da biodiversidade é essencial para encontrar maneiras de reduzir a perda de diversidade. Este desafio envolve: a) a compreensão de como os fatores ambientais influenciam a diversidade em diferentes escalas espaciais e, b) desenvolver formas de medir essas relações de uma maneira rápida, econômica e de fácil comunicação. Neste estudo, nós investigamos se a paisagem e as variáveis bioclimáticas podem explicar a variação nos índices de biodiversidade em comunidades de macroinvertebrados de 39 riachos de Mata Atlântica. Adicionalmente às medidas tradicionais de diversidade, por ex.: riqueza de espécies, abundância e índice de Shannon, nos utilizamos índice de distinção taxonômica que mede o grau de relação filogenética dentre os taxa. A quantidade de variação nas medidas de diversidade que foi explicado por variáveis ambientais e espaciais foi estimada utilizando a variação particionada baseada em regressão múltipla. O presente estudo demonstra que o índice de distinção taxonômica não responde da mesma maneira que os índices tradicionais utilizados em estudos de biodiversidade. Nós não encontramos nenhuma evidência de que a distinção taxonômica responde previsivelmente à variação métricas da paisagem, indicando a necessidade de incorporação de preditores em múltiplas escalas neste tipo de estudo. A falta de congruência entre a distinção taxonômica e outros índices e sua baixa previsibilidade pode estar relacionada com o fato de esta medida expressar adaptações evolutivas de longo prazo para as condições ambientais, enquanto as outras métricas tradicionais respondem às alterações ambientais de curto prazo.