ABSTRACT
A cranioplastia tem como função a proteção cerebral e restauração da aparência pré-
-injúria. Adicionalmente, disfunções na fala e hemiparesia podem melhorar se o defeito for
extenso o suficiente para permitir que o escalpo transmita pressão sobre o cérebro. Defeitos
cranianos maiores que 2 a 3 cm devem ser considerados para a reconstrução. Objetivo:
correlacionar as características dos pacientes e dos defeitos cranianos tratados no Centro
de Cirurgia Crânio-Maxilofacial do INTO com a indicação do tipo de terapêutica cirúrgica
aplicada. Métodos: estudo retrospectivo dos pacientes operados entre Janeiro de 2008 e
Abril de 2010 para reconstrução de calota craniana realizado no Centro de Cirurgia Crânio-
Maxilofacial do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Resultados: Foram
analisados 11 pacientes, todos do sexo masculino, tendo o trauma como o fator etiológico
mais comum. Lesões menores que 50 cm2 foram reconstruídas com enxerto ósseo autólogo
de parietal, lesões de 50 a 77 cm2 foram reconstruídas com enxerto autólogo de parietal
bilateral, e lesões maiores que 77 cm2, com prótese customizada de biocerâmica. Conclusões:
O enxerto autólogo de parietal foi o método de escolha em reconstruções menores que
50 cm2 e em defeitos extensos maiores que 77 cm2 optou-se pela prótese customizada de
biocerâmica. Nos casos limítrofes de 50 a 77 cm2, pela dificuldade de obtenção da prótese,
foram utilizadas duas lâminas de parietal, prolongando o tempo cirúrgico, aumentando a
perda sanguínea e risco de injúria cerebral